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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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terça-feira, 19 de março de 2013

Mais falácias

Não há como acreditar que estas obras sairão realmente do papel. Vejam a reportagem

Avenida Pinto de Aguiar terá seis faixas de tráfego e ciclovia



Projeto prevê ainda a duplicação das avenidas Gal Costa e Orlando Gomes



A Avenida Pinto de Aguiar, no bairro de Pituaçu, em Salvador, terá seis faixas de rolamento de tráfego, três por sentido. O governo do estado anunciou nesta quarta-feira (13) que a via também vai ganhar uma ciclovia e passeios nos seus 3,5 quilômetros de extensão.

A Pinto de Aguiar, que interliga as avenidas Luiz Viana (Paralela) e Octávio Mangabeira, será uma das vias alimentadoras do Sistema Metroviário (Linha 2), previsto para a Paralela. Serão investidos R$ 70 milhões, incluindo neste montante os recursos destinados a desapropriações. 


As obras da avendia serão realizadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), empresa vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), e encontram-se em fase de licitação com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através do Pro-Investe. O prazo de execução está fixado em 12 meses, segundo a Secretaria de Comunicação Social do Estado (Secom).



Projetos de mobilidade
No último dia 6, o governo baiano iniciou o processo de licitação para obras nas avenidas Luís Eduardo Magalhães e Paralela. A previsão é de que os projetos de mobilidade comecem ainda este ano. 



Na av. Luís Eduardo Magalhães, serão construídas duas alças de ligação com a BR-324. Uma dará acesso à rodovia e outra à avenida. Um retorno para quem está na avenida e um acesso à estação de integração do metrô também serão construídos. As obras na avenida estão orçadas em R$ 8,5 milhões e devem durar seis meses.



Outra obra de mobilidade é a construção de um viaduto orçado em R$ 15 milhões em Narandiba. A expectativa é que a obra facilite o acesso aos bairros de Narandiba, Cabula, Tancredo Neves e Engomadeira, melhorando assim o trânsito na avenida Paralela. Esta obra deve durar 10 meses.



O início das obras depende do processo de licitação - a expectativa é que comecem até o fim de maio. 



Além da Pinto de Aguiar, o projeto prevê ainda a duplicação das avenidas Gal Costa e Orlando Gomes, e as construções da avenida 29 de Março e da ligação Lobato-Pirajá, também ainda este ano. As obras estão orçadas em mais de 900 milhões de reais e parte do dinheiro deve vir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).



A segunda etapa do PAC 2 foi lançada hoje em Brasília e a Bahia confirmou que terá à disposição R$ 543 milhões em verbas do programa. As áreas de saneamento, mobilidade e pavimentação serão auxiliadas com o dinheiro.


Governo dá início a licitação para projetos de mobilidade em Salvador


O início das obras depende do processo de licitação - a expectativa é que comecem até o fim de maio

O governo baiano iniciou nesta quarta-feira (6) o processo de licitação para obras nas avenidas Luís Eduardo Magalhães e Paralela, em Salvador. A previsão é de que os projetos de mobilidade comecem ainda este ano. A informação é da TV Bahia.

Na av. Luís Eduardo Magalhães, serão construídas duas alças de ligação com a BR-324. Uma dará acesso à rodovia e outra à avenida. Um retorno para quem está na avenida e um acesso à estação de integração do metrô também serão construídos.

As obras na avenida estão orçadas em R$ 8,5 milhões e devem durar seis meses.

Outra obra de mobilidade é a construção de um viaduto orçado em R$ 15 milhões em Narandiba. A expectativa é que a obra facilite o acesso aos bairros de Narandiba, Cabula, Tancredo Neves e Engomadeira, melhorando assim o trânsito na avenida Paralela. Esta obra deve durar 10 meses.

O início das obras depende do processo de licitação - a expectativa é que comecem até o fim de maio. O projeto prevê ainda a duplicação das avenidas Gal Costa, Pinto de Aguiar e Orlando Gomes e as construções da avenida 29 de Março e da ligação Lobato-Pirajá, também ainda este ano. As obras estão orçadas em mais de 900 milhões de reais e parte do dinheiro deve vir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A segunda etapa do PAC 2 foi lançada hoje em Brasília e a Bahia confirmou que terá à disposição R$ 543 milhões em verbas do programa. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social do Estado (Secom), as áreas de saneamento, mobilidade e pavimentação serão auxiliadas com o dinheiro.

Matéria original: Correio 24h
Governo dá início a licitação para projetos de mobilidade em Salvador
Ficha técnica - Av. Luís Eduardo MagalhãesPrazo: início das obras ainda neste ano, com duração de seis meses.
Investimento: R$ 8,5 milhões
Fase atual: processo de licitação iniciado.

Ficha técnica - Viaduto de NarandibaPrazo: início das obras ainda neste ano, com duração de 10 meses.
Investimento: R$ 15 milhões
Fase atual: processo de licitação iniciado.
Fonte: Coreio 24H.

Falácias e propaganda enganosa: a novela do sistema de transportes de Salvador

Já se vão 13 anos de construção do metrô de Salvador e nada a vista. Prefeitura e Estado não se entendem quando o assunto é concessão do serviço e valores das tarifas. E a população da terceira maior cidade que se lixe, contente-se em suportar um sistema de transporte caótico, com ônibus desconfortáveis e serviço caro. Quanto ao atendimento, em termos de mobilidade para a copa, o governo estadual admitiu que a linha 2 do metrô não ficará pronta. Só daqui a 3 anos, ou melhor para a copa de 2018. Só falácias. Já não se ouvem também comentários sobre o sistema BRT, que integraria o sistema do metrô e tampouco a construção da Linha Viva, que desafogaria a hipertensa Avenida Paralela. Não é só o sistema de transporte que não decola, outras obras de infraestrutura no Estado também não têm prazo de conclusão. A energia eólica nos campos de Caetité não é aproveitada. A Ferrovia Oeste-Leste está sendo executada aos pedaços; a construção do aeroporto internacional de Ilhéus muda de local a toda hora e o porto, não se ouviu falar mais nada; estão querendo construir a ponte Salvador-Itaparica, só que membros do governo admitem que não têm 7 bilhões para investir. A Bahia, Terra de Todos Nós, está sendo passada para trás por estados bem menores. É uma visível falta de competência governamental. Que Deus nos ajude, soteropolitanos e baianos. 
Confiram abaixo reportagem sobre o impasse do metrô.


Impasse sobre tarifa põe em risco prazos para terminar Linha 1 e construir a Linha 2 do metrô



Demorou dois meses e meio para surgir o primeiro grande impasse entre o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Jaques Wagner (PT), pondo em xeque a tão comemorada sintonia entre as equipes neste início de gestão municipal. E o impasse pode adiar, mais uma vez, após 13 anos de obra, o sonho da população de ter transporte público de qualidade, com a inauguração do metrô.


A indefinição passa por 45 centavos no custo total por passageiro que utilizar o sistema ferroviário e as linhas de ônibus alimentadoras, bem como quem ficará responsável por gerir estas linhas. 

Enquanto não se resolve o problema, permanecerá na gaveta a licitação da parceria público-privada (PPP) que vai construir a Linha 2, terminar a Linha 1 e operar todo o sistema. Uma nova reunião entre Neto e Wagner será realizada ainda nesta semana.

Cada lado
A proposta inicial do governador é a de que sejam criadas linhas de ônibus exclusivas para levar os passageiros até as estações do metrô, e depois deixar no ponto de ônibus mais próximo de casa, em um raio máximo de 5 quilômetros de cada estação. 

Estes ônibus, requer o Estado, ficariam sob a responsabilidade da mesma empresa que vencer a PPP que vai construir e gerir o metrô. O problema é que, pela legislação, para operar linhas de transporte rodoviário em Salvador, o Estado precisa da autorização da prefeitura e Câmara Municipal.

O secretário de Transportes e Infraestrutura de Salvador, José Carlos Aleluia, descarta completamente a possibilidade de dar essa autorização. Ele teme que a existência de dois sistemas de ônibus operando simultaneamente na cidade gere prejuízo para as empresas das linhas convencionais. 

Segundo ele, a perda dessa demanda de passageiros poderia prejudicar 70% da população que usa transporte público e não se beneficiará com o  metrô, com aumentos de tarifa e redução na qualidade do serviço. 

“A proposta do estado inviabiliza o sistema de ônibus. É um absurdo, é colocar um sistema dentro do outro. Vão trabalhar em concorrência, vão morrer os dois”, disse. 

A contraproposta da prefeitura é a de que as empresas de ônibus das linhas convencionais operem as novas linhas de integração, e repassem à gestora do metrô metade da tarifa de R$ 2,80 cobrada de cada passageiro que fizer a integração. Nesta equação, as empresas de ônibus ficariam com os outros R$ 1,40. 

Esta possibilidade foi descartada pelo secretário da Casa Civil do estado, Rui Costa, por meio de nota oficial. O estado pretende manter a tarifa do metrô, com ou sem integração, nos mesmos R$ 2,80 pagos hoje no sistema de ônibus convencional. 

Nos cálculos para a composição desta tarifa, o custo por passageiro no sistema de integração gerido pela vencedora da PPP seria de apenas 95 centavos, valor 45 centavos mais barato do que é cobrado pelas empresas de ônibus. 

Como a prefeitura bateu pé firme contra a criação do sistema alimentador, o estado aceitou que a integração fique com as empresas que hoje operam as linhas convencionais, desde que elas fiquem com apenas os R$ 0,95 por passageiro. 

A prefeitura não concordou. Nos cálculos municipais, este valor deixaria as empresas operando em prejuízo, que seria compensado com um aumento de tarifa atingindo todas as linhas, inclusive as que não se integram com o metrô.
 “Assumimos a responsabilidade de não deixar as linhas de ônibus concorrer com o metrô. Vamos trabalhar para alimentar, mas não podemos pagar pelo metrô”, disse Aleluia.

Ontem (18/03), em evento na Governadoria, Wagner descartou aumentar os subsídios para pagar os R$ 1,40 por passageiro que usar os ônibus da integração, como quer a prefeitura, e ainda assim manter a tarifa final para os passageiros em R$ 2,80. “Só estamos assumindo despesas: há um investimento do estado de mais de R$ 600 milhões, mais R$ 150 milhões para o subsídio por ano”, disse.

Polêmica
Ontem (18/03), o governador deixou subentendido que o interesse da prefeitura em deixar nas mãos das empresas de ônibus a integração com o metrô teria ligação com a licitação das linhas rodoviárias, que está prevista para ser realizada neste ano.

 “Isso hoje é um problema institucional da prefeitura. Minha licitação não entra um centavo no meu caixa, ao contrário. Estou fazendo uma licitação para depois buscar dinheiro no caixa. Não estou ganhando dinheiro nenhum com licitação”, disse a jornalistas, na Governadoria. Na licitação das linhas de ônibus da prefeitura, há previsão de contrapartidas das empresas vencedoras como investimentos em obras viárias. 

O prefeito optou por não responder o governador. Em nota oficial, apenas endossou que o repasse de  R$ 0,95 por passageiro para as empresas do sistema de integração “pode levar a uma possível elevação da tarifa para cerca de 70% dos usuários do sistema de ônibus, que não vão depender do metrô e isso a prefeitura não quer e não pode aceitar”. 

Neto disse ainda estar “estudando junto com sua equipe técnica uma proposta para, possivelmente, apresentar ainda esta semana ao governo do estado”. Ao fim, completou: “Vamos continuar os entendimentos e chegar ao limite para o bem da população”.

Trens do Subúrbio e término da Linha 1 já entraram no acordo
O acordo entre prefeitura e estado é essencial para destravar o sistema do metrô de Salvador, e é de interesse dos  entes públicos. Atualmente, a prefeitura é proprietária da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), que é responsável pela gestão dos trens do Subúrbio Ferroviário, e é dona da Linha 1 do metrô, que corresponde ao trecho já pronto de 6,5 quilômetros entre a Estação da Lapa e o Acesso Norte, além do trecho inconcluso de 5,5 quilômetros do Acesso Norte à Estação Pirajá.

A prefeitura reconhece que não possui condições de operar o metrô, que precisa de subsídios na passagem para operar, e reclama de dificuldade financeira para manter-se gerindo os trens, que já recebem subsídios anuais de R$ 30 milhões.

Já o governo do estado está interessado em construir a Linha 2 do metrô, de 24 quilômetros, que vai ligar o Acesso Norte ao aeroporto pela Avenida Paralela. Para tanto, assegurou R$ 1 bilhão junto ao governo federal via PAC das Grandes Cidades, além de mais R$ 600 milhões via empréstimo com o BNDES.

No entanto, para tornar a obra viável, precisa que a prefeitura ceda a Linha 1 para que uma mesma empresa, a ser escolhida por licitação em uma parceria público-privada (PPP), seja responsável pela construção do que falta da Linha 1 e toda a Linha 2, bem como pela gestão de todo o sistema pelos próximos 30 anos.

A prefeitura concordou em ceder a Linha 1 ao estado, desde que levasse junto os trens do Subúrbio, mais um passivo judicial com a antiga construtora do metrô, o Consórcio Metrosal, em ações que pedem o pagamento de R$ 200 milhões – as empresas alegam que o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o pagamento pelas obras após verificar indícios de sobrepreço, mas os serviços foram concluídos e as investigações não resultaram em comprovação do suposto crime.

O estado concordou com todas estas condições e o acordo já estava na mesa para ser assinado, não fosse o novo impasse com relação à integração entre ônibus e metrô.



Fonte: Correio 24 horas.