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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Turismo: ... e a terceira melhor praia do mundo

 
A praia do Porto da Barra, em Salvador
A praia do Porto da Barra, em Salvador, está no site de turismo do jornal inglês The Guardian, como a terceira melhor praia do mundo, só atrás de uma praia da Espanha e outra da Colômbia. 
O Porto, como a chamam os habitantes de Salvador, é mesmo uma praia especial. Localizada na parte central da cidade, é uma piscina natural, muito apropriada para o banho e para a prática da natação, pois a gente não precisa ir muito longe pra chegar à parte funda. Só que o Porto também é uma praia pequena, o que gera uma concorrência danada entre os jogadores de vôlei, futebol e frescobol, para ver quem mais atazana o banhista que vai em busca de algum sossego e paz em suas margens plácidas.
Há a freqüência democrática e multifacetada. No início da manhã, velhinhos e velhinhas; perto do meio dia, gatinhos e gatinhas; e, lá pelo final da tarde, artistas, gays, desocupados, amantes de um bom papo e de uma boa nadada, uma fauna e tanto! E há a água, um deleite para o corpo de que tem a ventura de navegar nesta enseada sem ondas.
Justo por ser uma enseada, foi no Porto da Barra que, em 1549, aportou nosso primeiro governador e fundador da cidade do Salvador, Tomé de Souza. Antecipando-se aos barcos a motor supracitados, ele aproveitou o fato de poder chegar bem perto da praia sem correr o risco de encalhar, e foi recepcionado por Caramuru e uns cinqüenta colonos, entre portugueses e mamelucos que aqui habitavam, e que talvez se banhassem no mar do Porto.
O tempo passou e, apesar das adversidades geradas pelos maus tratos dos animais humanos, o Porto continua lindo. Caetano Veloso, que há anos curte o local, fez uma canção em parceria com Moacir Albuquerque, Qual é, baiana?, que passa bem o clima de sedução despretensiosa que acontece na praia do Porto da Barra: “Essa menina é só de brincadeira/ só da bandeira(…)/ domingo no porto da barra pesada/ ela sempre agrada ao gosto e ao olhar/ domingo no porto da barra limpa/ todo mundo brinca entre ela e o mar/ domingo no Porto da Barra/ todo mundo agarra mas não pode amar”. Precisa dizer mais?
Fonte: http://terramagazine.terra.com.br

Turismo: outra praia considerada uma das mais bonitas do mundo

Praia do Espelho

Praia do Espelho é um apelido para a Praia do Curuípe, situada no distrito de Caraíva, no município de Porto Seguro ao Sul da Bahia. O apelido surgiu devido ao efeito causado pelos reflexos do Sol nas piscinas naturais quando avistadas do mar. Na maré baixa, é possível apreciar toda a vida marinha do local. Eleita em 2009 pelo Guia Quatro Rodas como a terceira praia mais bonita do Brasil, Espelho é exemplo de preservação. Distante 110 quilômetros do agito de Porto Seguro, a praia reúne em um só cenário areia branca e fofa, água cristalina e morna, arrecifes de corais, coqueiros e falésias avermelhadas.

[editar]Chegar

[editar]De carro

Quem optar por ir até a Praia do Espelho de carro, não terá do que se arrepender. Mas já fique avisado que o trajeto é longo e o acesso difícil. Saindo de Porto Seguro, é possível seguir pela estrada que margeia a costa e passa por Arraial D'Ajuda e Trancoso. São cerca de 70km até Caraíva. No trevo de Trancoso é onde se encontra a indicação para pegar 26 quilômetros de uma estrada de terra esburacada, mas cheia de recompensas. Para quem preferir seguir pela BR-101, a opção opção é entrar na cidade de Itabela (km 753) e seguir até o distrito de Caraíva. No trajeto feito pela estrada de terra, 10 quilômetros de Mata Atlântica fechada, uma fazenda destinada à criação de búfalos, ocas e índios pataxós da aldeia de Imbiriba, os quais vestidos a caráter exibem artesanato à beira da estrada. Se o visitante tiver sorte, pode se deparar com a inusitada visão de índias abraçadas a bichos-preguiças. Passando pelo município de Itaporanga encontra-se a bifurcação que dá acesso à praia. Apesar de em alguns momentos o viajante ter a nítida impressão que não vai chegar e que está no meio do nada, a boa sinalização por meio de placas indicativas é de fazer inveja a muitos centros urbanos. Não tem como errar o caminho. A última surpresa do caminho fica por conta da chegada. Não se assuste a se ver, de repente, dentro do quintal de alguém. No alto das falésias, os moradores improvisam estacionamentos em seus próprios quintais. Carro estacionado é hora de por o pé na areia. Mas, só depois de descer uma escada esculpida no próprio barranco das falésias.

[editar]A pé

Aventura mesmo é encarar a ida até a Praia do Espelho caminhando. Partindo de Trancoso, são 16 km pela areia na direção Sul. É importante levar água, porque são pelo menos quatro horas de caminhada passando por muitas praias praticamente desertas.

[editar]De ônibus

Existem duas maneiras de chegar até lá de ônibus. As agências de turismo oferecem passeios, com várias paradas, que duram o dia inteiro. Outra maneira é apelar para as empresas que fazem o trajeto Porto Seguro-Arraial D'Ajuda e Arraial D’Ajuda-Caraíva

[editar]Circule

Passear na orla da Praia do Espelho significa entrar em contato com a natureza extremamente preservada. A água cristalina que muda de tom variando do verde, azul ao marrom, dependendo da profundidade e areia branca e fofa sob os pés são um incentivo para caminhadas. Seguindo em direção ao Sul, sentido Caraíva, o misto de tons avermelhados e brancos que colore as falésias surpreende os olhos do viajante. Os coqueirais, constantes, completam a paisagem. Indo em direção a Trancoso, é que se encontram as pousadas, bares e restaurantes da Praia do Espelho. Para relaxar, vale à pena se jogar nas espreguiçadeiras cobertas por charmosas almofadas coloridas. Continuando a caminhada em direção ao Norte, o visitante se depara com o mar que se esconde por trás de uma falésia branca, delineado por pedras e corais, com águas azuis, que formam piscinas naturais, e uma praia completamente deserta perfeita para descansar.

[editar]Veja

A natureza é o que se tem para ver na Praia do Espelho. É uma visita para ser feita com calma e tempo de poder apreciar cada detalhe. O cenário com múltiplas cores do mar e das falésias, a brancura da areia e até o marrom das pedras e corais, emoldurado pelo verde dos coqueirais merecem ser observados e apreciados sem pressa.

[editar]Faça

Além de apreciar a natureza em terra firme, é possível fazer mergulhos pela Costa do Descobrimento - que se estende desde Belmonte até Caraíva. Os principais pontos para a prática são o Parque Marinho Recife de Fora e o Parque Marinho da Coroa Alta. Também vale a pena ir até topo da falésia da praia para registrar do melhor ângulo as paisagens formadas pelo mar, os coqueiros e a areia.
Fonte: http://wikitravel.org

Turismo: praia de taipus de fora, considerada uma das mais bonitas do mundo


TAIPUS
Ao sul de Barra Grande, no coração da Península de Maraú, encontra-se a área dos Taipus, palavra indígena que designa os morros arredondados caraterísticos do local.
 
TAIPUS DE FORACom mais de 7 km de extensão, coqueiros gigantes, recifes de corais e areia clara, a praia de Taipus de Fora é a mais procurada da península. Foi eleita a sexta praia mais bela do Brasil pela revista Viagem e Turismo e o guia Quatro Rodas.
Nos últimos anos, a infra-estrutura da praia veio crescendo com pousadascasas de veraneiobares-restaurantes eoutros serviços.
PISCINAS NATURAISA grande atração do lugar são as imensas piscinas naturais que se formam na maré baixa entre os recifes de corais. Com águas cristalinas, cheias de peixes, são propícias para mergulho livre e observação submarina.
Para curtir plenamente as piscinas naturais, é melhor ir nas épocas de lua cheia e lua nova, quando a maré seca mais, expondo os corais.

NOS ARREDORESTaipus de Fora pode ser um ótimo ponto de partida para explorar a Península de Maraú. Há transporte regulares para a vila de Barra Grande, situada 7 km ao norte. Mais ao oeste, as vilas de Taipus de Dentro e Campinho constituem dois acessos alternativos para a Baía de Camamu. Ao sul de Taipus, praias desertas e coqueirais se extendem por dezenas de quilômetros. A Lagoa Azul, a floresta das Bromélias Gigantes e a Lagoa de Cassange são alguns dos lugares imperdíveis que se encontram no caminho.
A LAGOA AZULA Lagoa Azul fica ao extremo sul da praia de Taipu de Fora. É uma lagoa de água doce rica em lanolina, ideal para banhos relaxantes depois do mar. A lagoa fica ao pé do Morro do Farol, ponto mais alto da Península de Maraú. de onde, com tempo claro, se pode observar toda a extensão das praias, da Ponta do Mutá até Itacaré.
A Lagoa Azul e o Morro do Farol podem ser facilmente acessados a pé a partir da praia de Taipus de Fora.

Fonte: taipus.net


 

domingo, 29 de setembro de 2013

Educação: links para o Guia do Participante do ENEM 2013 e edital de inscrição

http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_participante_redacao_enem_2013.pdf

http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricaoEnem/

Mais concursos

Concurso do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil 2013 – CAU – BR – 2.570 vagas abertas


Com 2.570 vagas de até R$ 7.286,61 o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, BR garante a admissão dos aprovados em seu Concurso Público.

Nível de escolaridade: Médio e Superior
Salários oferecidos: Os salários apresentados alcançam o teto de R$ 7.286,61
Cargos disponíveis: Advogado, Contador, Secretário Executivo, Analista de Comunicação, Analista de Planejamento e Gestão da Estratégia, Analista de Documentação e Protocolo, Analista de Processos, Analista de Eventos e Passagens, Analista de Gestão de Pessoas, Analista de Compras, Contratos, Convênios e Licitações, Analista de Controladoria, Analista de Orçamento, Analista de Relações Legislativas, Analista de Geotecnologia, Analista de Sistemas, Analista de Infraestrutura de Tecnologia da Informação, Analista de Ouvidoria, Analista de Relações Institucionais, Analista Técnico de Órgãos Colegiados – Ênfase em Planejamento e Administração, Analista Técnico de Órgãos Colegiados – Ênfase em Prática Profissional, Analista Técnico de Órgãos Colegiados – Ênfase em Ensino, Formação e Relações Internacionais, Analista de Fiscalização, Assessor Jurídico, Gerente Administrativo e Financeiro, Secretário Geral, Analista de Informática, Agente de Fiscalização, Analista Agente de Fiscalização, Analista Arquiteto, Analista Financeiro-Contábil, Analista de Finanças, Analista de TI, Analista Técnico, Analista de Planejamento e Finanças, Analista de Gestão de Pessoas, Patrimônio, Compras e Serviços, Ouvidor, Coordenador Administrativo, Analista Jurídico e Agente de Fiscalização Arquiteto, Urbanista, Assistente Administrativo, Assistente de Informática, Assistente de Orçamento e Finanças, Assistente Técnico Contábil, Assistente Técnico Administrativo, Tesoureiro, Assistente de Atendimento, Assistente de Registro e Atendimento, Assistente de TI, Secretário, Assistente Técnico, Assistente de Contabilidade, Auxiliar Administrativo, Técnico em Informática, Assistente Financeiro e Auxiliar de Serviços Gerais
Como se inscrever: Exclusivamente em www.iades.com.br no período de 27 de setembro até 27 de outubro de 2013
Sobre as provas: 24 de novembro de 2013
Maiores informações: www.caubr.gov.br e www.iades.com.br
Fonte: novosconcursos.com.br

Emprego

Tribunal de Contas do Estado da Bahia 



abre 45 vagas



Os candidatos devem ter nível superior em qualquer área.
Os salários chegam a R$ 12.053,64.

O Tribunal de Contas do Estado da Bahia abre inscrições nesta sexta-feira (13) do  concurso público para 45 vagas para cargos de nível superior, sendo 25 para analista de controle externo e 20 para agente público.
No site da FGV, é possível ver o edital (acesse o edital).
O salário básico para analista de controle externo é de R$ 1.285,97, e para o cargo de agente público, de R$ 1.285,97.

Nos dois cargos há a possibilidade de receber gratificações de até 150% e, a partir da primeira avaliação de desempenho, a remuneração poderá alcançar R$ 12.053,64 para o cargo de analista de controle externo e R$ 7.747,04 para agente público.
Os candidatos devem ter nível superior em qualquer área.
As inscrições devem ser feitas até 14 de outubro pelo site http://fgvprojetos.fgv.br/concursos/tceba. A taxa é de R$ 120.
A seleção será realizada em duas etapas de caráter eliminatório e classificatório, prova escrita objetiva e prova escrita discursiva, realizadas na cidade de Salvador.
A prova escrita objetiva de múltipla escolha será realizada no dia 17 de novembro, das 8h às 13h para analista e das 15h às 20h para agente, segundo o horário da cidade de Salvador, juntamente com a prova escrita discursiva.
Fonte: g1.globo.com

Emprego

Ufba fará concurso com 122 vagas para cargos administrativos

Oportunidades são para cargos de todos os níveis de escolaridade e salários de R$ 1.547, R$ 1.912 e R$ 3.138



A Universidade Federal da Bahia (Ufba) deve publicar, nos próximos dias, o edital do concurso público com 122 vagas para cargos de todos os níveis de escolaridade e salários de R$ 1.547, R$ 1.912 e R$ 3.138. 

De acordo com o Folha Dirigida, a previsão é de que haja 10 vagas para a função de auxiliar administrativo, que exige ensino fundamental completo, e cerca de 50 para assistente administrativo, para quem concluiu o ensino médio, além de oportunidades para contador, psicólogo, secretário executivo, nutricionista, bibliotecário, analista de TI, farmacêutico, engenheiro, médico, administrador, entre outros.

A previsão é que período de inscrições comecem no dia 1º de outubro e siga até o dia 23 do mesmo mês. A taxa será de R$ 40 para fundamental, R$ 50 para médio e R$ 70 para graduados. 

O processo seletivo será composto de provas escritas, com data de aplicação prevista para 24 de novembro, e prova prática somente para alguns cargos. Os aprovados irão trabalhar nos campi de Salvador, Vitória da Conquista e da Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Matéria original: iBahia

Turismo baiano 2013-2014

Novo Porto de Salvador poderá ser utilizado na temporada de verão, diz Codeba

Obras de engenharia serão concluídas até dezembro. O pleno funcionamento do terminal, porém, deve acontecer antes do início da Copa do Mundo


Os turistas que chegarem à capital baiana na temporada de verão já poderão utilizar o novo Terminal Marítimos de Passageiros do Porto de Salvador, segundo a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). As obras de engenharia do novo Porto estarão concluídas até dezembro, informou o órgão.
"É uma obra projetada para a Copa do Mundo, mas nós já vamos estar operando parcialmente em dezembro, atendendo ao setor turístico", garante o presidente da Codeba, José Muniz Rebouças.
O término das obras de engenharia deve possibilitar a Codeba dispor do primeiro piso para atender ao embarque e desembarque de passageiros. É uma área de 1 mil metros quadrados, cinco vezes maior que o antigo terminal, o que, para o presidente da empresa, "já vai representar um importante ganho para o turismo receptivo".
O pleno funcionamento do terminal, porém, deve acontecer antes do início da Copa do Mundo, em junho de 2014, garante o cronograma das obras, que teve que ser reajustado em função da não entrega de equipamentos, segundo a Codeba. Anteriormente, as obras estavam previstas para serem concluídas no dia 12 de agosto.
Além de problemas com fornecedores dos equipamentos, outro motivo para o atraso no andamento das obras foram as chuvas intensas ocorridas entre junho e agosto, segundo o órgão. A Codeba informou que todos os equipamentos, inclusive as escadas rolantes e os vidros especiais que vão compor as fachadas internas e externas, estão com os cronogramas de envio assegurados.
O órgão também informou que o pleno funcionamento e inauguração do terminal vão depender ainda da licitação para a escolha do concessionário que ficará responsável pela sua operação. A Secretaria de Portos da Presidência da República vai publicar a modelagem do arrendamento dentro de 15 dias, que vai servir como diretriz para o processo licitatório, de acordo com a Codeba.
"Será esse arrendatário que vai dar vida ao terminal, fazendo do terminal um equipamento não apenas para receber os nossos turistas, mas também para atender aos soteropolitanos", disse Rebouças. A expectativa dele é a de que a modelagem para a licitação estabeleça como padrão de operação que, além do turismo receptivo, o novo terminal contemple atividades culturais, gastronômicas e de lazer.
Matéria original: iBahia

Ciência e tecnologia

Equipamento desenvolvido pela Embrapa poderá testar qualidade de alimentos

Aparelho funciona como um sistema que mede a composição química de um alimento


O equipamento foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação, em São Carlos, e permite analisar de forma rápida e sem destruir ou estragar os alimentos e até mesmo identificar se sucos de frutas, leite e azeite estão adulterados.A tecnologia de ressonância magnética que permite o diagnóstico de diversos tipos de traumas e doenças também já possibilita identificar a quantidade de açúcar em uma fruta ou se um alimento, como o leite, foi adulterado. A partir da inovação, o consumidor poderá saber se uma fruta está doce ou azeda sem precisar experimentar o produto antes de levar para casa.
Segundo o criador do aparelho, o bioquímico Luiz Alberto Colnago, a ressonância magnética nuclear pode ser usada em supermercados para garantir a qualidade do produto ao consumidor, da mesma forma que atualmente se utilizam balanças para verificar o peso.
“Se a gente for em um supermercado, frutas, nozes, queijos, qualquer material desses pode ser analisado. E também aqueles [alimentos] embalados em plástico ou vidro. Por exemplo, a maionese, é possível saber o teor de gordura. Em molhos de saladas também, que muitas vezes têm até 50% de gordura”, explicou Colnago.
O aparelho funciona como um sistema que mede a composição química de um alimento. Além de medir a quantidade de açúcar em uma fruta, o equipamento também pode ser ajustado para avaliar o teor de álcool no vinho ou o de gordura em sementes de amendoim ou carnes e embutidos.
“A ideia nossa é que ele seja um aparelho de uso bem geral, que se possa analisar todos os alimentos que estão à disposição do consumidor: carnes, frutas e verduras. Carne, consigo saber o teor de gordura, isso é algo que os consumidores estão sempre preocupados”, diz o pesquisador.
A limitação da tecnologia são os pacotes metálicos, latas e embalagens tetra pak, que impedem a leitura do conteúdo do alimento. A análise dos alimentos é feita de forma contínua, em um equipamento semelhante a uma esteira, o que possibilita certificar a qualidade de uma grande quantidade de produtos ao mesmo tempo.
“No leite, em embalagem tetra pak, não conseguimos que a onda de rádio penetre nessa embalagem. Mas no caso de vidro ou mesmo saquinhos plásticos, posso dizer dentro dessa embalagem o estado de fermentação do leite – se foi recém colhido, se tem um sistema de higienização não muito bom. Temos até como prever quando o leite vai estragar”.
Uma empresa argentina, parceira da Embrapa, patenteou parte da invenção do equipamento. De acordo com o pesquisador, em até dois anos a tecnologia pode estar disponível diretamente ao consumidor e, assim, evitar que produtos falsificados ou sem qualidade sejam comercializados.
“O nosso objetivo é chegar em um centro de distribuição de frutas, onde o atacadista vai poder selecionar a sua fruta pelo teor de açúcar. Quanto mais ácido ou mais doce está a fruta que ele está vendendo”, destacou Colgano.
Fonte: Correio 24H

Indústrias: mais sobre o Polo Industrial de Camaçari (deixou de ser apenas Polo Petroquímico de Camaçari-COPEC)

Polo de Camaçari tem como próximo passo atrair mais indústrias de transformação


O polo nasceu petroquímico, mas hoje abrange tantas indústrias de diferentes setores que não pode mais ser chamado assim. Virou Polo Industrial de Camaçari, com uma indústria de base cada vez mais completa, porém, com um desafio ainda grande para o futuro: atrair mais empresas de transformação de matéria-prima em bens finais.
“Hoje, fabricamos o eteno, matéria-prima para o polietileno, que, por sua vez, origina o PVC. Mas não temos nenhuma indústria que transforme esse PVC em tubos, janelas, embalagem”, exemplifica Marcelo Cerqueira, presidente do Centro de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). 
Espaço para isso, tem. Atualmente, o polo abrange bem mais empresas do que a planta original, de 35 anos atrás, mas ainda tem potencial para abrigar muito mais. Afinal, no início do mês, teve sua área dobrada pelo novo plano diretor.
Com a medida, anunciada no dia 11 de julho pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), dos atuais 13,4 mil hectares, o distrito passará a ter 29,3 mil, território maior do que a capital de Sergipe, Aracaju. 
Cerqueira destaca a importância das indústrias de transformação para a geração de empregos. “Nas empresas petroquímicas, a quantidade de empregos é desproporcional ao investimento, porque são produções muito automatizadas. Um investimento, às vezes, de R$ 1 bilhão, gera menos empregos do que outro dez vezes menor de uma indústria de produto final”, compara.
Segundo Reinaldo Sampaio, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), atrair essas indústrias será um movimento natural do polo: “A oferta de matéria-prima vai atrair outras, porque isso facilita a logística. Além disso, a ampliação é um facilitador”. 
Mas, para ele, o desafio não acaba aí. “É preciso também melhorar a infraestrutura de transporte, que hoje ainda não atende aos padrões que as grandes indústrias precisam. Estou falando de transporte ferroviário, dutos para a alimentação das empresas e também da modernização do Porto de Aratu”, completa.
Logística  
As melhorias viárias já estão sendo feitas, garante o secretário James Correia, da SICM. Pelo menos no que se refere a estradas. “Estamos melhorando o sistema viário. Vamos duplicar o trecho da rodovia que vai de Camaçari a Jacuípe, no Litoral Norte”, diz Correia.
Ele também destaca como desafio para um futuro próximo ter no polo toda a cadeia do setor petroquímico. “O grande complicador para fecharmos mais negociações é a mudança da reforma do ICMS. As empresas estão preferindo esperar para ver como é que vai ficar”, analisa Correia. 
O secretário se refere ao projeto de lei que tramita no Congresso e prevê mudanças no recolhimento do imposto, com a justificativa de acabar com a guerra fiscal entre os estados e aumentar a arrecadação. Na proposta, todas as alíquotas alcançariam gradativamente 4%, com exceção da Zona Franca de Manaus, do gás natural de Mato Grosso do Sul e dos produtos industrializados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo.
Por mais que se avance no movimento de diversificar as indústrias e tornar as cadeias produtivas cada vez mais completas, elas não devem se fechar, avalia o economista Armando Avena.
“A Basf está chegando e vai aproveitar a matéria-prima da Braskem. A Kimberly, por sua vez, vai usar produtos fabricados pela Basf. A tendência é que a matriz produtiva tenha cada vez menos lacunas, mas ela não deve se fechar num só local, apesar de ter um aproveitamento cada vez melhor”, exemplifica. 
Ao processo de diversificação do complexo, Avena acrescenta as expansões que irão ocorrer nos próximos anos. “Hoje, o setor automotivo tem só a Ford, que fabrica 250 mil carros por ano. Com a chegada da Jac Motors e da Foton, essa produção vai aumentar, além de mobilizar toda uma cadeia produtiva ao redor, de pneus, peças, parafusos...”, enumera.
Impactos na economia, educação e empregos
Está errado quem pensa que o fomento industrial do estado só diz respeito aos empresários e autoridades políticas. O impacto na comunidade de um complexo industrial é enorme.  A implantação do polo em Camaçari mudou a cara e a economia da cidade. Com a expansão para o território de Dias D'Ávila, a expectativa é que aconteça o mesmo movimento com o município vizinho.
“A nova poligonal acarretou uma mexida no município de Dias D'Ávila, e a tendência é que ele cresça também”, avalia o diretor de desenvolvimento empresarial da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), Ricardo Taboza.
“Camaçari mudou profundamente nos últimos 35 anos. Passou a atrair mais mão de obra para a cidade, os impostos arrecadados o transformaram num dos municípios mais ricos do Brasil. E movimentou toda a economia, pois as indústrias do polo precisam fornecer alimentação para seus funcionários, precisam de serviços de limpeza, de mobiliário”, explica o economista Armando Avena.
Além das mudanças econômicas, há também as mudanças no sistema educacional. Em Camaçari, a proximidade das indústrias demandou mais profissionais de nível técnico e superior. Para formar profissionais, cursos técnicos foram implantados na cidade, que até vai ganhar um campus da Ufba.
“Serão cinco cursos das engenharias, a área mais demandada pela indústria”, contou o prefeito da cidade, Ademar Delgado (PT). No ano que vem, começa o vestibular para os cursos de Engenharia Naval, Oceânica, Automotiva e de Materiais, além de bacharelado em Ciência e Tecnologia e o curso técnico de Logística, também voltada à área de Engenharia.
As aulas, no começo, serão no prédio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Ceped). Posteriormente, o campus será construído na área entre o Jardim Limoeiro e o Parque das Margaridas. O prefeito também destaca cursos do Senai, Senac e Pronatec, que foram atraídos pelo polo e ajudam na formação dos moradores.
“O campus da Ufba em Camaçari vai beneficiar também os moradores de Dias D’Ávila”, lembra Taboza, da Sudic. Atualmente há uma grande empresa instalada em Dias D'Ávila - a Paranapanema, antiga Caraíba Metais. A companhia, uma das gigantes do setor de metalurgia, está instalada no polo há 35 anos, e produz cobre eletrolítico, que é utilizado para fazer fios condutores de eletricidade.
Também está prevista para ser implantada no município a Bomcobras, produtora de equipamentos para plataformas de petróleo. A cidade é estratégica para esse tipo de atividade, pois faz parte da cadeia de produção do petróleo. A Bomcobras é originária da China e prevê um investimento de R$ 130 milhões, com estimativa de gerar cerca de  200  empregos diretos na região.
Fonte: Correio 24H

Um pouco da história da economia baiana

Polo descentralizou a indústria nacional e mudou a cara da economia baiana

O passo inicial foi dado na década de 50, com o início das operações da Refinaria Landulpho Alves

Era uma Bahia que ainda engatinhava para escapar da dependência das lavouras, como a do cacau, que respondiam, até o fim dos anos 60, por cerca de 60% das suas riquezas. O passo inicial foi dado na década de 50, com o início das operações da Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, no rastro da descoberta do primeiro poço de petróleo do Brasil, no bairro do Lobato, Subúrbio de Salvador.  Mas era preciso ficar de pé e saltar. O que só ocorreria a partir de 1971.
Naquele ano, o país vivia o período de maior repressão do regime instituído pelos militares. Ao mesmo tempo, via o surgimento do chamado Milagre Econômico, surto de desenvolvimento que - apesar do aumento da concentração de renda e da pobreza  e do ufanismo em torno da ideia de um “Brasil potência”  - criou as bases para o pulo de industrialização. 
E a Bahia estava na rota do milagre, desde a criação, em 1967, do Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho, seguido pelo início da construção do porto homônimo, quatro ano depois. Foi quando o então presidente Emilio Garrastazu Médici tomou uma decisão que ecoaria pelas quatro décadas seguintes. 
Entre ampliar o Polo Petroquímico de  Paulínia, em São Paulo, como queria o empresariado paulista, ou criar um segundo complexo do tipo na Bahia, Médici ficou com a segunda opção, em consonância com o que pregavam economistas do naipe de Celso Furtado, defensor da decentralização da indústria. Até então, os grandes projetos ficavam restritos no Sul e Sudeste brasileiros.
Despertar
 Em 16 de setembro de 1971, o gigante nordestino gestado na Bahia despertou, com a assinatura do decreto de Médici que deu base para a criação do Polo Petroquímico de Camaçari. No princípio, foi alimentado com dinheiro público do Tesouro nacional, até junho de 1978, quando o polo foi oficialmente inaugurado, com o início das operações da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), coração do complexo que se tornou responsável por uma série de quebras de paradigmas na indústria brasileira.
“A primeira quebra foi na Petrobras, que tinha foco só na produção e refino do petróleo. Com a Copene (fabricante de matérias-primas da primeira geração dos derivados de petróleo), veio o setor petroquímico. O modelo de investimento também rompeu paradigmas, já que foi adotado o sistema tripartite”, explica o economista, professor e consultor Amando Avena.
O modelo era baseado em um tripé de investimentos igualmente divididos entre o capital privado, público (através da Petrobrás Química S/A - a Petroquisa) e estrangeiro, mais fortemente formado por aportes de empresas japonesas como Mitsubishi, Sumimoto e Nissho Iwai. 
Depois de um período de crescimento econômico e desenvolvimento, que durou cerca de 15 anos e trouxe o boom populacional e urbano à Região Metropolitana de Salvador, vieram os anos 90. Com ele, a abertura da economia e o interesse do governo em vender sua participação em estatais, deflagrando o processo de privatização no país.
Guinada  
O Polo de Camaçari foi tragado pela nova onda da economia globalizada, à reboque das medidas neoliberais adotadas com mais vigor nos governos de Itamar Franco e FHC. Começava o início da era do capital privado. E outro titã nascido na Bahia, a Odebrecht, estava de olho em ampliar sua participação no setor petroquímico. 
Em 1992, começava o processo de privatização do polo. A Odebrecht, então, entra em campo nos leilões do governo federal. Arremata o controle acionário de quatro empresas das quais já era sócia: Companhia Industrial de Polipropileno (PPH), Poliolefinas, Salgema e Companhia Petroquímica Camaçari (CPC).
Passaram-se nove anos para que dois episódios moldassem o futuro do polo, ambos ocorridos em 2001. Em 25 de julho, a Odebrecht, junto ao Grupo Mariani, arrematou a Copene em leilão, dando surgimento à Braskem. Em outubro, a inauguração da fábrica da Ford em Camaçari representou o grande motor da diversificação do complexo, ampliando o foco para além do setor petroquímico, e dando início a um história que não para de se reinventar.
Celeiro
Além da economia, o polo também esteve no centro das disputas políticas. Ao brigar para que ele fosse criado na Bahia, o então governador Antonio Carlos Magalhães ganhou a fama de político desenvolvimentista. Foi também nas lutas e greves do principal sindicato do polo, o Sindiquímica, que foram forjados nomes posteriormente alçados ao topo do poder no estado, a exemplo do atual governador da Bahia, Jaques Wagner.
Fonte: Correio 24H

Economia baiana

Atraídas pela Braskem, Basf e Kimberly se instalam e é formado o Polo Acrílico

As três empresas que compõem o polo estão tão interligadas que uma teve influência definitiva na vinda da outra para o Polo Industrial


A Braskem produz propeno e soda, matérias-primas para a produção de ácido acrílico e derivados. A Kimberly-Clark utiliza o ácido acrílico e superabsorventes para fabricar fraldas descartáveis, absorventes íntimos, tintas, detergentes, ceras e adesivos. 
Para integrar as duas indústrias, terá a Basf, que produzirá justamente o ácido acrílico e os superabsorventes dos quais a Kimberly precisa, utilizando o propeno e a soda, fornecidos pela Braskem. Está originado assim o  primeiro Polo Acrílico da América do Sul.
As três empresas que compõem o polo estão tão interligadas que uma teve influência definitiva na vinda da outra para o Polo Industrial. A Kimberly-Clark, por exemplo, já tem operação em 35 países e veio para a Bahia atraída pela matéria-prima que será produzida pela Basf.
Já a Basf deve sua vinda à Braskem, que participou ativamente do processo, através de um investimento de cerca de US$ 30 milhões para garantir o fornecimento de propeno e soda. O propeno, que até então era exportado, será oferecido no volume de 145 mil toneladas por ano. Hoje, a Braskem tem sete unidades industriais no complexo, uma produção de 5 milhões de toneladas, 1,9 mil funcionários diretos e 4,2 mil terceiros. 
A Basf, por sua vez, realiza o seu maior desafio empresarial fora da Alemanha. Com um investimento superior a 500 milhões de euros, este será o maior aporte da empresa ao longo de sua história de 100 anos na América do Sul. Serão três novas unidades industriais no Polo de Camaçari, que vão produzir, em escala global, o ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes. 
Será a primeira fábrica de ácido acrílico e superabsorventes da América do Sul. “O Polo de Camaçari foi escolhido em função da disponibilidade de matéria-prima (propeno) e utilidades, fornecidas pela Braskem, a maior indústria química do Brasil e parceira estratégica da Basf nesse projeto”, afirma Alfred Hackenberger, presidente da Basf para a América do Sul. 
O início das atividades produtivas está previsto para o quarto trimestre de 2014, gerando 230 empregos diretos e 600 indiretos. Com o ácido acrílico produzido na Bahia, a empresa iniciará a produção de acrilato de 2-etil-hexila em Guaratinguetá, a partir de 2015.
A Kimberly, primeira empresa de terceira geração a decidir instalar-se na região, inaugurou sua fábrica no complexo no dia 26 de junho. A unidade, que possui um centro de distribuição, teve investimentos de R$ 100 milhões e será responsável pela produção de absorventes femininos, fraldas infantis e papéis higiênicos para abastecer o Nordeste.  
Foram criados 430 empregos diretos e cerca de 1,3 mil indiretos com a nova fábrica. Desse total, cerca de 60% foram ocupados por moradores de Salvador, Santo Amaro, Camaçari e cidades do entorno.
Outras indústrias  
Mas a Kimberly não é a única indústria de bens finais construída em Camaçari. Instalada no polo desde 2001, a fábrica de automóveis da Ford tem uma capacidade produtiva de 250 mil carros por ano, quantidade que deve aumentar para 300 mil até 2015.
Entre os planos de expansão da montadora, também está uma fábrica de motores, que está sendo construída num prédio de 24 mil metros quadrados, dentro do próprio terreno da Ford no complexo. O lançamento da pedra fundamental da fábrica de motores foi em dezembro do ano passado, e o investimento, de R$ 400 milhões. Ainda não há uma data para o início da produção, que será de  210 mil motores por ano.
A Ford foi a primeira montadora a se instalar em Camaçari, mas em breve vai ganhar concorrência da Jac Motors e da Foton. O setor automotivo é um dos grandes potenciais do polo, junto com o petroquímico e o de energia eólica. 
Juntas, todas as empresas do Polo Industrial investem, anualmente, US$ 16 bilhões e geram 15 mil empregos diretos, sendo responsáveis por 20% do PIB da Bahia, segundo o Comitê de Fomento do Polo, o Cofic.
Fonte: Correio 24H

Sócio-economia: o potencial do semi-árido nordestino

Regiões secas viram produtivas em vários lugares do país e do mundo

E é exatamente no semiárido onde estão 61% dos 2,5 milhões de baianos que vivem em situação de extrema pobreza



Com cerca de 60% na região do semiárido, a Bahia concentra o maior contingente de inscritos no programa Bolsa Família do Brasil. Dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome indicam que o estado recebe o maior volume de recursos do programa: quase R$ 210 milhões para 1,75 milhão de famílias. E é exatamente no semiárido onde estão 61% dos 2,5 milhões de baianos que vivem em situação de extrema pobreza.
Para especialistas, apesar da seca, essa realidade poderia ser diferente: o semiárido tem condições de ser tornar uma região produtiva. “É fundamental ouvir quem está no campo e levar, ao agente produtor, bases e programas sólidos de educação, infraestrutura, tecnologia e fomento, aspectos que impactem a forma tradicional de produção”, afirma o vice-presidente da Federação da Indústria do Estado da Bahia (Fieb), Reinaldo Sampaio.
Na avaliação de Sampaio, existe um vazio de logística, inclusive nas cidades médias, que não contam com equipamentos condizentes com as necessidades. “Pode-se, por exemplo, desenvolver mecanismos para aproveitar a chuva que cai para alimentar os reservatórios naturais de água no subsolo do semiárido. Além de reorganizar as técnicas de produção e organizar os produtores em estrutura empresarial”, diz.
Para ele, só a formação de uma classe média rural, como já aconteceu em outros estados brasileiros, do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, promoverá uma mudança efetiva na realidade do semiárido.
A região do cerrado brasileiro, por exemplo, até meados do século passado era considerada uma espécie de prima pobre da agropecuária nacional. O dito popular “cerrado, nem comprado nem dado” refletia a realidade de vastas extensões de terra inférteis. “Havia, no máximo, pedaços do subsolo com alguma riqueza mineral. Foi preciso a fundação de Goiânia, entre 1940 e 1950, e a construção de Brasília, em seguida, para que situação começasse lentamente a mudar”, lembra  o vice-presidente da Fieb.
Além das novas cidades, a partir da segunda metade da década de 70, o governo intensificou o processo de ocupação dos cerrados, visando o  desenvolvimento do interior do país e a criação de nova fronteira agrícola na região. Assim, o cerrado, presente em estados como Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão e Mato Grosso do Sul, transformou-se na principal área produtora brasileira.
Outro bom exemplo é o de Israel. O país, que tem apenas 15% de seu território com terras em condições para agricultura, nos últimos 30 anos tem se destacado na boa gestão das águas. Graças à utilização de sistemas avançados de irrigação, garante o plantio de grandes áreas.
Bahia
Mas não precisamos ir tão longe encontrar experiências bem-sucedidas. Aqui no Brasil, no semiárido baiano/pernambucano, existe um polo de agricultura irrigada que abastece o país e vários países estrangeiros com frutas. Juazeiro e Petrolina são exemplos como o uso de tecnologia pode transformar o semiárido.
E é exatamente essa transformação da realidade que defende Reinaldo Sampaio. Para ele, a questão do semiárido prescinde de tudo que foi feito para subsistência e sobrevivência, sem estratégia de progresso sustentado. Para ele, esse progresso só virá por meio de planos de economia continuada.
Opinião compartilhada pelo  coordenador do Núcleo de Estudos e Ações Integradas do Semiárido, Aurélio Lacerda. 
“Trabalhamos com o paradigma da convivência com o semiárido. A seca é um fenômeno natural, não se pode combatê-la como pensávamos antigamente. O semiárido é viável social e economicamente, mas para que isso ocorra é preciso  ações adequadas para o manejo da caatinga, pecuária, agricultura e preservação”, disse Lacerda. Ele sugere o incentivo à agricultura familiar e geração de renda, através de assistência tecnológica, financeira e científica.
Incentivo  
O vice-presidente da Fieb defende a criação de fundos de desenvolvimento regionais para educação, ciência e tecnologia, infraestrutura e a promoção de uma governança compartilhada federal e dos governos locais. Reinaldo Sampaio cita a região da  Múrcia, na Espanha, onde chove metade do que é registrado no semiárido baiano e tem um solo paupérrimo.
“A Múrcia representa 2,2% do território da Espanha e é responsável por 10% da exportação de produtos agrícolas do país. Isso porque houve a cooperação de institutos de tecnologia, empresários e governo para transformar a região. Vontade política de desenvolvimento”, afirma.
No esforço de transformação do semiárido se destaca o trabalho da Embrapa. “Conviver com o semiárido é aprender a conviver com as grandes estiagens”, destaca o pesquisador Pedro Gama da Silva, da Embrapa Semiárido. Segundo ele, o Nordeste é uma região que detém grande diversidade agroecológica e socioeconômica.
Benefícios
Embora abrigue 56% da população brasileira, a participação da região no Produto Interno Bruto (PIB) do país é de apenas 13,6%. Ele destaca que as famílias que hoje são beneficiadas por políticas públicas e subvenções sociais vivem uma situação diferente do que era há algumas décadas. “Hoje, mesmo a crise de produção sendo maior que as anteriores, a crise social não ocorre mais como era”. 
Gomes ressalta que, além dos benefícios de transferência de renda, há tecnologias sociais eficientes para convivência com a seca, como o armazenamento de forragens; o aproveitamento das espécies da biodiversidade, como o umbu e maracujá-do- mato; o cultivo da palma forrageira; do sorgo e milho como reserva estratégica e culturas tolerantes ao déficit hídrico.
Há ainda tecnologias para o enfrentamento da seca em situações emergenciais, como a valorização da vegetação nativa, a prática de manejo da pastagem; o aproveitamento da água de poços, cacimbas e poços semiartesianos; e o aproveitamento da umidade dos fundos de vales e baixios. Para ele, é fundamental ensinar a todos as maneiras de mobilização que possam facilitar o enfrentamento e a convivência com a seca na região. 
Menor investimento em barragens e açudes
Para o coordenador do Núcleo de Estudos e Ações Integradas do Semiárido, Aurélio Lacerda, os maiores desafios dos sertões semiáridos do Brasil centram-se na questão das águas. “No Brasil, as águas são mal distribuídas: a região Nordeste, com 28% da população, tem apenas 3% das águas”, afirma. Isso se agrava nos períodos de maior estiagem, como nos últimos dois anos, quando  a Bahia vive uma das piores secas da história. 
Embora enfrente forte déficit hídrico, não há falta de água, pois o semiárido brasileiro é o mais chuvoso do mundo. O problema é que as chuvas são irregulares no tempo e no espaço, além de alto índice de evaporação. A área do semiárido brasileiro, o mais populoso do mundo, supera o território de Portugal, Espanha e Reino Unido, juntos. 

A Bahia foi o estado que menos investiu na construção de barragens e açudes, se comparado com regiões como o Ceará. Em períodos de grandes estiagens, os recursos hídricos não são suficientes para o abastecimento. “Daí a necessidade de sistemas complementares, como cisternas, a exploração das águas subterrâneas e a dessalinização”, destaca.
Governo aposta em acesso a água, tecnologia e financiamento
O grande desafio da região semiárida para o governo é, sem deixar de realizar ações emergenciais nos momentos de seca profunda, transformar a realidade da região, proporcionando acesso a água doce e condições de produção. Em parceria com o governo federal e empresas públicas, construiu os Sistemas Integrados de Abastecimento e Água e adutoras em mais de 40 municípios, beneficiando mais de 800 mil pessoas. 
Dentro do programa federal Água para Todos, o estado será beneficiado com cerca de R$ 17 milhões para a construção de 135 Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água (SSAA) em 45 municípios do semiárido. Várias cidades da região também já foram beneficiadas com o recebimento de caminhões e máquinas para melhorar a produção e a vida do sertanejo. 
De acordo com  o secretário da Casa Civil, Rui Costa, que coordena o Comitê Estadual para Ações de Convivência com o Semiárido, a ação visa intensificar o desenvolvimento do semiárido. “Todas essas ações juntas vão melhorar a vida do homem e da mulher da zona rural. Desenvolver o semiárido é desenvolver a Bahia, fortalecendo a agricultura familiar e dando qualidade de vida à população”, afirmou. 
Na questão da produção, técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) trabalham para garantir a melhor convivência do sertanejo com as adversidades da região. Para garantir água para a produção - plantio e criação de animais - a Seagri estimula a construção de reservatórios e o uso de tecnologias que permitem represar água nos períodos de estiagem. Além disso, presta assistência técnica para que o plantio seja adequado e os animais sobrevivam nos períodos de seca. 

Os técnicos da secretaria também auxiliam os produtores na elaboração de projetos para garantir o acesso ao crédito disponível. O fortalecimento do tripé água, tecnologia e financiamento permite uma convivência cada vez melhor do sertanejo com a região. Outra medida que permite a permanência na região é o incentivo à agroindústria. O semiárido, segundo a Seagri, é rico em frutas regionais e a agroindústria permite o beneficiamento dessas frutas e a produção de derivados, agregando valor à fruta e garantindo uma melhoria de renda para o produtor. Além disso, por meio do Programa Vida Melhor, haverá a recomposição de rebanhos perdidos por conta da seca: 40 mil animais melhorados geneticamente serão doados. E a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola tem programa de distribuição de palma forrageira, com objetivo de garantir a alimentação do rebanho.
Fonte: Correio 24H

Emprego

TRT da Bahia prorroga novamente inscrições de concurso com salários até R$ 9,1 mil

O motivo da prorrogação é a greve dos bancários. Oportunidades são para profissionais de nível médio e superior

Previstas para serem encerradas nesta sexta-feira (27), o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (5ª Região) prorrogou mais uma vez as inscrições do concurso público para nível médio e superior. O motivo, conforme foi divulgado no site do tribunal, foi a greve dos bancários e a data de encerramento ainda será divulgada.
As vagas de nível superior são para analista nas áreas de Direito, Arquitetura, Arquivologia, Biblioteconomia, Contabilidade, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Segurança do Trabalho, Estatística, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Serviço Social, e Tecnologia da Informação.
Haverá oportunidades também para graduados em qualquer área, além de formação de cadastro reserva. A remuneração inicial varia de R$ 9.188,20 a R$ 7.566,42. Os cargos de nível médio são para técnico judiciário nas áreas administrativa e de apoio especializado. O salário é de R$ 4.635,03. Os aprovados ficarão sujeitos à jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Os interessados devem se inscrever pelo site da FCC, organizadora do certame. A taxa é de R$ 75 para cargos de analista e R$ 65 para os cargos de técnico judiciário. A aplicação das provas objetivas e discursivas será em 03 de novembro, em Salvador. O edital de resultado das provas objetivas, discursiva, vista das provas e respostas dos recursos está previsto para 07 de janeiro de 2014.
Os candidatos nomeados estarão subordinados ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e alterações posteriores) e demais normativos federais aplicáveis à Justiça do Trabalho, bem como regulamentação interna.
Matéria original: iBahia

Educação

Bahia é o melhor estado da região Nordeste no índice de analfabetismo nacional

O número de analfabetos no Brasil cresceu cerca de 1,5% desde a amostragem feita em 2011


Os estados do Nordeste têm os piores índices de analfabetismo do Brasil. Mas, entre os estados do Nordeste, a Bahia tem o menos pior. São 1,712 milhão de analfabetos em todo o estado, número ligeiramente menor que o de 2009: 1,744 milhão, ou 16,87% da população. Já na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, foi constatado que 15,86% da população baiana é analfabeta.
O número cresceu em relação à amostragem de 2011, quando esse percentual era de 14,33%, mas, segundo o coordenador de disseminação de informações do IBGE, Joilson Rodrigues de Souza, a variação se deve a alguma imprecisão ocorrida na pesquisa passada. “Se os jovens são os que têm um maior acesso à escola, não faz sentido o número de analfabetos cair e depois crescer de novo. Pelo contrário, à medida em que os mais velhos vão morrendo, a tendência é esse percentual diminuir”, explica.
De fato, se você observar as tabelas abaixo, vai perceber que, tanto na Bahia quanto no resto do Brasil, o percentual de analfabetos aumenta com a idade. A média nacional de analfabetismo estava em 8,7% em 2012, segundo o IBGE, percentual ligeiramente maior que o de 2011: 8,6%.  “Os estados que têm os índices melhores em geral são os que têm uma população mais urbana e jovem. A Bahia ainda é muito rural: 3,728 milhões de baianos vivem na zona rural”, acrescenta Joilson.
Um deles é o aposentado Alcindino Rodrigues, de 75 anos. Natural de Iguaí, sudoeste do estado, ele conta que começou a trabalhar na roça aos 10 anos de idade, e por isso nunca estudou. “Naquele tempo, meus pais não me ensinaram, agora eu já estou velho e não adianta mais”, diz ele. Em seu último emprego, como administrador de uma fazenda, ele conta que não se apertava. “Quando precisava, tinha uma pessoa que lia para mim”. A mulher de Alcindino, Carlita, é semianalfabeta. Ela conta que na região há muita gente na mesma situação. “Vixe, tem muita gente analfabeta aqui. Eu mesma não leio quase nada”.
O Brasil inteiro tem 7,1 milhões de analfabetos,  e o Nordeste é o principal responsável pelo índice, pois 53,8% das pessoas que não sabem ler nem escrever moram nesta região.
Por outro lado, quando consideradas apenas as pessoas maiores de 25 anos, o percentual de indivíduos sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 15,1% para 11,9% no Brasil, uma diminuição de 3,4 milhões de pessoas em um ano. Já o percentual de pessoas com nível superior completo passou de 11,4% em 2011 para 12% em 2012, um aumento de 6,5% (867 mil pessoas a mais), totalizando 14,2 milhões de pessoas.
Trabalho
O levantamento também tem dados sobre a taxa de desocupação das pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil: foi de 6,1% em 2012, abaixo dos índices de 2011 (6,7%) e de 2004 (8,9%). O Sul mostrou a menor taxa (4,1%) e o Nordeste, a maior (7,6%). Em relação a 2011, a única região que apresentou variação estatisticamente significativa foi a Sudeste, onde a taxa passou de 7,% para 6,1% em 2012. 
Já o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto tenha crescido 3,2%, chegando a 35 milhões de pessoas nessa condição, 1,1 milhão a mais de empregos nessa modalidade. No Sudeste e no Sul, a proporção ultrapassou 80%.
Houve avanço também nos indicadores nacionais relacionados ao trabalho infantil. Em 2012, havia 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade trabalhando, 156 mil a menos que em 2011. O nível da ocupação (proporção de ocupados nessa faixa etária) das pessoas de 5 a 17 anos foi de 8,3% em 2012, frente a 8,6% em 2011.  Essa população ocupada era composta por 81 mil crianças de 5 a 9 anos de idade, 473 mil de 10 a 13 anos e 3 milhões de 14 a 17 anos. Nessas três faixas etárias, o sexo masculino era maioria. Entre 2011 e 2012, a maior queda percentual (-23,0%) ocorreu dos 10 aos 13 anos, com 142 mil crianças deixando de trabalhar.  O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos foi de 8,3% em 2012.
Houve um ganho de 5,8% no rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento, na comparação entre 2011 (R$ 1.425) e 2012 (R$ 1.507), o que ocorreu em todas as regiões, grande parte devido ao aumento do valor do salário mínimo no país.
Fonte: Correio 24H

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Logística

Sobre 480 pneus: construção do complexo Acrílico no Polo Industrial de Camaçari termina hoje

480 pneus transportam um equipamento equivalente a um prédio de 30 andares


Na maior operação logística já vista na Bahia, 480 pneus transportam um equipamento equivalente a um prédio de 30 andares, do tamanho da fuselagem de um Boeing 747. O procedimento teve início mês passado, faz parte da construção do Complexo Acrílico no Polo Industrial de Camaçari e termina hoje.  

BASF encerra hoje maior operação logística da Bahia (Foto: Mauro Akin Nassor)
Ontem, a ação que começou às 6h e estava prevista para acabar às 14h, interditou os dois lados da Via Parafuso até o pedágio, o que fez a equipe esperar mais de uma hora para  dar prosseguimento ao transporte dos equipamentos. A barra de leitura de veículos habilitados para passar direto no pedágio estava impedindo o deslocamento, devido às dimensões da carga, e teve de ser removida.

A missão, de cinco etapas, está sendo  realizada nos finais de semana, e começou no dia 27 de julho na Base Naval de Aratu, Salvador, onde a carga com três colunas para processamento de ácido acrílico, importante composto na fabricação de produtos de higiene, como fraldas de bebê e papel higiênico, chegou de navio da China e segue até o Polo de Camaçari.  

A mais colossal das colunas tem 456 toneladas, 63 metros de altura e diâmetro de 9,5 metros. Em cima da carreta, a grande peça  ganha proporções ainda mais impressionantes, com  comprimento de 103 metros e 11,5 metros de altura.

A empresa Bahia Norte, que administra o sistema de pedágio, deixou de arrecadar valores referentes ao trânsito de 20 mil veículos, média diária da via, segundo o gerente de operações da Bahia Norte, Carlos Alejandro. “A via deve ficar interditada até o final do dia”, disse ele. Os valores acordados entre a empresa de química BASF, principal responsável pela implementação do polo, e a Bahia Norte não foram informados.  

Quando conseguia se locomover, o comboio atingia cerca de 20 quilômetros por hora e esbarrava nos galhos das árvores. Nos outros dias, a energia teve de ser desligada em alguns pontos do trajeto, o que não passou de quatro horas, de acordo com a assessora de comunicação Gislene Rosseti. Para diminuir os transtornos, a empresa foi erguendo a fiação à medida que o caminho ia sendo percorrido, e informou às comunidades com antecedência. 
As pessoas ficaram curiosas, como conta Cristina Bertoni, vice-presidente de logística, “Teve gente  que falou ‘É um prédio deitado, um avião deitado, um grande liquidificador’”. 

O eletricista da Coelba Jaime Suzarte, que participava da atividade, não ficou indiferente: “Para mim é novidade, nunca tinha visto uma bicha enorme assim”. 
Uma das histórias mais inusitadas, segundo Rossetti, foi quando dois homens a cavalo resolveram seguir o carregamento, que saía de Inema, região da praia da Marinha frequentada pelos presidentes FHC, Lula e Dilma. “Tivemos que sair correndo”.  

A doçura do baiano sensibilizou a responsável pela logística, Cristina Bertoni. “O povo daqui é muito receptivo. Nos sentimos acolhidos e isso foi muito bonito. Onde houve interdições, a comunidade se envolveu, colocando som e tirando fotos”.

O investimento total da BASF  no Polo de Camaçari é da ordem de R$ 1,2 bilhão. A estimativa da empresa é de que  o novo empreendimento contribua com US$ 300 milhões para a balança comercial.
Fonte: Correio 24H