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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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domingo, 21 de junho de 2015

Nova orla marítima da Cidade Baixa

Projeto da orla de Plataforma prevê piscina que enche com a maré; veja novidades


Projeto com participação da comunidade prevê ciclovia, pista de skate, quadras, parque infantil e até uma piscina natural             

Aos 57 anos, o aposentado Ednilson Leandro dos Anjos caminha à beira da linha férrea de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário, esperançoso. “Eu ainda vou viver para aproveitar isso tudo aqui e muito, com fé em Deus!”, diz. Na última segunda-feira, ele foi à reunião que aprovou o projeto de revitalização da orla de Plataforma e Itacaranha e voltou com tudo na cabeça: os banquinhos, a ciclovia, as áreas de lazer, a fonte interativa e até uma piscina natural, que aparece quando a maré enche.
Projeto vai aproveitar muro de contenção para criar piscina natural; quando a maré enche, a piscina aparece (Foto: Reprodução)
O equipamento — assim como quadras poliesportivas e um parque infantil — vai ficar em frente à antiga fábrica de tecidos São Brás, desativada desde 1968. Ednilson, que viu a fábrica em funcionamento, comemora as intervenções.

“Era um prédio lindo, mas foi acabando. Aqui vai ficar bonito, vai ter uns bancos para ver o pôr-do-sol. E a piscina vai ser algo ótimo, porque o batismo da nossa igreja é aqui. Vai ficar lindo fazer na piscina”, sonha o aposentado, hoje pastor evangélico.

Ednilson mora na rua que fica atrás da antiga fábrica, em Plataforma. Onde hoje há um prédio em ruínas – tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) –, rodeado de mato e à beira-mar, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) pretende instalar uma fonte interativa, um parque infantil, além da piscina de maré, com uma praia artificial. Também no trecho estão previstas três quadras poliesportivas, uma pista de skate e ciclovia.
Piscina natural, parque infantil e fonte interativa serão instalados onde há hoje ruínas de antiga fábrica
(Foto: Marina Silva)
O projeto foi  elaborado pela prefeitura de Salvador – através da FMLF – e pela comunidade, em dez oficinas que contaram com a participação de cerca de 100 moradores de Plataforma e Itacaranha. “Eu fui na última reunião, e pelo que eu vi do projeto, vai ser muito bom. A população já sofre com tudo, ali não tem onde passar uma bicicleta, não tem nada, é uma coisa terrível”, diz Ednilson.

Já o técnico em administração e também pastor Josemir da Anunciação, 42, diz que quer ver a obra executada e o local com segurança. “Já foram tantas promessas ao longo de tantos anos que hoje eu só acredito porque pelo menos o projeto eu vi. Agora eu quero ver ele sair do papel”, diz.

Execução

De acordo com a presidente da FMLF, Tânia Scofield, a previsão é que as obras iniciem no final deste ano e que durem dez meses. O projeto executivo deverá ser concluído em julho e, em seguida, será aberta a licitação. Só então será definido o valor a ser investido no local. Toda a verba será da prefeitura.

Para que a nova orla fique como planejado, a Fundação conta também com a substituição dos Trens do Subúrbio pelo sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), o VLT será licitado até o início do segundo semestre e a previsão é que as obras levem de 24 a 30 meses.
Rua Almeida Brandão, vizinha da linha do trem, não tem calçamento  (Foto: Marina Silva)
“O conceito é requalificar o espaço público e que tem uma barreira, que é a segregação do Trem do Subúrbio. Mas, a gente conseguiu uma autorização para aquela área, de forma a quebrar um pouco a barreira do trem e já com a perspectiva de substituição pelo VLT, que é leve e compartilha bem com o projeto”, diz Tânia.

Com a conclusão das obras, o projeto vai beneficiar moradores de todo o Subúrbio Ferroviário, além dos visitantes. “A orla de Itacaranha e Plataforma abrange todo o Subúrbio. Na verdade, é para toda a cidade”, diz o secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro. Os dois bairros reúnem mais de 50 mil habitantes, segundo censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comunidade

No decorrer das oficinas, os técnicos da FMLF percorreram o trecho de 9 km – entre a estação de trem Plataforma e a de Itacaranha – junto com os moradores, que foram mostrando os pontos importantes e fazendo sugestões. Foi da comunidade, por exemplo, a ideia de instalar uma pista de skate, que ficará no trecho de orla entre São João do Cabrito e Plataforma.

Já a ideia da piscina de maré, embora não tenha partido dos moradores, foi aplaudida de pé. No local, há um muro de pedra para contenção de maré, com um buraco. Quando a maré enche, a água atravessa o muro. “Quando a gente era criança, a gente mergulhava no buraco que tem ali onde vai fazer a piscina e deixava a água passar”, lembra o agente de endemias Sandro Vaz, 35.
Projeto prevê reurbanização, calçamento e conta com projeto de VLT
(Foto: Reprodução)
“Já existe lá uma contenção na borda, já é uma reserva de água e a gente vai aproveitar para fazer uma piscina natural. Urbanizamos toda a área do ancoradouro que liga a Ribeira a Plataforma. A gente vai possibilitar vários restaurantes que são famosos ali em Plataforma e Itacaranha”, diz Tânia Scofield, da FMLF.

Além disso, estão previstos cinco recantos de convivência em locais já ocupados hoje pela comunidade para este mesmo fim, todos ao longo da Rua Almeida Brandão. A via, de chão batido, será calçada e reurbanizada, assim como a Rua Úrsula Catharino. As entradas para a praia terão acessibilidade. No trecho de Plataforma, também haverá uma estrutura de apoio às marisqueiras, um espaço de apoio às associações de bairro e a relocação da Barraca do Sal.

Em Itacaranha,  nova estrutura gerou polêmica com  moradores

Em Itacaranha, será feita uma estrutura de apoio aos pescadores e fontes de água serão requalificadas. Lá, o projeto não foi bem aceito no início das reuniões. “O pessoal estava naquela desconfiança de que as casas iam ser desapropriadas e iam ter que sair de lá”, disse o manobrista Hélio Conceição, 52, da comissão de moradores que vai acompanhar a obra.

Segundo ele, somente após a prefeitura mostrar que as casas não serão desapropriadas, a população aprovou o projeto. “Com as melhorias do projeto, todo mundo concorda. O problema é que eles vão ter que tirar dois ou três metros de algumas casas e não estão querendo indenizar o pessoal”, diz o pedreiro Delhi Jr, 26.
Sandro, Ednilson e Josemir: moradores participaram de oficinas
(Foto: Marina Silva)


O secretário Silvio Pinheiro explica que alguns imóveis avançaram na área pública e construíram mais do que era permitido. “Nesse processo de construção do projeto, no diálogo, se levou à compreensão dos moradores sobre as melhorias que a intervenção traria”, disse.

Segundo ele, a Procuradoria do município é quem avaliará pedidos de indenização. “A gente está avaliando o benefício da coletividade. Nada foi feito sem acordar com a comunidade”, diz.

Moradores de Plataforma e Itacaranha vão fiscalizar obras

Da mesma forma que participaram da construção do projeto, os moradores também acompanharão as obras. “A gente criou uma comissão de moradores para acompanhar todo o processo onde eles moram”, diz a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield.

Assim que as obras começaram, seis moradores dos bairros de Plataforma e Itacaranha irão fiscalizar a execução e cuidar para que o resultado seja igual ao planejado. “Eles deram o mapa e nós fomos riscando e mostrando como é a orla que nós queremos. Nosso trabalho agora é fiscalizar a obra, ver se realmente vai sair como eles disseram”, explica o motorista operador Djanilson José de Oliveira, 42, que mora há 16 anos em Plataforma e integra a comissão.

Em Itacaranha, também faz parte do trabalho fazer a comunicação com os moradores. “O nosso propósito é trabalhar em cima do projeto e desenvolver esse trabalho com a comunidade”, diz autônomo Reginaldo Barbosa Sampaio, 55, que também integra a comissão de moradores.
Fonte: ibahia.com
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terça-feira, 16 de junho de 2015

Sistema de trens do Subúrbio será substituído pelo 

VLT


  • Raul Aguilar l Ag. A TARDE
    Galpões estão totalmente abandonados e se viraram refúgio para marginais - Foto: Raul Aguilar l Ag. A TARDE
    Galpões estão totalmente abandonados e se viraram refúgio para marginais
Basta um olhar por toda avenida Jequitaia, no bairro Água de Meninos, em Salvador, para ver o estado de abandono em que se encontram alguns galpões localizados dentro do espaço da linha férrea da Suburbana.
Galpões construídos em alvenaria para abrigar antigos depósitos de lojas e peças de reparo para os trens estão abandonados, servindo de abrigo para moradores de rua e marginais da região.
Porém, os galpões estão com os dias contados. Tudo por conta de uma reforma que irá transformar o antigo trem do Subúrbio Ferroviário em um Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), segundo nota oficial da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).
Com isso, "dos atuais 13,5 km e 10 estações, o sistema, quando transformado em VLT, terá 18,5 km e 21 estações, sendo ampliado para chegar ao bairro do Comércio, na região do Terminal da França, e à região de São Luís, no bairro de Paripe", diz a nota.
Entre o fim do primeiro semestre e início do segundo deste ano, será aberta a licitação do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) do Subúrbio, que promete modernizar o serviço, segundo nota da  Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB). 
Entre as inovações também estão: requalificação e modernização. Porém, a mudança mais significativa estará no conforto e no tempo reduzido que os passageiros ganharão em cada viagem.
O sistema de trens do Subúrbio foi transferido da Prefeitura de Salvador para o Governo do Estado em abril de 2013.
Fonte: A Tarde/uol

Projeto mobilidade urbana de Salvador

Linha Vermelha


A Linha Vermelha ligará Piatã até a BR-324, através da duplicação da Orlando Gomes e da nova Avenida 29 de Março. Serão 12 km de extensão, por onde estarão distribuídos 6 viadutos, ponte, calçada, ciclovia e pista dupla com 3 faixas cada, uma delas exclusiva para o transporte público de massa. O investimento nessa entrega soma R$ 581,5 milhões e, além de ligar a região do subúrbio com a orla atlântica, a Linha Vermelha criará novas rotas para o complexo trânsito dessa populosa região, integrando-se ao metrô. Ainda está prevista uma ampliação para a Linha Vermelha, estendendo seu trecho até Paripe (Estação São Luís), com mais 8km de extensão e 250 milhões de investimento para melhorar a mobilidade urbana da nossa capital.

Projeto mobilidade urbana de Salvador

Linha Azul


A Linha Azul ligará Patamares ao Lobato, através da já duplicada Pinto de Aguiar, da Avenida Gal Costa e da implantação da via de ligação Pirajá – Lobato. Serão 12,7 km de extensão, por onde estarão distribuídos 10 viadutos, 4 túneis duplos, ciclovias e pista dupla com 3 faixas cada. Além de ligar o subúrbio com a orla atlântica, a Linha Azul criará novas rotas para essa região. A Linha terá faixa exclusiva para o transporte público, integrando-se ao metrô. Serão investidos R$ 647 milhões.

Projeto mobilidade urbana de Salvador

A Linha 1 está ganhando 5 novas estações: Bonocô, Bom Juá, Pirajá, Brasilgás e Cajazeiras. As obras da Linha 2 também já começaram. Serão 13 estações ligando o Acesso Norte, na Rótula do Abacaxi, até o aeroporto e Lauro de Freitas. Além disso, 5 terminais farão a integração de passageiros entre o metrô e os ônibus. Tudo isso pra Salvador andar melho

Governo do Estado autoriza construção da Linha 2 do Metrô de Salvador e Lauro de Freitas

A ordem de serviço para o início da construção da Linha 2 do metrô, ligando Salvador a Lauro de Freitas, foi assinada nesta quinta-feira (5) pelo governador Rui Costa, durante a inauguração dos bicicletários das estações do Retiro e do Acesso Norte. A obra vai melhorar e ampliar os recursos destinados à mobilidade na capital baiana, tendo investimento aproximado (Linha 1 e Linha 2) de R$ 3,6 bilhões, por meio de Parceria Público-Privada (PPP) com a CCR Bahia.
“É um projeto importantíssimo para Salvador e para a Bahia. Hoje nós autorizamos o início da Linha 2, que vai chegar até Lauro de Freitas, garantindo que Salvador terá 41 quilômetros de metrô até 2017. É um marco para nossa capital e motivo de comemoração”, afirmou Rui.
O diretor-presidente da CCR, Luis Valença, disse que o contrato de PPP é robusto e completo. “Nós já entramos com mais de R$ 1 bilhão em recursos e precisamos que o projeto funcione. Uma PPP só funciona se o projeto for executado, ficar pronto. Isso, o que garantem são o contrato e o modelo. A população pode ficar tranquila porque terá um transporte seguro, rápido e de qualidade”.
Segundo o estudante Felipe Prazeres, o metrô agilizou sua vida. “Tenho conseguido chegar aos lugares sem passar por engarrafamento. Posso ir à Lapa, ao Campo da Pólvora, para onde vou quase todos os dias. Eu perdia muito tempo parado no trânsito”. Para ele, a Linha 2 será fundamental. “O impacto da nova linha será grande porque vai atravessar uma das regiões mais movimentadas da cidade. Então, quanto mais rápido a obra for concluída, melhor para a população de Salvador.
Geração de empregos 
Rui Costa destacou que a construção da Linha 2 é importante também para a geração de emprego e renda, uma vez que serão sete mil funcionários trabalhando na construção desse trecho do metrô, número que pode chegar a nove mil no período de pico das obras.
O carpinteiro Edson Bonfim vai trabalhar na obra. “O governo está empenhado em mobilidade e em gerar emprego para nós. Muitos pais que estavam desempregados, como eu, [agora] estão trabalhando e sustentando a sua família, graças a esta obra”.
Integração e nova rodoviária
O governador disse que a integração do metrô com os demais modais de transporte está sendo acompanhada pela Casa Civil do Estado. “Eu me reuni com os empresários do transporte da Região Metropolitana de Salvador [RMS] e pedi para acelerar esta integração, pois eu quero que esteja concluída até junho, quando a Estação de Pirajá vai entrar em funcionamento”.
Segundo Rui, ele também já se reuniu com o ministro do Planejamento [Nelson Barbosa] para conversar sobre os projetos estruturantes, que serão licitados em breve, como o do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a construção da nova estação rodoviária, que vai receber também o metrô, BRT e ônibus metropolitanos e intermunicipais, além dos interestaduais.
De acordo com o governador, a nova rodoviária será associada ainda à construção de um grande equipamento de negócios que vai gerar milhares de empregos para os moradores da região. “A idéia é ter um empreendimento comercial associado a esta plataforma. Isso vai ser bom para a população de Cajazeiras, Paripe, Pau da Lima, que muitas vezes precisa se deslocar até a Barra, Ondina ou Comércio para trabalhar. Estas pessoas passarão a ter mais oportunidades de emprego perto de casa”.
Bicicletários
Os bicicletários inaugurados por Rui Costa nas estações do Retiro e do Acesso Norte têm capacidade para 108 bicicletas cada um. Os equipamentos são destinados ao uso exclusivo dos usuários do sistema metroviário. Segundo Rui Costa, o Estado vem estimulando o uso das bicicletas.
“As avenidas Pinto de Aguiar, Orlando Gomes, 29 de Março e Gal Costa terão ciclovias. As pessoas vão poder percorrer de bicicleta um pequeno trecho de casa até as estações de metrô e seguir para o trabalho. Vamos estimular que as empresas também montem bicicletários para que o trabalhador possa guardar sua bicicleta com segurança”, reforçou o governador.
Atendente do bicicletário inaugurado na Estação do Retiro, Geysiane Araújo informa que ao usar o bicicletário, pela primeira vez, a pessoa receberá as normas de funcionamento do equipamento. “Na chegada, é preciso apresentar documento com foto e comprovante de residência. O cadastro vai gerar dois cartões de identificação, um para o usuário e outro que fica preso na bicicleta. No retorno, ele deve apresentar o cartão e o documento para liberação da saída da bicicleta”.
Mobilidade Salvador
Segundo o secretário do Desenvolvimento Urbano, Carlos Martins, estão sendo investidos no Programa Mobilidade Salvador, do qual o metrô faz parte, cerca de R$ 8 bilhões. Os investimentos contemplam também as avenidas Gal Costa e 29 de março, corredores estruturais que vão ligar a orla do subúrbio à atlântica. Vamos substituir o trem do subúrbio por um VLT moderno, até o comércio. Já fizemos obras importantes como o Sistema Viário do Imbuí e as marginais da Paralela. São obras que visam desafogar o trânsito de Salvador e dar qualidade de vida às pessoas”.
Sistema Metroviário Salvador – Lauro de Freitas
Fonte: Secom/Sedur

Mapa do metrô da capital baiana

Até que enfim a linha 2 do metrô de Salvador vai sair

Prevista para 2017, Linha 2 do metrô terá 13 estações e 23 km; veja fotos

G1 detalhou como estão as obras do sistema metroviário.
Trajeto do Acesso Norte, na capital, até Lauro será feito em 31 minutos.

Estação Rodoviária (Foto: Divulgação / CCR)Projeto da Estação Rodoviária prevista para a Linha 2 do metrô de Salvador (Foto: Divulgação / CCR)
Serão 13 estações, cinco terminais de integração com ônibus e 23 quilômetros de extensão percorridos em 31 minutos em qualquer hora do dia. Este é o projeto da Linha 2 do metrô de Salvador, que está em construção e envolve, atualmente, 755 trabalhadores, dos 7 mil previstos nos momentos de maior volume.
Em contato com a CCR e Governo do Estado, responsáveis pela gerência do metrô, o G1 detalha como está a situação desta linha, prevista para operar somente em 2017 e que irá ligar a Estação Acesso Norte, na capital baiana, a Lauro de Freitas, na região metropolitana.
Salvador já conta com a operação de parte da Linha 1, que tem 7,3 quilômetros de extensão e cinco estações já inauguradas - Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. A Linha 1 foi inaugurada em 2014: 14 anos após iniciar as obras.
No dia 9 de abril de 2015, o governo deverá liberar a Estação de Bom Juá e o sistema da Linha 1 passará a ter, ao todo, 8,7 quilômetros. Em junho, será a vez da Estação Pirajá ser entregue. Também está em obra a Estação Bonocô, localizada entre as estações Brotas e Acesso Norte. As intervenções de ampliação da Linha 1 devem ser finalizadas até julho deste ano, segundo previsão do presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).
Após 14 anos em obras, metrô de Salvador começou a operar em junho (Foto: Manu Dias/GOVBA)Linha 1 do metrô de Salvador já em operação
(Foto: Manu Dias/GOVBA)
"Hoje, até o Retiro, estamos transportando em torno de 26.270 mil pessoas por dia útil. Na última segunda-feira (9), tivemos o recorde de acessos por dia, que foi 31.134 pessoas em um único dia. O metrô, desde o início da operação, já carregou, aproximadamente, 3,9 milhões de passageiros", afirma o presidente da CTB Eduardo Copello. O sistema ainda realiza operação assistida, sem cobrança de tarifa.
As treze estações previstas para a Linha 2 são: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas. Segundo a CCR Bahia, atualmente, a Linha 2 passa por intervenções de infraestrutura como terraplanagem, drenagem e pavimentação, além de obras na região da alça de acesso da BR-324 à Avenida Antônio Carlos Magalhães.
Estação Detran (Foto: Divulgação / CCR)Estação Detran (Foto: Divulgação / CCR)
O trajeto do metrô na Linha 2 não será subterrâneo, mas em superfície. Quando ficar pronto, o transporte irá sair da Estação Acesso Norte e seguirá sob as alças da BR-324 e da Avenida Bonocô. A partir deste ponto, no sentido Salvador Shopping, a linha avançará ora pelo canteiro central, ora pela marginal da Avenida ACM, parte na superfície e parte em nível elevado, chegando à futura Estação Detran.
A partir da Estação Detran, o metrô seguirá em via elevada por cerca de 200 metros, acompanhando a margem esquerda do Rio Camurujipe, até chegar à Estação Rodoviária. A partir desta, o sistema segue em superfície passando sob o elevado dos Rodoviários e Nelson Dahia, até a Estação Pernambués, que será localizada em frente ao Supermercado Macro. Já na Avenida Paralela, o metrô seguirá na superfície pelo canteiro central indo até a Estação Aeroporto. Posteriormente, os trens chegarão à Estação Lauro de Freitas.
Mapa traz estações da Linha 1 e da Linha 2 do metrô (Foto: Divulgação / CCR)Mapa traz estações da Linha 1 e da Linha 2 do metrô (Foto: Divulgação / CCR)
De acordo com o presidente da CTB, Eduardo Copello, a previsão é de que a atual rodoviária da capital baiana e o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba) sejam transferidos de lugar.
"Existe um planejamento para transferência da rodoviária para [o bairro de] Águas Claras, mas ela só sairá de lá quando o metrô chegar até Águas Claras. O Detran, necessariamente, não tem data prevista porque não existiu a necessidade ainda", disse.
Estação Paralela (Foto: Divulgação / CCR)Estação Paralela (Foto: Divulgação / CCR)
Na Avenida Paralela, o metrô irá passar pelo canteiro central e irá ficar, praticamente, no mesmo nível da pista. Segundo Copello. Caso seja necessária a retirada do local, as árvores serão replantadas em outro lugar.
"Na Lagoa do Imbuí, o metrô irá passar em pilares, mas no nível da própria Avenida Paralela", explica. "Em toda a avenida haverá implantação dos parques lineares. Nas margens da linha do metrô, vão haver áreas de lazer, pista de cooper, ciclovia, equipamentos de ginástica", completa.
Integração com ônibus e impasse
Ao todo, o sistema metroviário contará com cinco terminais de integração de passageiros entre ônibus e metrô: Acesso Norte, Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga e Aeroporto. No entanto, ainda não há uma definição sobre quais ônibus serão utilizados: os da linha convenional que rodam na capital baiana, ou veículos próprios para este tipo de integração.
"O metrô foi planejado como um serviço estruturante, que necessita de integração. Ele não tem capilaridade de chegar a todas as regiões da cidade. Existe um contrato de convênio entre Salvador e Lauro de Freitas, que prevê que a integração seja feita através da alimentação do sistema coletivo urbano já existente nesses municípios. Em princípio, seria com os mesmos ônibus, com ajustes nas linhas, para que possam parar junto às estações e nos terminais de integração. Porém, o próprio convênio prevê a possibilidade de, não acontecendo isso, que o serviço possa ser prestado diretamente pelo metrô. Mas o ideal é que a gente consiga que possa ser feita a integração ao sistema de transporte coletivo do próprio município", explica Eduardo Copello.
Como não há uma definição sobre como será a integração, isso também afeta o início da cobrança da tarifa, afirma o presidente da CTB. "Nesse momento, a gente não tem definição completa da questão tarifária junto ao sistema de transporte. Existem negociações e elas não foram concluídas. A cobrança envolve a integração, porque precisa dessa definição".
Estação Acesso Norte Linha 2 (Foto: Divulgação / CCR)Estação Acesso Norte Linha 2 (Foto: Divulgação / CCR)
Avaliação
A CCR afirma que não houve erro de projeto durante a construção do sistema metroviário na capital baiana, mas reconhece que foram realizadas adaptações e modernizações para atender ao novo traçado do metrô. A empresa cita como exemplo a Estação Pirajá, que teve seu projeto alterado em função da inclusão do "Tramo 3" (Pirajá-Águas Claras/Cajazeiras), não previsto anteriormente.
Copello também avalia que as obras estão seguindo dentro do cronogramada contratural. "Os pequenos atrasos são compensados com alguns avanços. É ritmo de uma obra normal que segue", opina.
Estação de metrô, em Salvador. (Foto: Divulgação/ CCR Metrô)Estação de metrô, em Salvador (Foto: Divulgação/
CCR Metrô)
Histórico
O metrô de Salvador começou a ser construído no ano 2000 e deveria ter ficado pronto em 2003. A Linha 1 foi projetada para ter 12 quilômetros, ligando o centro de Salvador ao bairro de Pirajá, mas só 7,3 quilômetros estão prontos até o momento. Em abril de 2013, o Governo da Bahia assumiu a gestão do metrôde Salvador, que até então, era da Prefeitura Municipal.
De acordo com o Governo da Bahia, ao todo, o Sistema Metroviário terá investimento de R$ 3,6 bilhões, sendo que R$ 1,4 bilhão da CCR, R$ 1,2 bilhão do Governo Federal e R$ 1 bilhão do Governo 
Estadual.
Fonte: ibahia.com