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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Novas indústrias para a Bahia

Governo do Estado atrai 76 novos empreendimentos para Bahia

De janeiro a setembro de 2016, o Governo do Estado assinou 76 protocolos de intenção, com investimentos da ordem de R$ 7,2 bilhões e a criação de 7,8 mil empregos. Deste total, 51 empresas serão implantadas e 25 ampliadas. O interior baiano será contemplado com 70% dos protocolos, que representam um investimento de R$ 6,1 bilhões e uma geração de 4,7 mil empregos.

O segmento de Eletricidade e Gás é um dos destaques. Somente a italiana Enel Green Power assinou dois protocolos este ano. Um em Brumado, para geração de energia eólica, e outro em Tabocas do Brejo Velho, para geração de energia solar. Juntos, os empreendimentos somam um investimento de R$ 840 milhões e 860 novos empregos.

Já a Globo Brasil chega para adensar a cadeia produtiva de energia solar no estado, que concentra os maiores projetos de parques fotovoltaicos do País. Serão investidos R$ 245 milhões, com a geração de mais de 300 postos de trabalho. A fábrica vai produzircélulas voltaicas e, posteriormente, painéis solares em Camaçari.

Foto: Camila Souza/GOVBA
O governador Rui Costa assinou protocolos com a Enel Green Power e a Globo Brasil
(Foto: Camila Souza/GOVBA)

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, afirma que é importante ressaltar a importância deste segmento para o semiáriado, onde os parques serão implantados. “Nós teremos geração de emprego e renda nessa região. Os parques pagam um valor ao proprietário que passam a ter renda fixa, já que não consegue tirar muito proveito da terra”, afirma.

O segmento de Calçados e Componentes será responsável pela criação de 1.150 empregos, com um investimento de R$ 7,5 milhões - resultado de protocolos assinados com a marca Susana Santos, que vai se instalar em Itapetinga, e com a Nádia Talita, que vai ampliar seu negócios em Serrinha.

Outro destaque é o segmento de Papel e Celulose. A Suzano anunciou ampliação da fábrica em Mucuri, no extremo-sul da Bahia, com investimentos de R$ 700 milhões e geração de 1.150 empregos diretos nas obras civis e 50 novos postos de trabalho, que se somarão aos 2,4 mil já existentes naquela unidade fabril. A Veracel - uma das gigantes do setor de celulose, controlada pela brasileira Fibria Celulose e pela sueco-finlandesa Stora Enso - também vai ampliar e investir R$ 700 milhões na fábrica de Eunápolis, até o próximo ano.

Empresas implantadas

Até julho, 40 empreendimentos foram implantados e quatro ampliados, um investimento de R$ 2,63 bilhões e a geração de 4,5 mil novas vagas de empregos. Segundo o secretário Hereda, o fortalecimento da economia baiana é essencial para a manutenção das indústrias instaladas e a atração de novos investimentos. “Reduzir o índice de desemprego é a nossa grande meta. Estamos executando um conjunto de ações articuladas para garantir a atração de mais empresas, que resultam em emprego e renda para os baianos”.

O segmento Eletricidade e Gás foi mais uma vez o responsável pela maior parte dos investimentos, um total de R$ 1,8 bilhão com 21 usinas eólicas implantadas no semiárido baiano e mais 491.900 kW adicionados à rede elétrica. A Tecsis - Tecnologia e Sistemas Avançados, o Juá Garden Shopping e a Lipari são os responsáveis pelo aumento no número de empregos.

A fábrica de produção de pás eólicas da Tecsis, que está com 20% das operações iniciadas no Polo Industrial de Camaçari, emprega até o momento 637 funcionários, mas a previsão é fechar o ano com 1.500 vagas ocupadas. Com investimentos da ordem de R$ 220 milhões, a planta tem capacidade para produzir 2,5 mil pás por ano, em 12 linhas de produção. De acordo com a Tecsis, com a capacidade máxima instalada, a fábrica pode empregar até seis mil pessoas. A meta é chegar a até o final de 2018 com três mil colaboradores.

Foto: Camila Souza/GOVBA
A planta da Tecsis tem capacidade para produzir 2,5 mil pás por ano
(Foto: Camila Souza/GOVBA)

O Juá Garden Shopping, inaugurado no mês de março, em Juazeiro, no Vale do São Francisco, foi responsável pela geração de mil empregos e investiu R$ 150 milhões, mas a previsão é gerar cerca de três mil empregos, entre diretos e indiretos, quando estiver em pleno funcionamento. A Lipari Mineração, implantada no município de Nordestina, emprega 260 funcionários e foi responsável pelo investimento de R$ 200 milhões.

Novos empreendimentos


Além dos investimentos implantados, alguns grupos baianos e grandes redes anunciaram novos investimentos e ampliações no estado. Existe uma previsão de 21 novas empresas se implantarem até dezembro. Serão investidos R$ 628 milhões e criados 1.291 empregos. O maior investimento é da Bridgestone, do segmento Automotivo e Componentes, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo. A unidade investirá R$ 262 milhões na ampliação da planta industrial Bahia, sendo R$ 252 milhões no incremento da produção e R$ 10 milhões na construção de um centro de distribuição. Atualmente a fábrica trabalha em três turnos e espera chegar, com a ampliação, a produzir 8,1 mil pneus/dia. Em seguida vem o segmento Químico e Petroquímico, com a Estireno do Nordeste (EDN), unidade da Unigel em Camaçari, que também está sendo ampliada e tem investimentos da ordem de R$ 243 milhões.

Fonte: Ascom/SDE

Municípios baianos se destacam na produção agrícola

O plantio de algodão de São Desidério – maior produtor da fibra no País –, localizado no oeste baiano, garantiu ao município, pelo segundo ano consecutivo, a liderança no ranking dos municípios brasileiros com maior valor da produção agrícola em 2015. A produção agrícola individual de São Desidério, somando o valor total das colheitas, incluídos grãos e outros produtos, chegou a R$ 2,8 bilhões no ano passado, o que representou um aumento de 23,2% em relação à colheita de 2014.
O algodão é responsável por 52,9% do valor produzido no município. Em seguida, vem a soja, com 39,6%, garantido a São Desidério a quarta posição na produção do grão no país. O dado faz parte da pesquisa anual Produção Agrícola Municipal – Culturas Temporárias e Permanentes elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que investiga 63 produtos da agricultura nacional, com dados para Brasil, grandes regiões, estados e municípios.

Esses números, que, junto com outros municípios baianos – como Formosa do Rio Preto, oitavo no ranking nacional, Barreiras (17º), Luís Eduardo Magalhães (20º), Correntina (26º) e Riachão das Neves (42º) –, colocam a região oeste da Bahia em destaque nacional são frutos de intensa ação do Estado na área, segundo o governador Rui Costa. Ele lembra que o oeste baiano, ao longo dos anos, vem expandindo sua fronteira agrícola e ocupando a liderança na produção nacional de grãos, seja com o aumento da área plantada, seja na modernização e no avanço tecnológico empregado nas lavouras.

“Essa evolução é fruto do forte investimento em modernização e tecnologia empregados, proporcionando aumento de produtividade, além da vocação agropecuária que a região também possui. O Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura, vai continuar trabalhando em parceria com o setor produtivo para que, não só São Desidério, mas toda a Bahia continue se destacando no agronegócio”, disse o governador.

ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO
Na avaliação de Rui Costa, um dos desafios para a continuidade da pujança agrícola da região é a logística de escoamento da produção.  “Temos a expectativa de conclusão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e a construção do Porto Sul, que serão de fundamental importância para o desenvolvimento econômico do oeste da Bahia e de todo o Estado, dando à região vantagem competitiva, já que a logística encarece o valor da produção”, reconhece ele. E a perspectiva para consolidar a FIOL está sendo costurada pelos governos estadual e federal. O modelo de negócio discutido pelo Estado junto aos investidores chineses e ao governo federal para a continuidade da construção da FIOL foi aprovado. A obra, agora, é uma das prioridades do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) lançado pelo governo federal.
Além de atender aos requisitos impostos pelo governo federal, o modelo foi discutido em março passado pelo governador Rui Costa, em uma missão à China, e aprovado também pela China Railway Engeneering Group n.10 (Crec 10). Em outubro será apresentada uma proposta de modelagem ao vice-presidente da Crec 10 durante visita do grupo de investidores à Bahia, seguida pela realização de licitação que viabilizará a retomada das obras da FIOL e do Porto Sul, que acontecerão em paralelo. A ferrovia terá extensão de 1.527 km, sendo 1.100 km na Bahia e capacidade para transportar 65 milhões de toneladas por ano.

INCENTIVOS
O governo baiano vem implementando uma série de instrumentos de política agrícola destinados a desenvolver o agronegócio no Estado, com ênfase principalmente na região do MATOPIBA – última fronteira agrícola em expansão do país, compreendida entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nessa região, estão os principais municípios produtores de grãos da Bahia, como São Desidério, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, e outros.
Dentre esses instrumentos, vale destacar o Programa de Incentivo à Cultura do Algodão – Proalba, cuja prorrogação foi autorizada em julho passado pelo governador Rui Costa, com validade até o final de 2017; o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – Fundeagro; e o Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária - Prodeagro. O Proalba concede incentivo de até 50% do ICMS devido sobre a comercialização do algodão no mercado interno, desde que o produtor atenda aos requisitos tecnológicos, fitossanitários e de qualidade estabelecidos pelo programa. Deste incentivo, 10% são destinados ao Fundeagro, que promove a realização de pesquisas e difusão tecnológicas, ações de defesa fitossanitária e de marketing, com vistas à promoção da fibra baiana nos mercados nacional e internacional.

MATOPIBA

São Desidério faz parte da microrregião de Barreiras, e está inserido no território do MATOPIBA. Entre 1973 e 2011, a produção de grãos no MATOPIBA saltou de 2,5 milhões de toneladas para mais de 12,5 milhões. Dos 8,068 milhões de toneladas de grãos produzidos pela Bahia, na safra 2014/2015, estima-se que 90% foram oriundos dos municípios que compõem o território do MATOPIBA, ou seja, aproximadamente 7,261 milhões de toneladas.

fonte: SECOM/BA.