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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Nova orla marítima de Salvador


Fotos da nova orla marítima de Salvador: trecho Jardim de Alah


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Fotos: g1.globo.com; metro1.com.br; correio24h.com.br; atarde.uol.com.br; tribunadabahia.com.br.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Salvador entre as 100 cidades mais sustentáveis do mundo


Capital baiana foi uma das cidades que adotaram as melhores práticas

Salvador acaba de ser reconhecida, pela publicação Cities 100, como uma das 100 cidades do mundo que apresentam as melhores soluções na área de sustentabilidade. O projeto IPTU Verde, de iniciativa da Prefeitura e desenvolvido pela Secretaria da Cidade Sustentável (Secis), faz parte desse elenco.

A Cities 100 buscar identificar as melhores ações políticas dentro de dez setores: Energia Verde, Resíduos Sólidos, Adaptação de Planejamento e Assessoria, Implementação da Adaptação, Medição de Carbono e Planejamento, Construção de Eficiência Energética, Finanças e Desenvolvimento Econômico, Cidades Inteligentes e Engajamento de Comunidades Inteligentes, Transporte e Comunidades Sustentáveis.

Ao todo foram realizadas 216 inscrições de 96 cidades de todas as regiões do globo. A publicação é desenvolvida pela organização sem fins lucrativos C40, que atua no combate às alterações climáticas, pela Realdania, instituição filantrópica que busca dar qualidade e beneficiar o bem comum através de construções sustentáveis e também do grupo de reflexão internacional Sustainia, que trabalha para garantir ações sustentáveis em todo o mundo.   

O objetivo do trabalho é destacar ações inovadoras para o meio ambiente antes da 21ª Conferência Clima (CPO 21), que será realizada em Paris, do dia 30 de novembro a 11 de dezembro, que tem como principal pauta a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
Fonte: ibahia.com

Cidade baiana aparece entre as 50 mais desenvolvidas do Brasil


Município de Luís Eduardo Magalhães aparece na 12ª colocação

A cidade de Luís Eduardo Magalhães, localizada na região Oeste Baiano, foi considera - por uma pesquisa realizada pela Revista Exame - como uma das 50 cidades pequenas mais desenvolvidas do país. Luís Eduardo aparece na 12ª colocação no ranking da pesquisa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município possui uma população estimada em 79.162 habitantes. Luís Eduardo possui a décima maior economia do estado da Bahia. A região responde por 60% da produção de grãos do estado. A renda per capta é uma das maiores do Brasil.

O município é responsável ainda por sediar um dos maiores eventos destinado ao agronegócio, a Agrishow.  Mesmo possuindo grande potencial e um espaço bastante promissor do Nordeste no que diz respeito a cadeias agroindustriais, o município possui grandes áreas inexploradas, próprias para agricultura e pecuária. Ou seja, a cidade detêm, neste sentido, novas possibilidades de crescimento.
Fonte: ibahia.com

Apesar da crise, Bahia terá mais três novos shoppings até o final de 2015


Juntos, os centros de compras somam investimentos de 270 milhões e irão gerar 2,8 mil novos empregos


Nem mesmo as sucessivas quedas do volume de vendas do varejo, registradas nos últimos  sete meses, intimidou os investimentos do segmento de shoppings centers na Bahia. Só no final deste ano, três novos shoppings serão inaugurados em Salvador, Feira de Santana e Camaçari. Juntos, os centros de compras somam investimentos de 270 milhões e irão gerar 2,8 mil novos empregos diretos e indiretos.

“O Brasil é maior que a crise. Vamos enfrentar algum tipo de dificuldade no início, mas as praças onde estes shoppings serão instalados demandam por esse tipo de equipamento”, explica o coordenador da seção baiana da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Edson Piaggio. No dia 25 de novembro (quarta), o primeiro a ser inaugurado é o América Outlet, em Feira de Santana. Um dia depois é a vez do Boulevard Camaçari. Já no dia 2 de dezembro, o Shopping Cajazeiras, em Salvador, começa a funcionar. 
Em janeiro deste ano, o município de Serrinha também ganhou um centro de compras, o Shopping Serrinha. Entre os novos empreendimentos, nenhum dos três pretende cobrar taxas de estacionamento. “Isso significa que o mercado acredita no potencial do estado e na capacidade de consumo do baiano, mesmo diante das dificuldades econômicas”, diz Piaggio.


(Foto: Divulgação)
ConceitoNa tentativa de reter o consumidor da região de Camaçari, que antes frequentava os shoppings de Salvador para fazer suas compras, o Boulevard Camaçari vai contar com 130 lojas e mais quatro salas de cinema. “Vamos trazer grandes redes de varejo para que as pessoas não precisem se deslocar até a capital”, confirma Edson Piaggio, que também é um dos sócios do empreendimento localizado na região metropolitana.
O mesmo interesse por municípios do interior com participação expressiva na economia do estado também atraiu os olhares do empresariado do setor para Feira de Santana. Segundo o diretor técnico da Consil, construtora responsável pela implantação do América Outlet, César Mesquita, a tendência do segmento outlet - com lojas que praticam preço de saldão durante todo o ano -  tem tudo para expandir. “Feira de Santana é um município que imprime uma força muito grande no setor varejista e de consumo”, afirma. Com 100 lojas, o shopping já confirmou a presença de 60 marcas, entre elas a Guess - que terá a primeira loja implantada no Nordeste, Calvin Klein, Carmen Steffens e Polishop.    
Já o Shopping Cajazeiras investiu em uma área superpopulosa da capital, com o mesmo objetivo de manter o consumidor bem pertinho de casa. “O shopping de vizinhança traz praticidade sem deixar nada a desejar quando comparado aos grandes shoppings”, ressalta Mesquita sobre o empreendimento da mesma construtora. Além de complexo de cinema, o centro contará com 113 lojas.
Estratégia
A crise vai exigir dos shoppings muita inovação para superar a cautela do consumidor em gastar, como explica a diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Patricia Cotti. “Independente de preço, os consumidores vão querer experimentar  e conhecer aquele shopping que acabou de chegar no mercado”, avalia. “Vai ser preciso buscar diferenciais emocionais, como ambiente de serviço, alimentação, experiências  para que a venda seja uma decorrência natural”, completa.
Fonte: ibahia.com
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sábado, 14 de novembro de 2015

Fábrica de cimentos amplia investimentos na RMS

A inauguração da Fábrica Votorantim Cimentos, nesta quinta-feira (5), no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), marca a chegada de mais investimentos ao estado da Bahia, no setor da construção civil. A unidade exclusiva de argamassa do grupo Votorantim no Nordeste vai abastecer mercados da Bahia, Sergipe e Alagoas, além de atender o varejo e as construtoras dessas regiões. São recursos que movimentam a economia do município de Camaçari e fortalecem o mercado baiano.

O evento teve a presença do governador Rui Costa, que, acompanhado pelos diretores do grupo e autoridades, destacou a importância de uma indústria como essa. Pouco depois de descerrar a placa de abertura da fábrica, ele agradeceu ao grupo pelo investimento e parabenizou a gestão municipal de Camaçari. O governador ainda visitou as instalações e plantou uma árvore no local, denominada de ‘Árvore Camaçari’.

"Não me canso de trabalhar para a geração de empregos nesse estado de 15 milhões de habitantes. Nós temos tido respostas excelentes de empresas que têm se instalado na Bahia. A construção civil tem se destacado no estado e espero que nos tornemos um mercado cada vez mais atraente dos vários materiais ligados ao setor, além de outras oportunidades, desenvolvendo o interior baiano", enfatizou Rui Costa.

A planta baiana é a sexta unidade industrial da Votorantim no Nordeste e recebeu R$ 25 milhões em investimentos, com a geração de cerca de 80 empregos diretos e indiretos. A estrutura possui capacidade para produção de 206 mil toneladas de argamassa por ano. 

Representando o grupo Votorantim, o acionista e membro do Conselho de Administração da companhia, Fábio Ermírio de Moraes, falou sobre o carinho que possui pela Bahia, onde iniciou sua atividade profissional e pretende continuar investindo. "Mesmo diante do cenário econômico desafiador, decidimos investir nessa fábrica, acreditando no nosso projeto em longo prazo e no potencial da região Nordeste para isso. Trabalhamos com compromisso de atender bem os nossos clientes e esperamos que o Brasil e a Bahia voltem a apresentar ambiente favorável para novos investimentos, principalmente neste,que é o maior mercado da construção civil do Nordeste ".

Segundo o prefeito do município de Camaçari, Ademar Delgado, a chegada de mais um empreendimento com o cenário econômico atual é uma prova de que o estado e a cidade podem e vão se desenvolver. "Estamos caminhando a passos largos para melhorar cada vez mais e superar qualquer crise, apostando no município como capaz de acolher as empresas e dar oportunidade para as pessoas que aqui vivem. Gerando emprego, renda e dando melhor qualidade de vida para nossa população".

Grupo Votorantim

A Votorantim Cimentos é parte do Grupo Votorantim, empresa brasileira, que está presente em mais de 20 países e que completa 97 anos de história em 2015. Somente na Bahia, além da fábrica inaugurada nesta quinta (5), o Grupo possui operações da Fibria, que detém área florestal e 50% de participação na Veracel, uma unidade da Votorantim Energia, com a Usina Pedra do Cavalo, localizada na barragem do Rio Paraguaçu, e uma unidade Obra Fácil da Votorantim Siderurgia, também em Camaçari.

Recebendo com prioridade alguns dos investimentos do grupo, a região Nordeste concentra importantes investimentos do grupo, como a primeira fábrica de cimento da empresa, no município de Paulista (PE), além de unidades em Sobral e Pecém (CE), Laranjeiras (SE) e São Luís (MA), e a mais nova em Camaçari.

Para garantir que essa produção seja distribuída, a Votorantim ainda conta com estrutura de centrais de distribuição em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí e Pernambuco, para manter a excelência na logística, com atendimento à demanda dos mercados estaduais e qualidade de serviço.
Fonte: SECOM/BA.

domingo, 8 de novembro de 2015

A Bahia será a maior produtora de energia limpa do Brasil

Bahia supera a marca de 1GW na produção de energia eólica

Com 46 parques eólicos espalhados pelo estado, a Bahia atinge a potência instalada de 1,2 GW na produção de energia eólica, o equivalente à metade da energia elétrica que é distribuída no estado atualmente. A marca - alcançada depois que os parques eólicos Caetité A, B e C entraram em operação comercial, em setembro deste ano, coloca o estado na posição de quarto maior estado brasileiro em produção de energia. Nos próximos anos, a Bahia deve ocupar a primeira posição.
Segundo dados de setembro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o território baiano é o que mais possui parques eólicos em construção, um total de 164, quase o dobro do segundo colocado, o estado do Rio Grande do Norte, com 84 parques em andamento. Tais valores devem crescer a partir dos novos leilões de energia eólica, nos quais a Bahia tem captado grande parte dos recursos.
Nos dois últimos leilões para contratação de energia eólica, realizados em 2014, a Bahia continuou sendo destaque. Dos 67 projetos que foram arrematados, 33 serão implantados no estado. Juntos, eles vão resultar em investimentos de cerca de R$ 3,1 bilhões. O próximo leilão está marcado para novembro e, mais uma vez, o estado concorre na captação de recursos para a geração desse tipo de energia.
Numa projeção dos investimentos para os próximos anos, a expectativa é que a Bahia se torne o maior estado produtor de energia eólica em até quatro anos, de acordo com o diretor de energia da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), Celso Rodrigues. "O último Atlas Eólico da Bahia constatou que temos a capacidade de 195 GW de energia eólica no estado, o que nos torna um dos maiores potenciais eólicos do planeta. Nos tornar o maior produtor no País é uma consequência natural do processo que passamos neste momento, quando aproveitamos a capacidade produtora do estado e fortalecemos toda a cadeia produtiva", explicou o diretor de energia.
Cadeia produtiva
De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o setor de energia tem atraído também empreendimentos ligados aos parques e às usinas eólicas, desenvolvendo a indústria do setor, como as fábricas de componentes e equipamentos - a exemplo de torres eólicas, pás, nacelles (caixa do rotor do aerogerador) e montagem de turbinas. Alguns desses empreendimentos são as quatro plantas instaladas em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e a indústria inaugurada no início deste ano em Itabuna.
Para o diretor de energia da Seinfra, o adensamento da cadeia produtiva de energia renovável na Bahia gera frutos para todos os setores da economia, uma vez que torna o estado uma referência nacional, mas a realidade local também sente diretamente as mudanças. “Desde os profissionais que são qualificados especificamente para as novas funções, até as pessoas que deverão, em breve, receber treinamento para atuar na manutenção desses parques, chegando também na realidade dos municípios baianos do interior, localizados principalmente na região do semiárido baiano, que recebem esses investimentos. Isso sem falar na produção de energia solar fotovoltaica, que está se desenvolvendo para trabalhar de forma complementar à eólica”, explicou Celso Rodrigues.
Seminário
Levando em conta o potencial baiano, nos dias 24 e 25 deste mês, Salvador vai sediar o Fórum Nacional Eólico-Carta dos Ventos, no Senai-Cimatec. Entre os debates, que vão reunir empresários, especialistas e interessados no tema, estão a qualificação da mão de obra, elaboração de políticas públicas para geração de energia eólica e desafios da transmissão.
Fonte: SECOM/BA.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

BRT de Feira de Santana

Iniciada obra do BRT em Feira de Santana; previsão é de operar em 2017


Ao todo, 20 ônibus especiais, com acessibilidade, GPS, ar-condicionado e capacidade para atender até cem passageiros vão circular pelos corredores exclusivos


As obras para a construção do BRT de Feira de Santana foram iniciadas na manhã de ontem, após assinatura de ordem de serviço dada pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD), pelo governador Rui Costa (PT) e pelo prefeito José Ronaldo (DEM).





O sistema de transporte, que deve ser concluído em janeiro de 2017, vai beneficiar 56 mil passageiros que atualmente utilizam o tradicional serviço de ônibus. O BRT contará com dois corredores — João Durval, com 4,8 km de extensão, e o Corredor Getúlio Vargas, com 4,45 km, totalizando 9,25 km que vão ligar três terminais, também parte do projeto.


Ao todo, 20 ônibus especiais, com acessibilidade, GPS, ar-condicionado e capacidade para atender até cem passageiros, por viagem, vão circular pelos corredores exclusivos. A construção conta com um investimento de aproximadamente R$ 87 milhões, financiados pela Caixa Econômica Federal.


 Fonte: ibahia.com.

domingo, 21 de junho de 2015

Nova orla marítima da Cidade Baixa

Projeto da orla de Plataforma prevê piscina que enche com a maré; veja novidades


Projeto com participação da comunidade prevê ciclovia, pista de skate, quadras, parque infantil e até uma piscina natural             

Aos 57 anos, o aposentado Ednilson Leandro dos Anjos caminha à beira da linha férrea de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário, esperançoso. “Eu ainda vou viver para aproveitar isso tudo aqui e muito, com fé em Deus!”, diz. Na última segunda-feira, ele foi à reunião que aprovou o projeto de revitalização da orla de Plataforma e Itacaranha e voltou com tudo na cabeça: os banquinhos, a ciclovia, as áreas de lazer, a fonte interativa e até uma piscina natural, que aparece quando a maré enche.
Projeto vai aproveitar muro de contenção para criar piscina natural; quando a maré enche, a piscina aparece (Foto: Reprodução)
O equipamento — assim como quadras poliesportivas e um parque infantil — vai ficar em frente à antiga fábrica de tecidos São Brás, desativada desde 1968. Ednilson, que viu a fábrica em funcionamento, comemora as intervenções.

“Era um prédio lindo, mas foi acabando. Aqui vai ficar bonito, vai ter uns bancos para ver o pôr-do-sol. E a piscina vai ser algo ótimo, porque o batismo da nossa igreja é aqui. Vai ficar lindo fazer na piscina”, sonha o aposentado, hoje pastor evangélico.

Ednilson mora na rua que fica atrás da antiga fábrica, em Plataforma. Onde hoje há um prédio em ruínas – tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) –, rodeado de mato e à beira-mar, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) pretende instalar uma fonte interativa, um parque infantil, além da piscina de maré, com uma praia artificial. Também no trecho estão previstas três quadras poliesportivas, uma pista de skate e ciclovia.
Piscina natural, parque infantil e fonte interativa serão instalados onde há hoje ruínas de antiga fábrica
(Foto: Marina Silva)
O projeto foi  elaborado pela prefeitura de Salvador – através da FMLF – e pela comunidade, em dez oficinas que contaram com a participação de cerca de 100 moradores de Plataforma e Itacaranha. “Eu fui na última reunião, e pelo que eu vi do projeto, vai ser muito bom. A população já sofre com tudo, ali não tem onde passar uma bicicleta, não tem nada, é uma coisa terrível”, diz Ednilson.

Já o técnico em administração e também pastor Josemir da Anunciação, 42, diz que quer ver a obra executada e o local com segurança. “Já foram tantas promessas ao longo de tantos anos que hoje eu só acredito porque pelo menos o projeto eu vi. Agora eu quero ver ele sair do papel”, diz.

Execução

De acordo com a presidente da FMLF, Tânia Scofield, a previsão é que as obras iniciem no final deste ano e que durem dez meses. O projeto executivo deverá ser concluído em julho e, em seguida, será aberta a licitação. Só então será definido o valor a ser investido no local. Toda a verba será da prefeitura.

Para que a nova orla fique como planejado, a Fundação conta também com a substituição dos Trens do Subúrbio pelo sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), o VLT será licitado até o início do segundo semestre e a previsão é que as obras levem de 24 a 30 meses.
Rua Almeida Brandão, vizinha da linha do trem, não tem calçamento  (Foto: Marina Silva)
“O conceito é requalificar o espaço público e que tem uma barreira, que é a segregação do Trem do Subúrbio. Mas, a gente conseguiu uma autorização para aquela área, de forma a quebrar um pouco a barreira do trem e já com a perspectiva de substituição pelo VLT, que é leve e compartilha bem com o projeto”, diz Tânia.

Com a conclusão das obras, o projeto vai beneficiar moradores de todo o Subúrbio Ferroviário, além dos visitantes. “A orla de Itacaranha e Plataforma abrange todo o Subúrbio. Na verdade, é para toda a cidade”, diz o secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro. Os dois bairros reúnem mais de 50 mil habitantes, segundo censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comunidade

No decorrer das oficinas, os técnicos da FMLF percorreram o trecho de 9 km – entre a estação de trem Plataforma e a de Itacaranha – junto com os moradores, que foram mostrando os pontos importantes e fazendo sugestões. Foi da comunidade, por exemplo, a ideia de instalar uma pista de skate, que ficará no trecho de orla entre São João do Cabrito e Plataforma.

Já a ideia da piscina de maré, embora não tenha partido dos moradores, foi aplaudida de pé. No local, há um muro de pedra para contenção de maré, com um buraco. Quando a maré enche, a água atravessa o muro. “Quando a gente era criança, a gente mergulhava no buraco que tem ali onde vai fazer a piscina e deixava a água passar”, lembra o agente de endemias Sandro Vaz, 35.
Projeto prevê reurbanização, calçamento e conta com projeto de VLT
(Foto: Reprodução)
“Já existe lá uma contenção na borda, já é uma reserva de água e a gente vai aproveitar para fazer uma piscina natural. Urbanizamos toda a área do ancoradouro que liga a Ribeira a Plataforma. A gente vai possibilitar vários restaurantes que são famosos ali em Plataforma e Itacaranha”, diz Tânia Scofield, da FMLF.

Além disso, estão previstos cinco recantos de convivência em locais já ocupados hoje pela comunidade para este mesmo fim, todos ao longo da Rua Almeida Brandão. A via, de chão batido, será calçada e reurbanizada, assim como a Rua Úrsula Catharino. As entradas para a praia terão acessibilidade. No trecho de Plataforma, também haverá uma estrutura de apoio às marisqueiras, um espaço de apoio às associações de bairro e a relocação da Barraca do Sal.

Em Itacaranha,  nova estrutura gerou polêmica com  moradores

Em Itacaranha, será feita uma estrutura de apoio aos pescadores e fontes de água serão requalificadas. Lá, o projeto não foi bem aceito no início das reuniões. “O pessoal estava naquela desconfiança de que as casas iam ser desapropriadas e iam ter que sair de lá”, disse o manobrista Hélio Conceição, 52, da comissão de moradores que vai acompanhar a obra.

Segundo ele, somente após a prefeitura mostrar que as casas não serão desapropriadas, a população aprovou o projeto. “Com as melhorias do projeto, todo mundo concorda. O problema é que eles vão ter que tirar dois ou três metros de algumas casas e não estão querendo indenizar o pessoal”, diz o pedreiro Delhi Jr, 26.
Sandro, Ednilson e Josemir: moradores participaram de oficinas
(Foto: Marina Silva)


O secretário Silvio Pinheiro explica que alguns imóveis avançaram na área pública e construíram mais do que era permitido. “Nesse processo de construção do projeto, no diálogo, se levou à compreensão dos moradores sobre as melhorias que a intervenção traria”, disse.

Segundo ele, a Procuradoria do município é quem avaliará pedidos de indenização. “A gente está avaliando o benefício da coletividade. Nada foi feito sem acordar com a comunidade”, diz.

Moradores de Plataforma e Itacaranha vão fiscalizar obras

Da mesma forma que participaram da construção do projeto, os moradores também acompanharão as obras. “A gente criou uma comissão de moradores para acompanhar todo o processo onde eles moram”, diz a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield.

Assim que as obras começaram, seis moradores dos bairros de Plataforma e Itacaranha irão fiscalizar a execução e cuidar para que o resultado seja igual ao planejado. “Eles deram o mapa e nós fomos riscando e mostrando como é a orla que nós queremos. Nosso trabalho agora é fiscalizar a obra, ver se realmente vai sair como eles disseram”, explica o motorista operador Djanilson José de Oliveira, 42, que mora há 16 anos em Plataforma e integra a comissão.

Em Itacaranha, também faz parte do trabalho fazer a comunicação com os moradores. “O nosso propósito é trabalhar em cima do projeto e desenvolver esse trabalho com a comunidade”, diz autônomo Reginaldo Barbosa Sampaio, 55, que também integra a comissão de moradores.
Fonte: ibahia.com
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