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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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domingo, 30 de março de 2014

Mais sobre mobilidade urbana em Salvador

Vias marginais à Paralela devem desafogar trânsito de vários bairros da cidade

Com as obras, que também incluem túneis e viadutos, será possível transitar entre dois bairros que ficam em lados opostos à Paralela sem precisar passar por ela
A Avenida Luiz Viana foi construída há mais de 40 anos, e desde então, os soteropolitanos nunca mais conseguiram desapegar dela. Todos os dias, quase um terço dos carros da cidade passa pela via, ou melhor, ficam presos nos engarrafamentos da via. Por isso, o objetivo central das obras do governo do estado é tirar as pessoas (e seus automóveis) da Paralela. 
A saída, ao contrário do que muitos imaginavam, não é uma via paralela à Paralela, pois ela necessariamente acabaria desembocando na ACM. E é preciso tirar os carros da ACM também. “Ninguém nunca tinha pensado em fazer nada transversal. A própria Paralela, que era uma alternativa à orla, é no mesmo sentido do funil, todo mundo acaba tendo que passar pelo Iguatemi”, explicou o governador Jaques Wagner, após a assinatura da ordem de serviço para a execução de dois corredores transversais, que cortam a cidade do subúrbio até a orla Atlântica. A assinatura aconteceu na quinta-feira. 
Obras da primeira etapa da linha 1 do metrô já estão em fase final (Foto: Elói Correa/ GovBa)
Com eles, e com o restante das obras que compõem o que o governo denominou Plano Geral de Mobilidade, não será mais necessário passar pela região do Iguatemi para chegar a praticamente qualquer ponto da cidade, o que também deve desafogar o trânsito. Todo o plano vai custar em torno de R$ 8 bilhões, entre recursos federais e estaduais.
A ideia é desafogar as vias principais, reduzindo os engarrafamentos, distribuindo o fluxo pelas vias marginais, que estão sendo construídas ou alargadas. Com as obras, que também incluem túneis e viadutos, será possível transitar entre dois bairros que ficam em lados opostos à Paralela sem precisar passar por ela.

CorredoresO primeiro corredor vai da avenida Suburbana até a Orla de Patamares, passando pela avenida Pinto de Aguiar, cujas obras de duplicação já começaram e devem ficar prontas até o o final de junho.  O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Ubiratan Cardoso, conta que o restante custará R$ 650 milhões e deve ficar pronto em 36 meses. “A  via sai da Avenida Suburbana, na altura do Lobato, passa pelo complexo de viadutos da BR-324, que é outra obra do estado, e desemboca na avenida Gal Costa, que será duplicada.
Ela atravessa a Paralela por um túnel, que vai passar debaixo do metrô, e chega na Pinto de Aguiar”, descreve Cardoso. Além do túnel, serão construídos nove viadutos, 6,5 quilômetros de ciclovias, além da macro-drenagem dos rios Camurugipe e Pituaçu. São três faixas por sentido: duas para carros e um corredor exclusivo para ônibus (BRT). 
O Corredor Transversal II segue os mesmos moldes: 12 quilômetros, duas faixas para carros e uma para BRT. “Ela vai sair de Águas Claras, pela BR-324, encaixa na 29 de março, que está sendo construída, atravessa a Paralela e chega na Orlando Gomes, que será duplicada nos mesmos moldes da Pinto de Aguiar”, conta Ubiratan Cardoso, da Conder. Este corredor contará com seis viadutos, cinco pontes e 11 quilômetros de ciclovia, bem como com a macrodrenagem do Rio Jaguaribe. 
A duplicação da avenida Pinto de Aguiar  será entregue ainda este semestre (Foto: Elói Correa/ GovBa)
O projeto ainda inclui iluminação pública, áreas verdes e integração com o metrô. As interseções com o transporte metroviário ocorrerão em dois pontos de cada corredor: em Pituaçu e Pirajá, no Corredor I, e em Águas Claras e Bairro da Paz, no Corredor II. E se ainda assim, as pessoas continuarem apegadas à Paralela, pelo menos elas poderão ir de metrô. Sim, após 14 anos de imbróglio, agora sob a gestão do Estado, o transporte sobre trilhos finalmente vai sair do papel. Ainda em junho, o primeiro trecho, que vai da Lapa até o Retiro, começará a operar.
Ainda estão previstas mais quatro etapas do transporte. A linha 1 continua do Retiro até Pirajá, e de Pirajá até Águas Claras e Cajazeiras (onde ele será integrado ao Corredor II). Já a linha 2,  vai ligar a linha 1 até o aeroporto e, posteriormente, até Lauro de Freitas. A previsão é que tudo esteja pronto até 2017.   

ComplexoO conjunto de obras, denominado Complexo Viário do Imbuí e Narandiba, foi dividido em cinco trechos, denominados M1, M2, M3, M4 e M5 e contempla os bairros localizado entre os dois que dão nome ao projeto. Ao todo, o governo do estado está investindo R$ 95 milhões nos cinco trechos. 
“Com essas mudanças, serão criadas condições para desenvolver a mobilidade da região com menos interferências nos trajetos”, explicou o coordenador executivo de Infraestrutura da Casa Civil, Eracy Lafuente. “As obras dão soluções para os motoristas que trafegam na região, dividindo o fluxo para que a Paralela não fique tão lenta”, completou ele.
Lafuente acrescenta que as obras antecedem a linha 2 do metrô, que cortará toda a Paralela, ligando o Acesso Norte do município ao Aeroporto e, em seguida, a Lauro de Freitas. “Isso é uma espécie de antecipação do metrô. Quando os trens estiverem passando no meio da Paralela, não será possível fazer os retornos passando pelo meio da via”, disse o coordenador executivo.

Trechos  
Na entrada do Imbuí, as obras preveem a construção de dois viadutos - um ligando a Avenida Jorge Amado, a principal do bairro, diretamente à Avenida Luís Eduarda Magalhães (denominado M1) e outro ligando o bairro à Paralela (denominado M2). O trecho M2 corresponde a ajustes na avenida marginal que sai do Imbuí e passa pelo supermercado Extra.
Por sua vez, o trecho M3 consiste no alargamento da entrada do Centro Administrativo da Bahia (CAB). Já o M4 é o trecho que liga Narandiba à Paralela. O trecho M5 liga o Saboeiro à Luís Eduardo Magalhães, evitando o tráfego pela Paralela. De acordo com Lafuente, as avenidas marginais serão liberadas entre abril e maio. Todo o complexo ficará pronto entre junho e julho. “O projeto inclui urbanização, a construção e reforma de passeios, meios-fios, iluminação e sinalização horizontal e vertical”, detalhou ele. 
O complexo ainda inclui uma ligação da avenida Luís Eduardo à Estrada do Curralinho. “Isso facilitará o acesso ao Hospital Sara Kubitschek, ao Stiep, ao Centro de Convenções e também à parte interna do Imbuí”, explicou Lafuente. A terraplanagem para essa obra já está em curso. 
A intervenção inclui a pavimentação, o alargamento da avenida marginal ao hospital Sara e as sinalizações horizontais e verticais, partes que ainda estão sendo licitados. De acordo com o governo, essas obras ficarão prontas este ano. A previsão é que elas durem um período de três a cinco meses depois de licitadas.

Barradão vai facilitar acesso de torcedores aos jogosO caminho para os jogos do Vitória também ficará mais fácil após a conclusão das obras de mobilidade do governo do estado. Mas antes que os torcedores do Bahia comecem a protestar, é bom deixar claro que a Via Paralela-Barradão, como está sendo chamada, beneficia não só os torcedores que frequentam o estádio, mas valoriza também os bairros localizados no seu entorno. “Ela liga a Paralela à Via Regional, passando pelo Barradão. É uma obra de R$ 18 milhões, que vai beneficiar 200 mil pessoas”, explica o presidente da Conder, Ubiratan Cardoso.
De acordo com ele, a via cortará os bairros do Trobogy, Canabrava e Nova Brasília, facilitando a locomoção dos moradores destes bairros e de motoristas que passam pela região. Ela terá pista dupla, com duas faixas por sentido, canteiro central, passeios, recuos para pontos de ônibus. Além disso, também está prevista a execução de serviços de macrodrenagem do Rio Mocambo e de contenção de encostas em terra armada. Além dos R$ 18 milhões das obras, serão gastos mais R$ 3 milhões em desapropriações .
A licitação está em curso até esse início de abril, quando será anunciada a empresa vencedora. A partir daí, o prazo para que os 4,6 quilômetros de obras fiquem prontos é de 18 meses, ou seja, final de 2015. Com esta via alternativa, nos dias de jogos com maior apelo de público, os constantes engarrafamentos na Avenida São Rafael e nas imediações da Paralela deixarão de existir. A autorização para a licitação da obra foi assinada pelo governador Jaques Wagner no dia 14 de fevereiro deste ano, numa cerimônia realizada no próprio estádio Manoel Barradas.
Ao lado dele estava o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Manuel Ribeiro. “Esta obra faz parte de um contexto de mobilidade e eu posso garantir que nunca houve uma carteira de obras tão grande quanto a atual, seja a de equipamentos comunitários”, disse ele, na ocasião.
Fonte: Correio 24H

sexta-feira, 28 de março de 2014

Governo estadual apresenta o projeto de mobilidade urbana de Salvador

Governador assina ordem de serviço de corredores transversais

Obra contará com a construção de viadutos e custo previsto é de R$ 1,3 bilhão
O governador Jaques Wagner assinou na manhã desta quinta-feira (27) a ordem de serviço dos corredores transversais que ligarão a Suburbana e a BR-324 à orla. A obra inclui a construção de viadutos e novos corredores de tráfego, com prazo de execução previsto de 36 meses e custo de R$ 1,3 bilhão. 

Foto: Manu Dias/ GovBa
Segundo Wagner, as intervenções fazem parte do projeto Mobilidade Salvador, que se soma à Via Expressa e aos complexos viários 2 de Julho e do Imbuí. "Serão construídas duas grandes transversais, integrando ao metrô, que a gente vai ver funcionando em junho, ao conjunto de obras formado pela Via Expressa e os complexos viários, entre outras. Também vamos transformar o trem do subúrbio em VLT e estender a rota até o Terminal da França", disse.
Para o secretário da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela coordenação das obras estruturantes do governo do Estado, as novas vias vão trazer desenvolvimento para a população. "Vão levar possibilidade de emprego para as pessoas, teremos shoppings nas estações de Cajazeiras, Pirajá e Mussurunga. Haverá chegada de clínicas médicas, escritórios, comércios, dinamizando a economia da região".

Licitação para troca dos trens do Subúrbio sairá até junho

O novo sistema está orçado em R$ 600 milhões, com recursos do governo federal

Rui Costa confirmou que, ainda neste primeiro semestre, o governo vai lançar a licitação do sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), que vai substituir os trens do Subúrbio Ferroviário. O anúncio foi feito durante a assinatura do governador Jaques Wagner da ordem de serviço do pacote que inclui a construção de dois corredores transversais de tráfego.

O novo sistema está orçado em R$ 600 milhões, com recursos do governo federal. A ideia  é que a linha, que hoje vai de Paripe até a Calçada, seja estendida até o Comércio e, em seguida, até a Estação da Lapa e a Avenida Centenário. 

De acordo com o coordenador executivo da Casa Civil, Bruno Dauster, o projeto não prevê a construção de novas estações no Comércio, mas existirão pontos de parada. “Nós vamos implantar um VLT moderno com o piso rebaixado, para que o passageiro tenha condições de entrar sem precisar estar em uma plataforma. Vai ser como subir em um ônibus”, disse Dauster.

Sobre a extensão da linha do VLT até a Lapa e a Centenário, segundo Rui Costa, a ideia que ela também seja subterrânea, com um túnel saindo da altura do 2º Distrito Naval até os pontos de destino. Questionado sobre como esta intervenção seria feita, Bruno Dauster disse que ainda não há um detalhamento do projeto. 

Corredores da fuga

Você se vê num engarrafamento sem fim na Avenida Pinto de Aguiar e precisa chegar até a Avenida Gal Costa. Para isso, terá necessariamente que entrar em São Marcos. Mas, no futuro, este caminho pode ser percorrido em poucos minutos, por um túnel que vai passar sob a Avenida Paralela. 

Parece utópico, mas esse caminho está previsto nas obras que tiveram ordem de serviço assinada ontem pelo governador Jaques Wagner. O pacote inclui a construção de dois corredores transversais de tráfego. Um passará pela Avenida Gal Costa, que será duplicada. 

O outro corredor contará com uma via a ser construída, a Avenida 29 de Março. Além disso, a ideia é que os corredores sejam integrados ao sistema do metrô. 

Quando prontos, os corredores vão fazer uma ligação direta entre o Subúrbio Ferroviário e a BR-324 e a Orla Atlântica. A previsão é que as obras, orçadas em R$ 1,3 bilhão, estejam completamente prontas em 36 meses. 

Mas a obra será entregue em etapas, segundo o chefe da Casa Civil do governo estadual, Rui Costa. “São duas avenidas estruturantes em que teremos várias frentes de trabalho. O total é de 36 meses, mas vamos entregar em etapas para a população”.

As obras autorizadas devem começar em até 60 dias e o túnel sob a Paralela, que faz parte do Corredor Transversal 1, deve ser a primeira estrutura a ser finalizada. 

Corredor 1
O acesso ao túnel será na altura do Estádio de Pituaçu. Assim, será possível sair da Pinto de Aguiar direto para a Gal Gosta. A Avenida Gal Costa terá ligações com a Estrada do Mandú, em São Marcos, e vai continuar tendo acessos à Avenida São Rafael e ao bairro de Sussuarana. Ela ganhará ainda uma conexão com a via expressa do estádio Barradão. O projeto prevê que a Gal Costa também permita o acesso direto a São Marcos e Pau da Lima e São Marcos. 

Chegando na BR-324, o corredor contará com uma estrutura em dois níveis. O viaduto na altura da Estação Pirajá será duplicado e, além disso, será aberto um túnel até a Avenida Suburbana, chegando ao Lobato. 

“A segunda frente de trabalho vai começar no Lobato, construindo um túnel para vencer o morro do Subúrbio e sair do outro lado para chegar até a Estação Pirajá”, detalhou Rui Costa.

O Corredor 1 terá aproximadamente 10 quilômetros de extensão, contando com três faixas por sentido, 15 quilômetros alças, dez viadutos, quatro túneis duplos e 6,2 quilômetros de ciclovia. 

29 de Março
Já a Avenida 29 de Março, que ainda será construída, integra o Corredor Transversal 2, que vai começar na Avenida Orlando Gomes e cortar o miolo de Salvador até chegar ao bairro de Águas Claras, na BR-324. 

Este corredor terá quase 13 quilômetros, sendo três faixas por sentido, sendo uma exclusiva para ônibus. Na altura do Bairro da Paz será construído um complexo de viadutos que vão ligar a Orlando Gomes com a 29 de Março. O projeto inclui também a implantação de ciclovia. 

A nova via cortará bairros como Mussurunga, Dom Avelar, Cajazeiras, Castelo Branco, Jardim Nova Esperança e Águas Claras. Existe ainda a ideia de estender a via até Paripe, mas este trecho não está incluso nas obras autorizadas.  

“Chegando em Águas Claras, nós iremos licitar até Paripe. Portanto, nessa via, de ponta a ponta, nós teremos 21 quilômetros de avenida, saindo da orla até Paripe”, diz o secretário da Casa Civil.
Para a implantação dos corredores, serão realizadas 2 mil desapropriações. Segundo o governador, 90% serão de residências, cujos moradores serão relocados para imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. Já os comerciantes afetados pelas obras vão receber indenizações. 

Durante a cerimônia, o governador também falou sobre o plano de, em 2017, transferir o terminal rodoviário da região do Iguatemi para Águas Claras, que, em tese, já terá uma estação de metrô. 
“A rodoviária sai do Iguatemi, porque não tem mais sentido os ônibus intermunicipais adensando ainda mais o trânsito do Iguatemi. Ela tem que estar mais ou menos concomitantemente com o metrô. Ela vai ficar na porta da estação Águas Claras/Cajazeiras”, afirmou Jaques Wagner.

Pacote
Os corredores transversais fazem parte  das obras Mobilidade Salvador, que incluem outras intervenções que já foram entregues pelo governo, como a Via Expressa Baía de Todos os Santos. 

O mesmo pacote inclui obras ainda em curso, como o Complexo de Viadutos do Imbuí e a nova Estrada do Curralinho, que vai ligar a Avenida Luis Eduardo Magalhães ao Stiep e Vale dos Rios. Os recursos são do PAC.

A próxima obra que deve ser entregue pelo governo é a ligação da Avenida Luís Eduardo Magalhães e a BR-324. Já em maio serão entregues as vias marginais da Avenida Paralela. A previsão é que no mesmo mês também fique pronto o novo viaduto de Narandiba.
Fonte: Correio 24H

terça-feira, 25 de março de 2014

Mobilidade Urbana

Mobilidade urbana: governador assina ordem de serviço para obra de R$ 1,3 bilhão

Ato acontecerá na próxima quinta-feira (27), às 10h, no Centro de Convenções
O governador Jaques Wagner irá assinar, na próxima quinta-feira (27), às 10h, a ordem de serviço para a criação de dois corredores transversais que fazem parte do conjunto de obras de mobilidade urbana da capital baiana. As obras irão ligar a avenida Suburbana e a BR-324 à Orla Atlântica com a construção de viadutos e corredores de tráfego. O evento acontecerá no Centro de Convenções.

Orçado em R$ 1,3 bilhão e com um prazo de execução previsto de 36 meses, as obras serão divididas em duas etapas. A primeira etapa do Corredor I já se encontra em fase de execução, através da duplicação da avenida Pinto de Aguiar, em Pituaçu, ligando a orla à Avenida Luís Viana Filho (Paralela). Após isso, a continuidade será a ampliação da avenida Gal Costa, que se estenderá até o bairro Capelinha, finalizando com a requalificação do trecho que vai de Pirajá até a avenida Suburbana, no Lobato. O corredor I terá aproximadamente 13 quilômetros.


Já o Corredor II, futura avenida 29 de março, terá um canal de tráfego de 12 quilômetros, partindo da avenida Orlando Gomes, em Piatã, até a região de Águas Claras, através de uma ligação da BR-324 com a avenida Paralela e a Orla Marítima. Os corredores irão integrar as linhas 1 e 2 do metrô, ciclofaixas e corredores de ônibus.
Fonte: Correio 24H

sexta-feira, 21 de março de 2014

Estaleiro Paraguaçu

ENSEADA RECEBE PRIMEIRO NAVIO EM SUA UNIDADE EM MARAGOJIPE




A Enseada Indústria Naval recebeu esta semana o primeiro navio que marca a fase operacional da Unidade Paraguaçu, localizada em Maragojipe (BA). A embarcação saiu do porto de Mokpo em 19 de janeiro e trouxe a primeira parte do guindaste Goliath, adquirido da empresa mundial Konecranes Finland Corporate, que será entregue em dez embarques (dois de grande porte, o maior em 24/02), oriundos da Finlândia, Coréia e China.

O equipamento estará completamente montado em agosto de 2014 e será o mais alto do Brasil, com 150 metros, o equivalente a um prédio de 50 andares. O Goliath trata-se de um pórtico de sete mil toneladas com capacidade de içar cargas de até 1.800 toneladas. Capaz de montar megablocos, será possível erguer de uma só vez a torre de perfuração dos navios-sonda.

O equipamento atuará em conjunto com o guindaste de lança sobre trilhos da mesma empresa. O aspecto mais importante é a sinergia operacional entre os guindastes, que contam com a mesma tecnologia básica, que implica em maior segurança e produtividade.

Para Silvio Zen, diretor de Implantação da Unidade Paraguaçu, a chegada da embarcação marca a conclusão das obras civis do Cais I. “A Unidade Paraguaçu está com mais de 50% de suas obras concluídas e tem a previsão de ser inaugurada em março de 2015, porém, já estamos operando. Já iniciamos corte da chapa de aço para as construções das sondas”, afirma Zen.

O Cais I tem uma área de total de 5,2 mil metros quadrados e capacidade para navios de até 210 metros de comprimento. A Enseada Indústria Naval é formada pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.) e possui investimentos na ordem de R$ 2,6 bilhões no Recôncavo Baiano. (EEP).
Fonte: Bahiaeconômica

Turismo na Bahia

Praias exuberantes, a Bahia tem o maior litoral do Brasil



Praias de beleza ímpar, a costa baiana está subdividida em seis regiões



Litoral baiano chama atenção pela exuberância 

O maior comprimento de praias do Brasil, o litoral baiano possui 932 quilômetros e corresponde a 12,4% do total da costa brasileira. São diversas praias divididas por Salvador, Costa da Baleias, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau e Costa do Descobrimento. 
A Costa dos Coqueiros é um dos postos mais visitados do Litoral Norte baiano e chama a atenção pela beleza e tranquilidade de suas praias. O seu acesso é facilitado pelo fato de estar próximo a capital baiana e também próximo ao aeroporto de Salvador. O Complexo Costa do Sauípe e a Praia do Forte São destaques da região. Mas a área abriga ainda Imbassaí, Itacimirim, Guarajuba, Jauá, Arembepe e Jacuípe. 
A Costa do Dedê também marcado pelo forte turismo, estão localizadas entre a foz do Rio Jaquaripe e a Baía do Camamu.  Abrangem os municípios Valença, Igrapiúna, Cairu, Camamu, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá e Maraú, somando cerca de 115 quilômetros de litoral. O site TripAdvisor, referência no setor de turismo, realizou uma pesquisa em março de 2013, em que revela a Ilha de Boipeba como a mais bonita do Brasil. O resultado é baseado em comentários e avaliações dos visitantes. Na América Latina, ficou em segundo lugar, atrás somente da Ilha de Páscoa. 
É na Costa do Cacau, que a cidade de Ilhéus praticamente reina soberana. A famosa terra eternizada por Jorge Amado, tornou-se conhecida mundialmente graças a literatura do escritor. Entre as atrativos, a Lagoa Encantada, Rio do Engenho, a Catedral de São Sebastião, o Bar Vesúvio e o Bataclan. Os turistas lotam a cidade para conhecer a terra de Gabriela, Cravo e Canela.
Ainda tem a Costa da Baleias, que tem como destaque, o arquipélago de Abrolhos, reduto das Baleias Jubarte e a Costa do Descobrimento, que tem Porto Seguro, como principal roteiro turístico.
Fonte: iBahia

Consulte o Guia de Praias em: http://www.ibahia.com/especiais/caminhosdabahia/guia-de-praias-salvador/

quinta-feira, 20 de março de 2014

A solução para o trânsito das grandes cidades está no uso da bicicleta

Ciclovias custam menos de 1% do valor de uma estrada


A fundação norte-americana Bicycle Coalition elaborou uma pesquisa que mostra quanto custa para as cidades criarem mais espaços restritos para pedestres e ciclistas, comparando-os com os valores de estruturas para outros meios de transporte.
O resultado mostra que calçadas e ciclovias totalmente separadas das vias automotivas possuem custos de implantação ínfimos, em relação às estradas, linhas de trem, metrô e pontes. A pesquisa foi feita para a cidade de São Francisco, na Califórnia, mas mesmo que os números possam variar de acordo com a localidade, a média de gastos pode ser aplicada em qualquer cidade.
Segundo a Bicycle Coalition, uma milha de ciclovia, que equivale a aproximadamente 1,6 km, custa US$ 445 mil, enquanto a mesma milha em estradas pode custar até US$ 571 milhões. Os números ficam ainda maiores com os outros sistemas. O metrô pode custar um bilhão de dólares por milha e uma ponte chega a US$ 2 bilhões.
Além da economia financeira que o investimento em ciclovias permite, isso proporciona maior segurança e novas pessoas são incentivadas a utilizarem a bicicleta como meio de transporte. Esta é uma espécie de ciclo do bem. Pois, quanto mais pessoas decidirem pela bike, menos carros trafegam nas ruas e menos poluição é lançada diariamente no ar.
Os benefícios vão além da economia com a estrutura e são praticamente incalculáveis. Sem contar a melhoria na qualidade de vida de quem decide trocar o carro pelas duas rodas de uma bicicleta.
Os dados coletados pela Bicycle Coalition foram transformados em gráfico pela fundaçãoPeopleForBikes. Ele dá uma dimensão real de quanto é gasto com cada uma das estruturas. Veja abaixo:



















Fonte: CicloVivo

Incentivo à carona: uma solução para diminuir o número de veículos nas grandes cidades

Aplicativo que estimula caronas é lançado no Brasil



As redes sociais ou o boca a boca eram, até então, a forma de encontrar uma carona para viagens, ir visitar a família ou conhecer alguém para dividir a gasolina. Entretanto, um novo aplicativo torna essa busca por caronas de longa distância mais fácil e segura.
Criado em Israel, o app WeGo reunirá pessoas interessadas em dividir o carro e economizar na viagem. A redução de gastos com o transporte em uma viagem compartilhada é de, no mínimo, 40%.
Para Ayal Zaum, CEO do WeGo, o objetivo é facilitar a vida dos viajantes, tornando o trajeto mais agradável e econômico. “O WeGo é recomendado para pessoas que moram longe do trabalho ou que viajam frequentemente e não é uma competição com serviços de transporte, nem visa ser uma fonte de renda para o motorista”, explica Zaum. “Nosso objetivo é reunir pessoas que precisam ir para o mesmo lugar e querem gastar menos. Além disso, pretendemos que o aplicativo ajude na diminuição da poluição das cidades, pelo fato de a quantidade de carros diminuir”, completa ele.
Como funciona?
O funcionamento é simples. Os interessados fazem o download gratuito do aplicativo pelo Google Play ou pelo site e se cadastram no sistema. Quem dirige e quer oferecer uma vaga, cadastra o destino, hora de saída e chegada, além de uma sugestão de doação para as despesas da viagem. Quem precisa de carona, encontra os carros disponíveis para a data e o destino desejado. O pagamento da doação combinada entre motorista e carona pode ser feito com cartão de crédito por meio do aplicativo.
Outra preocupação da empresa é a segurança. O passageiro pode escolher ir com o motorista mais bem avaliado. Quem dirige também pode escolher se aceita ou não o pedido de carona de um passageiro após ver a sua reputação. É feita uma análise dos cadastros dos usuários e, após o trajeto, motorista e passageiros podem dar notas para a corrida. “As avaliações serão mostradas no aplicativo, para ajudar na hora de escolher o parceiro de viagem”, explica.
"A Copa do Mundo, as longas distâncias, e o enorme potencial turístico do país motivaram a escolha do Brasil para o lançamento”, afirma Alessio Alionço, responsável por trazer o app ao país.
Faça o download pelo Google Play.
Fonte: CicloVivo

Qualidade de Vida

Ranking lista as cidades com mais qualidade de vida do mundo



A empresa de consultoria internacional Mercer publica, anualmente, um documento sobre as melhores cidades para se viver. A última edição, publicada no último em fevereiro, traz uma má notícia para os paulistanos: a cidade que ocupava 115º posição, em 2013, agora está na 120º.
Mais uma vez, Viena, capital da Áustria, ocupa o primeiro lugar. Aliás, quando se fala em qualidade de vida, já não é novidade que as cidades europeias estão no topo da lista:
Top 5
- Viena (Áustria)

David Mark/Pixabay
- Zurique (Suíça)

Nitli/Pixabay
- Auckland (Nova Zelândia)

Chewy Pineapple/cc
- Munique (Alemanha)

David Kostner/cc
- Vancouver (Canadá)

Jamesz/Flickr
“As cidades europeias desfrutam o mais alto padrão de qualidade de vida no geral em comparação às cidades de outras regiões. Cuidados com a saúde, infraestrutura e locais de recreação geralmente contam com um padrão bastante elevado. A região presenciou pouquíssimas mudanças nos padrões de vida ao longo do último ano,” afirma Slagin Parakatil, pesquisador sênior da Mercer. Para ele, ainda somam aos benefícios a estabilidade política e os níveis de criminalidade baixos.
A consultoria afirma que realiza a pesquisa para apoiar as empresas multinacionais e outros empregadores que queiram compensar os funcionários quando esses são colocados em transferências internacionais não benéficas. Duas iniciativas comuns incluem uma ajuda de custo destinada à qualidade de vida e uma bonificação a título de mobilidade.
A ajuda de custo para qualidade de vida ou “adversidade” visa compensar uma redução na qualidade de vida entre os países de origem e de destino, enquanto a bonificação a título de mobilidade simplesmente compensa a inconveniência de estar deslocado e ter que trabalhar em outro país. Os relatórios da pesquisa sobre Qualidade de Vida da Mercer fornecem informações e recomendações para mais de 400 cidades ao redor do mundo, e o ranking cobre 223 dessas cidades.
O estudo leva em consideração aspectos ambientais, econômicos, socioculturais, educacionais, mobilidade urbana, dados sobre criminalidade, condições habitacionais, entre outros fatores.
Confira abaixo as melhores e piores cidades listadas, de acordo com o continente:
Melhores da América do Norte
- Vancouver (Canadá)
- Ottawa (Canadá)
- Toronto (Canadá)
- Montreal (Canadá)
- São Francisco (EUA)
Piores da América do Norte
- Detroit (EUA)
- Saint Louis (EUA)
- Houston (EUA)
- Miami (EUA)
Melhores da América do Sul e Central
- Pointe-À-Pitre (Guadalupe, ilha caribenha)
- San Juan (Porto Rico)
- Montevidéu (Uruguai)
- Buenos Aires (Argentina)
- Santiago (Chile)
Piores da América do Sul e Central
- Porto Príncipe (Haiti)
- Tegucigalpa (Honduras)
- Caracas (Venezuela)
- San Salvador (El Salvador)
Melhores da Europa
- Viena (Áustria)
- Zurique (Suíça)
- Munique (Alemanha)
- Düsseldorf (Alemanha)
- Frankfurt (Alemanha)
Piores da Europa
- Tbilisi (Geórgia)
- Minsk (Bielorússia)
- Yerevan (Armênia)
- Tirana (Albânia)
- São Petersburgo (Rússia)
Melhores da Ásia
- Singapura (Singapura)
- Tóquio (Japão)
- Kobe (Japão)
- Yokohama (Japão)
- Osaka (Japão)
Piores da Ásia
- Dushanbe (Tajiquistão)
- Dhaka (Bangladesh)
- Ashkhabad (Turcomenistão)
- Bishkek (Quirguistão)
- Tashkent (Uzbequistão)
Melhores da Oceania
- Auckland (Nova Zelândia)
- Sidney (Austrália)
- Wellington (Nova Zelândia)
Melhores do Oriente Médio e África
- Dubai (Emirados Árabes Unidos)
- Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
- Port Louis (Ilhas Maurício)
- Durban (África do Sul)
Piores do Oriente Médio e África
- Bagdá (Iraque)
- Bangui (República Centro-Africana)
- N’Dejamena (Chade)
- Sana (Iêmen)
Fonte: CicloVivo

Consumo consciente

Dia do Consumo no Brasil: 5 reflexões para comprar de forma consciente



Saber a hora certa de abrir a carteira é um grande desafio para muitas pessoas ao redor do mundo: em meio a vitrines e promoções, o significado real do dinheiro passa batido para ceder a alguns impulsos nas lojas, shoppings e supermercados. No entanto, é possível consumir de maneira consciente, sem ser chato e nem causar complicações – basta colocar a mão na consciência antes de colocar a mão no bolso – e a maioria das pessoas que controlam o ritmo de consumo apontam diversos benefícios.
Aproveitando o Dia do Consumo no Brasil, lembrado em 19 de março, o CicloVivo oferece cinco reflexões para estimular os leitores a apostarem em hábitos de compras menos nocivos e mais amigos do país e de todo o planeta.

Foto: Tinou Bau/Flickr
Por que comprar?
Levantar questionamentos sobre a real necessidade da compra dos produtos é o primeiro passo rumo ao consumo consciente. Assim, analise suas prioridades, e veja se, você, de fato, precisa de uma nova aquisição. Por exemplo: “Por que comprar o carro do ano, se meu veículo está em perfeitas condições?”, ou, ainda, “Por que comprar um novo computador, se o conserto sai mais barato?”. Por meio destes questionamentos, é possível economizar bastante e ainda reduzir boa parte do impacto ambiental causado no meio ambiente.
Se, mesmo assim, for preciso ir às compras, antes de encher o carrinho, é preciso fazer um planejamento, seja para aquisições online, nos shoppings, lojas ou até nos supermercados. Elaborar uma lista de necessidades antes de ligar o computador ou sair de casa já é uma boa alternativa, pois o consumidor estabelece metas, compara preços e visualiza os objetos que serão adquiridos.


Foto: diebmx/Flickr
Que tal fazer trocas ou comprar itens usados?
Realizadas antes mesmo do surgimento das civilizações modernas, as trocas são uma boa opção para trilhar hábitos de consumo mais conscientes. No Brasil, ainda existem muitas feiras de trocas, principalmente de livros e brinquedos, pelas quais é possível eliminar os gastos de presentes com as crianças. Fora isso, também vale apostar nas trocas no próprio círculo social, tanto na família, como entre os amigos, em que a variedade dos itens barganhados tende a ser maior – nesse sistema, dá para trocar eletrodomésticos, gadgets e até mesmo comida e roupas.
A compra de itens usados também ajuda a reduzir o desperdício, e reforça, mais ainda, o sentido do consumo consciente: por exemplo, na internet, não faltam plataformas de negociação e compras de qualquer item usado – desde carros, até celulares e roupas – por meio do Mercado Livre, por exemplo. Levar em consideração a qualidade do objeto a ser adquirido é uma tarefa que não pode ser deixada de lado para quem pretende comprar produtos usados.

Foto: esharkj/Flickr
De onde vem o produto?
Nem sempre o “negócio da China” é a melhor escolha: embora os produtos desenvolvidos e comercializados no outro lado do mundo tenham preços mais acessíveis, o deslocamento destes materiais até a sua casa causa muitos impactos no meio ambiente – não apenas devido aos gastos de combustível e emissões de deslocamento, mas também na cadeia produtiva, que demanda uma mão de obra maior. Trazer mercadorias do outro lado do mundo pode ser uma boa alternativa somente para o atacado, caso de vendedores e proprietários de lojas.
Verificar a procedência das compras é um dos princípios da sustentabilidade, uma vez que é necessário valorizar a economia local para reduzir as consequências socioambientais. Assim, é uma boa opção adquirir produtos ecológicos vendidos nas proximidades. Além disso, evite comprar produtos das marcas que figuram na “lista negra” da escravidão – como, por exemplo, marcas de tecnologia, roupas, grifes e lojas de departamento.

Foto: CIFOR/Flickr
Qual o impacto do produto no meio ambiente?
Com a sociedade civil mais preocupada com o meio ambiente, uma oferta maior de produtos menos danosos surgiu nos últimos anos. São várias as marcas que consolidaram seus nomes no mercado por desenvolver itens que demandam menos materiais em seu processo de fabricação, que podem ser reciclados, ou, então, que gastam menos água e energia ao longo do processo de fabricação.
Na prática, às vezes, é melhor gastar um pouco mais com produtos de menor impacto ambiental, dando um voto de confiança às empresas que mais desenvolvem esforços em nome do meio ambiente. Por exemplo, vale calcular as diferenças dos investimentos em um material de construção de menor impacto, comparar as vantagens de possuir um veículo elétrico, ou, ainda, escolher itens de vestuário que são produzidos com materiais orgânicos.

Foto: Luxt Design/Flickr
Como você faz suas compras?
O perfil econômico do brasileiro mudou muito nos últimos anos, aumentando o número de consumidores que optam pelo e-commerce. Parece mero detalhe, mas também é necessário analisar suas condições no ato das compras. Assim, procure não fazer aquisições importantes quando estiver ansioso, eufórico, triste ou nervoso com as situações do dia-a-dia, uma vez que o humor e o estado de espírito podem alterar os padrões de consumo.
Apostar numa alimentação equilibrada antes de frequentar o supermercado também é primordial – estudos comprovam que, as pessoas que vão às compras com o estômago vazio, tendem a levar mais itens perecíveis e dispensáveis no dia a dia. Não levar as crianças para o supermercado também é uma boa estratégia, uma vez que os pequenos são mais afetados pela publicidade e ainda não sabem controlar seus impulsos de compras.
Fonte: CicloVivo

terça-feira, 11 de março de 2014

Meio ambiente e cidadania

O problema das embalagens dos alimentos

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Depois de tantas manifestações de leitores relacionadas ao post publicado na semana passada cabe aqui retomar o tema. Antes de tudo, é muito bom ver como as pessoas estão cada vez mais interessadas e dispostas a discutir as questões que dizem respeito ao destino do lixo e à reciclagem.
O assunto incomoda, é polêmico, suscita o debateque deve se desenvolver sem xiitismo. Afinal, a sustentabilidade é – e, acredito, nunca deixará de ser – uma questão em aberto para novas e mais aperfeiçoadas atitudes cotidianas. Não existem respostas prontas, nem fáceis, como afirmou o especialista em resíduos sólidos Sandro Mancini, professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aqui entrevistado na semana passada.
Para tudo na vida, entretanto, deve existir bom senso. E o bom senso diz que não se deve descartar embalagens com excesso de alimentos. Incabível pensar em despejar na lata de lixo um pote de maionese com metade do conteúdo dentro.
Por outro lado, também não é nada aconselhável lavá-las com água e sabão como se fizessem parte da louça da cozinha, medida adotada por alguns leitores e revelada em seus depoimentos neste blog. Especialmente nestes tempos bicudos em que a água potável é cada vez mais rara e preciosa.
Publico aqui algumas práticas razoáveis que vários leitores deixaram em seus comentários e que assino embaixo:
Tirar o excesso de restos de alimentos com o guardanapo de papel usado antes de descartar as embalagens;
- Colocar um mínimo de água nas embalagens de leite ou iogurte, chacoalhar um pouco e despejar o conteúdo nos vasos de plantas;
- Colocar as embalagens dentro do tanque e despejar a água já utilizada na máquina de lavar roupas para enxaguar as embalagens;
- Durante a lavagem da louça tampar a pia da cozinha e mergulhar as embalagens para lavá-las com a água do enxágüe;
Lavar as embalagens com a água do cozimento de legumes;
- Colocar bacias debaixo das calhas para captar água da chuva e com ela retirar o excesso de resíduos das embalagens.
Uma sugestão do professor Sandro Mancini: embalagens com tampa, como latas de leite em pó, café solúvel, achocolatados em pó, potes de azeitonas, entre outras, devem ser descartadas devidamente fechadas para evitar contaminações.
E mais uma vez, como já foi informado no post anterior pelo professor Mancini: pergunte aos catadores do seu bairro qual nível de limpeza eles consideram suficiente para que possam manipular as embalagens sem riscos à saúde deles e dos trabalhadores das cooperativas de reciclagem.
Aproveite para ser simpático e atencioso com os catadores. São eles que ajudam a limpar a sua cidade.
Alguém tem mais alguma dica?

Garrafa promete purificar 99,9% das impurezas da água

falta-de-agua-garrafa-transforma-qualquer-liquido-em-h2o
Por conta das mudanças climáticas e do aquecimento global, eventos extremos já não parecem tão distantes de cada um de nós. Basta lembrar da devastação provocada pelo Furacão Haiyan, nas Filipinas, ou do sufoco no Rio por causa dos deslizamentos – só para citar uma das catástrofes mais recentes ocorridas no planeta. Estima-se quedesastres ‘naturais’ foram responsáveis por perda de 25 mil vidas e R$ 300 bilhões, no ano de 2013.
Pensando nisso, os designers de uma empresa sueca criaram uma garrafa capaz de ‘transformar’ qualquer líquido em água, a Okopure
Com tecnologia desenvolvida pela NASA, o novo produto elimina 99,9% das impurezas –a filtragem da água é feita a partir de 400 poros com dois mícrons de diâmetro, o equivalente a dois milésimos de milímetro – e ainda absorve agentes nocivos à saúde. Cada garrafa pode purificar até 380 litros de qualquer tipo de líquido.
Disponível com três diferentes filtros, que permitem a variação da filtragem conforme a necessidade de cada usuário, o novo produto é comercializado pelo site da empresa por U$ 25.
Apesar de cara - sua disseminação e aplicação precisa de apoio financeiro – a Okopure é, sem dúvida, uma ótima alternativa em caso de desastres ‘naturais’, e ainda pode ser utilizada em países ou regiões muito pobres ( 37% da população mundial), em guerra e/ou sem saneamento básico, onde as pessoas vivem em constante risco de contaminação.
vídeo de demonstração do fabricante prova o que promete: a purificação da água. Depois de assisti-lo, responda: você teria coragem de beber a água produzida por esta garrafa?  Será que seria possível beber a água do Rio Pinheiros ou do Tietê (ambos paulistanos) depois de descontaminá-la?
fonte: Planeta Sustentável

domingo, 9 de março de 2014

Revitalização do Parque de São Bartolomeu - maio área de Mata Atlântica de Salvador

Obras do Parque São Bartolomeu têm previsão de entrega em maio

Maior área de Mata Atlântica de Salvador, o parque do Subúrbio Ferroviário e seu entorno estão passando por uma série de obras que buscam contribuir para a requalificação do espaço, hoje abandonado e inseguro.
Próxima à entrada principal do parque, a Cachoeira de Oxum forma bela paisagem com a mata que a cerca...
Localizada em uma região pobre da capital, a maior riqueza natural de Salvador não faz questão de se esconder. Exuberante, a mata do Parque São Bartolomeu — cuja área compreende quatro bairros do Subúrbio Ferroviário — se mostra resistente em meio a muitos planos de requalificação e poucas execuções. 

A maior área de Mata Atlântica de Salvador já foi campo de batalha, mata dos índios Tupinambás, área quilombola, é considerada um espaço sagrado e respira a esperança da conclusão de uma série de medidas do governo do estado,  que promete recuperação do local. 
... mas vista de mais perto revela indícios do
descaso como espaço
Guia da área desde 1999 e líder comunitário, Carlos Alberto Almeida, o Bimbau, 59, garante que potencial o parque tem. “Só no ano passado,  consegui trazer uns 50 turistas estrangeiros. Eles ficam tristes com a poluição, mas é impressionante como saem maravilhados com o tanto que resta de beleza. As duas primeiras cachoeiras (para quem acessa por São Bartolomeu), batizadas de Oxum e Nanã, estão mais poluídas, mas a mata em si já é uma riqueza e tem outras duas cachoeiras  ainda preservadas”, conta Bimbau, que conduz trilhas longas, de cerca de três horas.

A obra
Morador da região desde a infância, Antônio Cândido Oliveira, 63 anos, tem na memória um parque exuberante. “Era pé de jambo, de abacate, jaqueira tem de fartura. Quando eu era criança, corria isso aí tudo, tomava banho de cachoeira...”, recorda. Porém, a imagem que ficou mais recente do parque, antes de perder a visão, 14 anos atrás, não é a das melhores. “Virou uma vergonha, as pessoas invadiram, está tudo poluído, as cachoeiras uma sujeira só, não tem segurança, tem é que revitalizar, cercar tudo”. 

Não contaram a seu Antônio, mas todo o parque  recebeu, no último ano, 7 quilômetros de grades que o cercaram completamente. Além disso, há uma série de ações de requalificação. As mudanças integram o Projeto de Requalificação Urbana e Ambiental da Bacia do Cobre, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

Com previsão para ser concluída ainda neste semestre, grande parte da obra é no entorno do parque, mas com consequência direta na preservação do local. Quatro bairros (Rio Sena, Ilha Amarela, Pirajá, além de São Bartolomeu) recebem obras de pavimentação, drenagem e complementação de rede de esgoto. Um Centro de Referência para atividades culturais e um museu com a história do parque estão em construção. “Não estamos só fazendo um parque de visitação, mas equipamentos importantes que vão atender aquela comunidade pobre”, explica José Ubiratan Cardoso Matos, presidente da Conder.

A promessa é que todo o parque seja entregue, já com retorno das visitações, até o fim deste semestre. “Até lá, vamos fazendo entregas parciais. Este mês, entregamos a creche que atenderá 130 crianças da comunidade. Em abril, mais um conjunto habitacional que atende a pessoas que moravam dentro do parque e, em maio, grande parte das obras deve estar pronta. Está tudo dentro do cronograma”, afirma Ubiratan. 

Apesar da afirmação do presidente, o Banco Mundial, principal financiador da revitalização, orçada em R$ 93 milhões, divulga em seu site que a expectativa era que toda a obra estivesse pronta no final de 2013. O banco estima que 201 mil pessoas devam ser beneficiadas com as obras.
casas  Das 500 unidades habitacionais previstas, 186 já foram entregues. As casas estão sendo construídas para assentamento das famílias que tiveram casas demolidas em maio de 2012 por estarem em áreas que ameaçavam o equilíbrio ambiental. 

A escolha do local para as moradias levou em conta manter os antigos habitantes da mata próximo dela. Um dos conjuntos habitacionais  fica no  Campo do Irecê, que tem uma das vistas mais belas da capital. Do alto, é possível ver todo o parque, a barragem do Rio Cobre e a orla do Subúrbio.

No entorno, três praças esportivas foram erguidas. Uma creche de alto padrão deve receber alunos de uma creche comunitária que funciona em prédio improvisado.
Creche está passando pelos últimos ajustes para ser entregue


Segurança
O principal desafio de tornar o parque um atrativo turístico é a segurança, segundo o titular da Secretaria da Cidade Sustentável, Ivanilson Gomes. “É algo que precisa ser discutido e empregar força para solucionar”, comenta.

Quando o CORREIO esteve no local, no meio da semana, alguns moradores e até funcionários das obras da Conder alertaram quanto à segurança para o acesso do parque. Os relatos são de que no local há uma intensa atividade do tráfico de drogas.

A limitação do acesso com o cerco de grades é um empenho para mudar esse cenário. “O cercamento visa restringir o acesso ao parque, que já teve grande área ocupada desordenadamente. Além disso, é garantia de mais segurança, já que o acesso será apenas por três portais”, explica Ubiratan. 

Os acessos ao parque serão por Pirajá, onde funciona um Centro de Cultura; São Bartolomeu, o mais próximo à Avenida Suburbana; e Rio Sena. No entanto, em São Bartolomeu, já é visível que algumas grades já foram tiradas. Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que as Companhias Independentes responsáveis pela região - 14ª CIPM ( Lobato), 9ª CIPM (Pirajá) e 18ª CIPM (Periperi) – fazem rondas preventivas e incursões no local para prevenir o tráfico. 

A PM diz ainda que, com  a reinauguração do parque, está previsto “o emprego de uma guarnição da PM com viatura para atender a área, bem como de um posto (estrutura física) para dar suporte ao policiamento ordinário e o especializado de proteção ambiental (Companhia de Polícia de Proteção Ambiental - Copa)”.
Obras preveem 500 novas unidades habitacionais para famílias que tiveram casas demolidas há dois anos

Parque abriga maior área contínua de Mata Atlântica da cidade
Com 155 hectares, o Parque São Bartolomeu é a maior área de Mata Atlântica contínua da capital. “É uma mata remanescente importante pela biodiversidade. Temos ali mata primária, mata secundária e belas cachoeiras, algumas poluídas. A área carece de uma gestão efetiva e de um conselho gestor”, explica Renato Cunha, coordenador do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá).

A área é de gestão compartilhada entre a Secretaria Cidade Sustentável, da prefeitura, e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), do governo estadual. No momento, os órgãos discutem a criação de um Fórum de Gestão dos Parques de Salvador. Em janeiro de 2013, o parque sofreu um incêndio, considerado de pequena proporção, mas que durou pelo menos quatro dias para ter os focos controlados. 

O Corpo de Bombeiros alegou não ter sido acionado até o terceiro dia de incêndio. O parque tem uma reserva de água potável que já abasteceu a comunidade da região —mas foi desativada há três anos pela Embasa, por causa da baixa vazão.

 Projeto prevê recuperação de praça de cultos afro-brasileiros
“A singularidade do Parque São Bartolomeu é a de ser, sobretudo, um santuário, um lugar-monumento da memória negro-indígena e, ao mesmo tempo, do civismo popular da luta pela independência da Bahia”, resumiu, em um artigo, o sociólogo baiano Gey Espinheira, falecido em 2009. Criado por decreto municipal em 1978, o parque, considerado sagrado para adeptos do candomblé e da umbanda, já abrigou comunidades negras de escravos — com destaque para o Quilombo dos Urubus, que ficava à margem da Lagoa do Urubu. 

Dentro do projeto de requalificação está sendo construída, próxima à Cachoeira de Oxum, uma praça destinada a cultos religiosos de matriz afro-brasileira, dos quais se tem registros no local antes mesmo dos anos 40. A área vai receber projeto paisagístico, que delimitará o caminho em concreto e ponte de acesso à cachoeira. Próximo à praça, viviam 18 famílias, que, como as demais que moravam dentro do parque, tiveram que sair. Pensando na prevenção de novas invasões, todo o parque foi cercado com grade.

Tendo como exemplo o Parque São Bartolomeu, Espinheira escreveu, em 1998: “Os lugares significativos para a religiosidade afro-brasileira foram esquecidos e abandonados pelo urbanismo da cultura hegemônica ou, no sentido inverso, transformados em espaço de visitação turística, mas destituídos de seus significados culturais básicos”. O texto integra o livro História, Natureza e Cultura – Parque Metropolitano de Pirajá, do Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao), da Ufba, e reúne artigos sobre o parque de professores de diferentes áreas 
da universidade.
Fonte: Correio 24H