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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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domingo, 5 de janeiro de 2014

Curiosidade e dicas


Conheça histórias curiosas de brasileiros que foram ao exterior e só sabiam falar português

Uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Data Popular mostra que 67% das pessoas que pretendem viajar para fora do país nos próximos meses sabem falar apenas o português


Se em sua viagem para a Europa, o supervisor industrial Marcel Calmon encontrasse um livro em cima da mesa, certamente ele conseguiria comunicar o fato em inglês. Mas a clássica frase tem pouca serventia prática, e o vasto vocabulário do rapaz em idiomas permitia quase nada além disso. Mesmo assim, ele conseguiu fazer amizade com um grego (!) no aeroporto de Roma e ainda pedir emprestado o notebook dele para mandar mensagens para a namorada, que o esperava na Irlanda.  































Já o administrador Carlos Muhana, antes de ir morar nos Estados Unidos, decorou expressões de emergência, como “anybody speak Spanish?” (uma tentativa de ‘alguém fala espanhol?’ - *o correto seria ‘does anybody speak spanish?)”, mas não adiantou muito. Ele conta que após a resposta negativa da atendente do órgão de trânsito, entrou em desespero porque precisava regularizar a documentação do carro que tinha acabado de comprar. Acabaram se entendendo por desenhos. 
Também em viagem para os Estados Unidos, o jornalista Fernando Duarte encontrou dificuldades na hora de se alimentar. Como ele e o amigo sabiam apenas falar “eggs” e “waffle”, passaram dois dias se alimentando de ovos e waffles, até que conheceram outro brasileiro que sabia falar inglês.
A alimentação também foi a maior dificuldade do gerente de banco Sandro Romero, em Barcelona. Num restaurante, ele olhou o cardápio e pediu algo que lhe parecia carpaccio (lâminas de carne), mas quando o garçom trouxe o pedido, percebeu que era gazpacho, uma espécie de sopa fria e, segundo ele, “ruim e caríssima”. Tomou ela mesmo.  
Por fim, o empresário Augusto Cezar Melo de Oliveira foi para a Argentina achando que conseguiria entender a língua dos hermanos. Mas se enganou, pois eles falavam muito rápido. Se virou como pôde, usando o Google do iPhone. 

Pesquisa
Todos eles sobreviveram e agora têm ótimas histórias para contar. E neste ano, mais brasileiros terão casos semelhantes para dar risada. É que uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Data Popular mostra que 67% das pessoas que pretendem viajar para fora do país nos próximos meses sabem falar apenas o português. 
Em outras palavras, são 4,3 milhões de pessoas (do total de 6,5 milhões) querendo viajar para fora na base do ‘the book is on the table’. Esse é o número de brasileiros que planejam um embarque ao exterior até agosto de 2014, segundo a pesquisa. Porém, de acordo com o histórico recente de viagens confirmadas, o instituto projeta que o desejo deve ser concretizado por cerca de 60% deles. A pesquisa foi realizada no fim do segundo trimestre de 2013 com 1.502 pessoas em cem cidades, de todos os estados do Brasil. 
Você faz parte do time do inglês de Joel Santana? A diretora-geral da ETC Intercâmbio, Neila Costa, dá as dicas para se dar bem. A primeira, claro, é fazer um intercâmbio para aprender o idioma e nunca mais passar perrengue. Mas se não der tempo, ela tem outras sugestões. “O segredo é não ter vergonha de tentar se comunicar através de mímicas e buscar palavras mais universais. Existem dicionários e livrinhos especialmente desenvolvidos para viajantes, que dão umas frases prontas para o turista se virar”, aconselha. E para não trocar carpaccio por gazpacho na hora de se alimentar, a dica de Neila é escolher restaurantes ou pratos universais, pois assim evita errar no pedido. “McDonald’s, pizza, spaguetti, sushi e crepe em qualquer lugar do mundo vai ser a mesma coisa”, observa. 
O presidente do Sindicato das Empresas de Turismo (Sindetur), Luiz Augusto Leão Costa, legisla em causa própria: “Procure uma agência de viagens e peça uma excursão com guia que fale português. Ou então contrate um receptivo que fale português no lugar de destino, para te dar essa assistência”, aconselha. Segundo ele, a pesquisa apenas reflete um retrato da sociedade que não prioriza o ensino de idiomas nas escolas. “O inglês e o espanhol que são ensinados são muito básicos, não dá para se virar só com isso”, opina.

Fernando Duarte, jornalista“Fui para os Estados Unidos com um livro de inglês para iniciantes e arranhando muito, a ponto de ficar puxando a porta da lanchonete que estava escrito “push”. Pedi ajuda para pegar um táxi e chamaram uma limusine - eu achei que taxi era taxi, mas depois descobri que era ‘cab’. O meu amigo que estava comigo sabia menos ainda. Fomos num restaurante ao lado do hotel e a garçonete trouxe o cardápio em inglês. Só conhecia as palavras eggs e waffle. Pedi em espanhol, mas também não entendemos. Fizemos o pedido pelas figuras do cardápio, mas não foi uma escolha feliz. Então passamos dois dias comendo waffle, até encontrar alguém que falasse inglês e português para nos ajudar.”
Augusto Cezar Melo, empresário“Viajei para a Argentina sem saber falar nada. Achei que conseguiria entender, mas eles falavam muito rápido. Então ia por fotos e gestos. Queria ir a um museu, restaurante e outros lugares, então eu procurava fotos no iPhone (pela internet) e mostrava à pessoa. Foi uma viagem a passeio, eu não havia programado nada. Apenas comprei a passagem. Nem hotel eu tinha reservado. Era uma aventura a cada minuto. No cardápio, eu apontava no nome das coisas, com minha pronúncia horrível. E sempre pedia alguma comida que já estavam servindo numa mesa próxima. Foi assim que conheci uma menina da Paraíba. Ela estava na mesa do lado, mas não foi feliz no pedido que fez”.
Sandro Romero, gerente de banco“Em Barcelona, fui pedir carpaccio, que é uma carne crua em lâminas, mas na verdade pedi gazpacho, que que era uma sopa fria, ruim e caríssima, porque foi na época que o euro estava em alta. Não tinha dinheiro pra pedir outra coisa, então foi ela mesmo.   Mas nos Estados Unidos foi pior, porque o voo de Dallas para Houston atrasou e perdemos a conexão. A companhia aérea deu um voucher de hotel e tive que me virar. E ainda tinha que entender por mim e por uma outra brasileira que estava no voo com duas crianças pequenas, que falava menos que eu. Fui na base do gestual, mas entendi que o primeiro hotel estava lotado e fomos para outro. No outro dia, só tinha traslado para o aeroporto de manhã cedo, e tivemos que ir e ficar o dia inteiro esperando o voo. Como não sabia inglês, só podia ficar conversando com a moça. Depois disso, viajei outras vezes, mas nunca aprendi a língua”.
Carlos Muhana, administrador“Morei seis meses nos Estados Unidos. Lá, comprei um carro de um brasileiro e fui com ele no órgão de trânsito local. Ele dizia que sabia falar inglês, mas não sabia nada.  Cheguei lá e perguntei se alguém sabia falar espanhol. Responderam que não, e eu pensei: ‘Ferrou’.  Aí fomos nos entendendo na base da mímica, até que ela perguntou se era “gift”. Não tinha jeito de eu entender o que era isso. Aí, ela pegou um papel e desenhou um presentinho com um lacinho. Eu entendi e disse que era. Eu já sabia que lá, se você ganha o carro de presente não paga imposto para transferir. Outra vez, fui no posto lavar o carro, mas tinha vários tipos de lavagem. Fiquei meia hora tentando explicar para o cara, sem conseguir. Aí teve uma hora que ele perguntou se eu era brasileiro. Ele também era”.

Marcel Calmon, supervisor industrial
“No aeroporto de Roma, indo para a Irlanda, o voo atrasou e eu precisava avisar a minha namorada, mas não tinha como. Então eu vi um grego jogando futebol no notebook. Me aproximei e falei: “Futebol”. A linguagem é universal. Ele riu e respondeu “football”. Eu conhecia o jogo e fiquei lá do lado dele. Falei o nome de uns jogadores que eu conhecia e ficamos amigos. Então, eu disse: ‘Please’ (era a única palavra que eu sabia) e fiz uns gestos, pedindo para usar o computador dele. Ele deixou e eu mandei a mensagem para minha namorada. Em outra viagem, ao Japão, eu e uns amigos levamos uns chicletes para a festa e quase fomos presos, porque acharam que era ecstasy. Na hora que o segurança falou: “Se piquem daqui” em inglês, todo mundo entendeu e se picou”.

Economia de até 56%: TripAdvisor compara o valor de aluguéis nos 16 principais destinosO site TripAdvisor comparou os preços de aluguéis e hotéis durante a temporada de férias no Brasil e revelou que os viajantes podem economizar até 56%, trocando o hotel por aluguéis de temporada, por um período de sete dias. Destinos populares dos EUA oferecem as melhores economias fora os preços dos hotéis, com propriedades para aluguel de temporada em Orlando, Kissimmee e San Francisco, chegando em 56%, 54%, e 48%, respectivamente.
Fonte: Correio 24h

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