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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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sábado, 27 de abril de 2013

Feiraguai, de Feira de Santana, considerada a maior área de comércio popular do Norte e Nordeste chega a Salvador


Dos 220 boxes do JJ Center, 40 foram comprados por empresas de Feira de Santana

Empresários do Feiraguai, em Feira de Santana, compram dezenas de boxes no novo shopping popular da Baixa dos Sapateiros. Objetivo é garantir a clientela perdida em Feira


O celular xing-ling é produzido na China, exportado para o Paraguai, levado para São Paulo, comprado por empresários baianos e enviado para Feira de Santana. A partir de junho, o município baiano não será mais a última parada do xing-ling e de outros produtos importados do Paraguai. 

Oito empresários do Feiraguai, o maior polo de comércio informal de toda a região Norte e Nordeste, decidiram trazer para a capital os itens vendidos em Feira de Santana. Eles vão ocupar 40 unidades do novo shopping popular da Baixa dos Sapateiros (Avenida JJ Seabra), que deve ser inaugurado em junho no prédio que abrigava a loja Mega Insinuante. 

Para o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Feira de Santana, Nelson Dias de Assis, a chegada dos empresários do Feiraguai ao JJ Center - iniciativa de um grupo de investidores de Minas Gerais - é uma mostra da expansão da feira. 

“Muitos comerciantes pleiteiam um espaço na capital para ampliar seus investimentos. Com a colaboração do governo, eles estão oficializando os produtos”, afirma Assis, que já reservou cinco boxes no empreendimento.  


Segundo ele, a concorrência entre empresários de Feira e de Salvador aumentou nos últimos anos, o que explica o interesse dos feirenses na  capital. “Muitas importadoras já estão em Salvador. O JJ Center é uma forma de irmos ao encontro dos clientes. Estamos tentando ampliar os negócios”, conta Assis. 

Segundo Cláudio Correia, diretor comercial do JJ Center, o novo shopping terá 220 boxes, dos quais 40 já foram alugados por empresários do Feiraguai.  Para Correia, os empresários de Feira estão preocupados em perder clientes para o JJ Center, por isso a ocupação do empreendimento.

“Muitos ônibus saem daqui de Salvador lotados para o Feiraguai. À medida que tivermos os mesmos produtos, as pessoas não vão mais viajar 100 km”, acredita o executivo.

“O público B quer preço barato em um lugar organizado. A nossa estrutura é diferenciada. O Feiraguai foi feito a facão. A gente vai fazer um local organizado, limpo, mas não luxuoso”, completa.

Já Assis explica que os empresário feirenses montarão filiais no shopping e que eles não abandonarão o Feiraguai, que, no país, só perde para a 25 de Março, de São Paulo, e a Feira do Paraguai, em Brasília. Para ele, o Feiraguai continuará como o maior comércio informal do estado. 

O empresário Alfredo Gusmão  apostou no shopping para abrir a quinta filial de Salvador da Casa do Tricolor, loja que vende produtos oficiais do time do Bahia. Gusmão conta que a vinda de empresários do Feiraguai pesou em sua decisão. 

Classes A e B
 “Não são só as classes C e D que vão comprar em Feira. As classes A e B também vão. Todo mundo que ia pra lá agora vai passar a comprar aqui. Por isso, investi no JJ Center. Coloquei todas as minhas fichas nesse investimento”, revela Gusmão.   O diretor do shopping acredita que, além dos boxes dos comerciantes de Feira, a praça de alimentação vai conquistar clientes para o centro.

Segundo ele, o shopping suprirá uma carência de lanchonetes e restaurantes da região. Ele estima que a frequência diária será de uma a duas mil pessoas no início e de seis a sete mil pessoas depois de um ano da inauguração, em junho de 2014. 

O shopping contará ainda com a  1899 Store, loja do time do Vitória, um posto de atendimento da prefeitura municipal, uma loja especializada em produtos para bebês, uma agência bancária e uma lotérica. Os investidores ainda estão em negociação com uma rede internacional de fast food e uma grande marca brasileira de cosméticos. 

“O que não teremos são lojas de grife. Essa não é nossa intenção. O shopping é popular”, afirma o diretor do centro. O empreendimento, segundo Correia, deve se assemelhar a uma galeria, contando com 220 boxes de aproximadamente quatro metros quadrados cada em três andares. O investimento no novo centro foi de R$ 10 milhões.

Expansão  
A construção de outros quatro shoppings semelhantes está nos planos dos investidores mineiros. O grupo prevê que dois novos centros comerciais devem ser inaugurados em 2014 e outros dois até 2017.

Os quatro serão instalados na Baixa dos Sapateiros, Avenida Sete de Setembro e Comércio. “Essas previsões podem mudar. Podemos acelar os investimentos. Estamos investigando as possibilidades”, conta Correia. 

Segundo ele, o investimento nos cinco shoppings será de R$ 60 milhões e, juntos, os empreendimentos gerarão cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.

Novo centro comercial já valorizou imóveis na Baixa dos Sapateiros
O diretor do novo shopping popular da Baixa dos Sapateiros, Cláudio Correia, acredita que o centro vai recuperar o comércio local. “Apenas com o anúncio do empreendimento, o movimento já aumentou. Os imóveis na região valorizaram em 25% desde dezembro”, afirma Correia.

Apesar da aposta na melhoria do local, ele afirma que poucos comerciantes da região se interessaram nos boxes do JJ Center. “Eles chegaram lá quando a Baixa dos Sapateiros já estava em decadência. A política de preços deles é outra. Só dois ou três comerciantes nos procuraram”, conta.
Correia afirma que o centro tornará o bairro a “25 de Março de Salvador”, uma referência à popular avenida de comércio popular de São Paulo. “A Baixa dos Sapateiros voltará a ter o movimento que já teve um dia”, projeta.
A região era um dos principais comércios de Salvador antes da chegada dos shoppings. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a frequência do local caiu principalmente depois da construção da Estação da Lapa, na década de 80. A mudança fez com que a maioria dos ônibus deixasse de passar pelo Terminal da Barroquinha.
Fonte: Correio 24H

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