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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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terça-feira, 9 de abril de 2019

Centro Histórico ganhará requalificação de ruas e atrairá secretarias e moradias

Serão 20 intervenções urbanísticas na região, com investimento de R$ 200 milhões
Quando o empresário Carlos Augusto de Moraes nasceu, há 65 anos, a família já mantinha negócios no Comércio. Em 96 anos instalados ali, os Moraes acompanharam de perto os tempos áureos e também a degradação da área. Agora, Carlos voltou a acreditar que o lugar pode ser de novo aquele velho centro pujante do passado.
É que o Centro da cidade vem ganhando novo fôlego. Segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda, só este ano foram criadas 408 empresas no Comércio e outras 22 no Pelourinho.
Quem passa pela Praça da Inglaterra vê os tapumes que sinalizam a reforma. Na Rua Chile, as obras também já começaram. Semana que vem será a vez da Rua Miguel Calmon, que teve a ordem de serviço assinada nessa quinta-feira (16) pelo prefeito ACM Neto. Há projetos ainda para o Terreiro de Jesus, Avenida Sete e as praças Cayru, Castro Alves e a Marechal Deodoro (Praça da Mãozinha).
Projeto de como vai ficar a nova Rua Miguel Calmon (Foto: Divulgação/ Fundação Mário Leal Ferreira)
“Queremos trazer de volta aquela dinâmica que o Centro tinha, em todos os níveis. Há muito potencial e a gente precisa explorar isso. Há 20 intervenções urbanísticas previstas no Salvador 360 para essa região e um investimento de R$ 200 milhões. O importante é que são ações integradas que vão ter impacto no Comércio e no Centro Antigo”, explica a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scofield.
Foi justamente de olho nesse potencial que o CEO e cofundador do Fera Hotéis, Antônio Mazzafera, resolveu investir na região. “Decidimos apostar no Centro Histórico por ser uma área singular para o turismo. Praias bonitas você tem no mundo inteiro, mas onde no mundo você tem um Centro Histórico como o de Salvador? É uma área com mais de 3 mil imóveis em estilo colonial”, pontua Mazzafera, citando ainda que mais de 90% dos turistas que vêm a Salvador visitam a região.
Habitação
Para alavancar a área, a fundação começou a mapear os imóveis vazios no Comércio para ocupação habitacional e comercial. Por enquanto já foram identificados cerca de 50 imóveis com capacidade para abrigar até 300 famílias. A ideia é que até 2020 todas elas estejam morando no local. Antes disso, Tânia diz que é preciso dotar o bairro da infraestrutura necessária. Segundo estimativa da Associação dos Empresários do Comércio há, pelo menos, 150 imóveis fechados por lá. 
Atualmente, por dia, cerca de 110 mil pessoas circulam pelas ruas do Comércio, segundo dados da Associação dos Empresários do Comércio. Só de estudantes universitários são 11.500. O bairro abriga ainda cerca de 250 lojas e mais de mil escritórios 
de serviços e advocacia, segundo dados da associação.
Mas esse número deve crescer. Já foi batido o martelo para que pelo menos sete secretarias municipais sejam transferidas pra lá, levando com elas cerca de 1.200 funcionários. Quem precisar buscar os serviços das secretarias também terá que ir até o Comércio. “A decisão da prefeitura é chegar até o fim de 2020 com 80% das atividades funcionando no Centro Histórico”, informou o prefeito ACM Neto.
O secretário municipal de Gestão, Thiago Dantas, adiantou que quatro secretarias devem se mudar ainda este ano. “É uma região que precisa ser valorizada. Essa mudança, alinhada a outras iniciativas, vai somar ainda mais para a revitalização”.
O empresário Carlos Augusto de Moraes, 65 anos, possui dois prédios no Comércio e está na torcida para que essa reocupação do bairro ocorra logo. É que um dos imóveis dele tem 12 salas, mas só uma está alugada. “Quero alugar o prédio todo por R$ 15 mil, mas está tão difícil que estou dando até desconto de 50%”, diz. A Associação Comercial da Bahia também tem um prédio de nove andares desocupado no bairro.
O empresário Carlos Augusto está dando desconto de 50% para alugar prédio(Foto: Marina Silva/ CORREIO)
O presidente da Associação Comercial da Bahia, Adari Oliveira, destaca que a região é uma das portas de entrada da cidade. “Os navios de cruzeiros de passageiros atracam aqui. Os turistas têm o Comércio como sala de visita. Há vários aspectos importantes, não só para a economia, mas para os cidadãos”, ressalta. O prefeito ACM Neto explica que todos esses investimentos visam dinamizar o Centro de Salvador.
Gerente Regional do Sebrae, Rogério Teixeira explica que um processo de revitalização é muito positivo para alavancar os negócios na região. “Quando uma área é revitalizada, as pessoas voltam a frequentar”.
Fonte: Correio 24h.

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