Quem sou eu

Minha foto
Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

Páginas

domingo, 6 de maio de 2012

Cultura - conhecendo a Baía de Todos os Santos


Baía será avaliada em projeto
A maior do Brasil e a segunda do mundo, a Baía de Todos os Santos é tema de um projeto do Gabinete Português de Leitura lançado nesta semana e vai até 1º de novembro de cada ano, período que marca o avistamento e a descoberta da Baía. A iniciativa partiu do vice-presidente da entidade, engenheiro Adinoel Motta Maia, também coordenador  do evento. Maia entende que esta é mais uma oportunidade para ampliar os estudos em torno da Baía de Todos os Santos e promover a sua revitalização.

 “Desde o ciclo do açúcar  que desaguou nas lutas pela Independência até a atual busca de dormitórios para quem trabalha em Salvador, a Baía de Todos os Santos tem testemunhado um rosário de ações que são desconhecidas ou mal estudadas pela sua gente. O calendário vai contribuir para a expansão técnica,científica e cultural do nosso Estado”, disse Maia.
 
Neste projeto qualquer instituição pública ou privada, sócio-cultural-científica está convidada a participar. Basta seguir o regulamento e preencher a ficha de cadastro de eventos, disponíveis no site do Gabinete: www.gplsalvador.com.br. Um selo marcará as ações depositadas pelas instituições integrantes do projeto. Vão ser avaliados os principais problemas da  Baía de Todos os Santos hoje, comparados com o início de sua descoberta em 1501. 
 
O que se espera do projeto, segundo a instituição promotora, em termos técnicos e científicos é numa primeira etapa, conhecer suas efemérides, isto é, as datas dos feitos históricos nela ocorridos, assim como os eventos que nela ocorrem anualmente.

É, também, a oportunidade de organizar um calendário permanente, além de mapas geográficos, sobretudo os que demarcam tecnologicamente os meios e vias de transporte. As ocorrências náuticas, inclusive as desportivas, e sua logística necessária ao desenvolvimento econômico, principalmente o turístico também poderão ser alcançadas no projeto.
 
Para Motta Maia  é importante a participação de instituições públicas e privadas em torno da Baía porque é uma oportunidade que qualquer instituição pública ou privada tem para registrar suas ações na Baía de Todos os Santos, isto é, em Salvador e nos municípios do Recôncavo, podendo indicar representante na comissão que faz esse registro. 
 
Monitoramento de acidentes naturais
 
Com sua beleza natural, enaltecida por todos que a conhecem, o arquipélago da Baía de Todos os Santos é formado por 56 ilhas tropicais onde se destacam as ilhas de Itaparica (a maior ilha marítima do Brasil), Madre Deus, Maré, Frades, Medo, Bom Jesus dos Passos, Vacas, Maria Guarda, Cajaíba, Cal, São Gonçalo e Matarandiba sendo o uso de embarcações particulares ou escunas o principal meio de transporte para o acesso a estas ilhas..
Pesquisadores do laboratório do Instituto de biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), confirmaram, em abril deste ano, o que mais temiam: o coral invasor chegou à Baía de Todos os Santos. Biólogos e oceanólogos estão avaliando o tamanho do problema.
 
Esta  espécie invasora conhecida como coral sol se espalha, sufoca e mata rapidamente. Em uma área próxima a Ilha de Itaparica o coral ocupou todos os espaços de um recife. As colônias nativas que ainda não foram atingidas estão ameaçadas. O invasor é uma espécie asiática, veio das águas do Índico e do Pacífico. Entrou no Brasil pelo Rio de Janeiro, mas já chegou a Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e por último a Baía de Todos os Santos.
 
De acordo com os pesquisadores a solução é arrancar as colônias invasoras e os pescadores podem ajudar nessa missão, mas precisam ser treinados, qualificados para ter acesso à tecnologia que permita ele fazer a retirada do organismo invasor sem criar maiores problemas ao meio ambiente.
 
Não faz  muito tempo , em 2007, aconteceu na  Baía de Todos os Santos um fenômeno natural conhecido como “maré vermelha” foi a causa da mortandade de 50 toneladas de peixes, verificada desde o início do mês de março. Um laudo técnico divulgado pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA), detalhando que a ocorrência foi resultante das altas concentrações da espécie de microalgas Gymnodinium sanguineum no mar. Em altas densidades, essas algas produzem grande quantidade de matéria orgânica, o que causou a obstrução das brânquias dos peixes, levando-os à morte por asfixia.  
 
Além dos acidentes naturais, a Bahia de Todos Santos enfrenta uma série de problemas já levantados em estudos e debates feitos por instituições como: execução de empreendimentos de grande porte; a instalação de estaleiros e marinas, a falta de tratamento de esgoto e a utilização de equipamentos proibidos para a pesca  causam grandes impactos ambientais que precisam ser monitorados e controlados.
Fonte: Tribuna da Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário