O novo porto transformará o Sul da Bahia
Tribuna da Bahia - O que significa a implantação do Porto Sul para a Bahia?
Tribuna – Quais os avanços que se pretende com o Porto Sul?
Tribuna – E a relação com a Ferrovia Oeste-Leste?
Tribuna - Qual a previsão de movimentação de carga anual?
Chiavon - Estima-se, anualmente, 66 milhões de toneladas entre grãos, minério de ferro e carvão, siderurgia, etanol, fertilizantes e algodão - isso no oitavo ano de funcionamento do porto.
Tribuna - Como funcionará o sistema de terminais do Porto Sul?
Chiavon - O porto Sul terá dois terminais: um público e outro de uso privativo – este será operado pela Bahia Mineração. O porto público servirá a toda a comunidade que necessite exportar grandes quantidades de produtos. Terá tecnologia moderna, tanto do ponto de vista de logística e engenharia quanto de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. O calado de 20 metros permitirá a atracação de navios de alta capacidade de carga, utilizando o sistema offshore, com o trabalho de carga e descarga sendo feito a cerca de dois quilômetros da costa, de forma segura e com o mínimo de impacto visual e ambiental.
Tribuna - Um equipamento desse porte vai provocar impactos ambientais. O que será feito para mitigá-los?
Chiavon - O projeto Porto Sul Bahia foi concebido dentro dos preceitos de desenvolvimento sustentável. Ou seja, aliará desenvolvimento e cuidado ambiental. O Estudo de Impacto Ambiental foi muito abrangente e identifica todos os impactos negativos e positivos. O empreendimento prevê uma série de medidas de preservação e valorização dos ativos ecológicos e sociais. Vamos assumir a responsabilidade das medidas ambientais para a mitigação, além de cobrar essas mesmas responsabilidades do empreendedor privado. Estudos na poligonal da Ponta da Tulha, que ainda estão sendo concluídos, indicam a criação de uma unidade de conservação no local. Há ainda a estruturação do corredor ecológico do Rio Almada, sem esquecer-se da ampliação e regularização do Parque do Conduru. Os ativos ambientais da região estão totalmente pleiteados no projeto.
Tribuna - É possível a convivência entre o Porto Sul e as vocações naturais da região? Não haverá conflito?
Chiavon - Os estudos apontam que sim e há exemplos que falam por si só. Veja o que aconteceu em Pernambuco, depois da construção do Porto de Suape. Bem próximo ao porto estão Porto de Galinhas e Santo Agostinho, dois centros turísticos que a cada ano atraem cada vez mais pessoas, que viajam para conhecer as belas praias e o mar com água cristalina. Com o ativo ambiental e a atração de novos negócios para a região, Ilhéus testemunhará evolução nos setores do turismo de lazer e negócios. Onde há infraestrutura logística ocorre, consequentemente, um incremento das atividades ligadas ao entretenimento, hospedagem, alimentação, transporte, comércio e serviços em geral.
Fonte: Tribuna da Bahia
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