A casca do coco da piaçava e a do coco Bahia, assim como outras espécies de fibras naturais, ganham novas formas e utilidade nas mãos dos artesãos das comunidades do município de Mata de São João, Tapera/Sapiranga, Barreiro, Pau Grande e Campinas, envolvidas no Projeto Floresta Sustentável, que é desenvolvido pela Fundação Garcia D´Ávila com patrocínio Petrobras.
Acessórios femininos e masculinos e peças de utilidade para o lar são produzidos e comercializados na loja do novo Centro de Educação Ambiental e Receptivo da Reserva da Sapiranga gerando renda para as comunidades.
A moradora de Barreiro, Maria Lúcia, 25, é uma das participantes do curso de artesanato e também trabalha na loja do Projeto Floresta Sustentável. “Agora sabemos aproveitar elementos da natureza, transformando-os em peças artesanais e gerando mais uma fonte de renda para nós”, comentou.
De acordo com o coordenador técnico do projeto, Alvaro Meirelles, “a sustentabilidade visa promover a aproximação entre os setores da sociedade, por meio de parcerias e ações planejadas em respeito ao ambiente e à cultura local, gerando incremento de renda por meio do incentivo ao empreendedorismo”.
O Projeto Floresta Sustentável realizou uma oficina de beneficiamento da casca dos cocos ministrada pelo professor Luciano Guimarães e, posteriormente, uma oficina de criação para identificar, juntamente com as comunidades, os símbolos da região. De acordo com a coordenadora administrativa, Thaise Costa Pinto, foram identificados os signos que representam a Reserva da Sapiranga e a cultura local e as peças artesanais começaram a ser produzidas e vendidas com renda revertida para as comunidades envolvidas no projeto.
O novo Centro de Educação Ambiental e Receptivo da Reserva da Sapiranga tem três módulos para melhor desenvolver as atividades de gestão do projeto. A estrutura instalada de forma integrada à vegetação tem uma sala de vídeo, duas salas de aula, biblioteca, oficina de artesanato, cozinha, loja para venda de peças artesanais e outros produtos.
A entrada na Reserva da Sapiranga custa R$10,00 (dez reais) e aqueles que desejarem percorrer trilhas podem contratar um condutor mirim local pelo valor de R$20,00 (vinte reais) a R$30,00 (trinta reais) por grupo de até 20 pessoas.
Projeto Floresta Sustentável
Patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, tem como objetivo restaurar áreas degradadas de Mata Atlântica, conservar o ambiente da Reserva da Sapiranga, promover a educação ambiental e fomentar atividades de geração de renda compatíveis com a conservação ambiental envolvendo as comunidades de Tapera/Sapiranga, Barreiro, Pau Grande e Campinas.
Segundo o Coordenador Técnico do Projeto, Alvaro Meirelles, o projeto já realizou cursos de ecoturismo, coleta de sementes e produção de mudas de vegetais nativos, aproveitamento dos recursos naturais para atividades artesanais e curso de agrofloresta. Mais informações no site www.florestasustentavel.org.br.
Fundação Garcia D'Ávila
Entidade sem fins lucrativos, registrada pelo descendente de europeus Klaus Peters, em 1981, tem como objetivo preservar o patrimônio natural e cultural da Praia do Forte e sua área de influência, na qual se destacam pela importância histórica e ambiental, a Torre do Castelo de Garcia D’Ávila e a Reserva Ecológica da Sapiranga.
A entidade também desenvolve pesquisas arqueológicas no entorno do monumento, o controle ambiental da região urbana que compreende Praia do Forte e seus atributos naturais e a preservação dos remanescentes da Mata Atlântica contidos na Reserva da Sapiranga, bem como das áreas de restingas, manguezais e coqueirais.
Fonte: Giro pelo Interior
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