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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Economia - a locomotiva chamada Bahia

Política industrial da Bahia vai ajudar o Brasil a ser a terceira economia do mundo

De 2007 a 2011, o setor industrial da Bahia cresceu a passos largos e a tendência é continuar em ritmo acelerado. Mas os desafios são imensos, e para enfrentá-los, mantendo o Estado em ritmo acelerado, o governo, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Fieb, definiram a política industrial estadual, em documento lançado há alguns dias. 


A  publicação é o símbolo de um novo tempo na Bahia, estado que pode ajudar o Brasil a se tornar a terceira maior economia mundial em 2020. 


O documento trata de temas transversais a segmentos como os de energia, infraestrutura logística, educação profissional, inovação tecnológica, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental e agro-industrialização  Nesse setor, a Bahia tem avançado e nos dois últimos anos atraiu cerca de 20 investimentos. Um deles foi a atração do grupo chinês Chongqing, que ontem confirmou sua intenção de investir R$ 4 bilhões na Bahia, dos quais R$ 500 milhões já estão sendo investidos na Indústria Universo Verde, em Barreiras. 

Empresas investiram R$11,2 bilhões na industrialização na Bahia

O crescimento industrial na Bahia nos últimos anos é inegável. Dados da  Secretaria da Indústria Comércio e Mineração comprovam este desenvolvimento  na área  industrial no estado: de 2007 a 2011 foram 297 empresas implantadas e 72 empresas ampliadas, o que significa a geração de  45,18 mil empregos: 33% (14.732) na RMS e 67% (30.457) no interior  com investimentos de R$ 11,2 bilhões: 49% (R$ 5,3 bilhões) na RMS e 51% (r$ 5,7 bilhões) no interior .
Os principais  investimentos aplicados nos setores industriais como automóveis e motocicletas ficaram a cargo da Ford, que disponibilizou cerca de R$ 3 bilhões na ampliação da fábrica de Camaçari, gerando mais mil empregos;  Olyver Motor em torno de R$ 9,5 milhões de investimento em motocicletas com mais de 180 empregos;  JNW do Brasil com R$ 20 milhões em motocicletas, oferecendo 170 empregos e Jac Motors que está aplicando R$ 900 milhões na fábrica em Camaçari. Outros setores também  não ficaram atrás como o papel e celulose, a exemplo da Veracel que  investiu R$ 4 bilhões em celulose, gerando mais de 836 empregos. 
O mesmo se pode falar do setor químico e petroquímico como  a Basf com  R$ 1,2 bilhão de investimentos em ácido acrílico, oferecendo no mercado mais  230 empregos,   DurolineTec investiu R$ 325 milhões em fibra de carbono, tendo como resultado mais de 400 empregos; SNF (Flopan)  R$ 260 milhões em polímeros,  mais de 163 empregos; Formitex com R$ 230 milhões em resinas, mais de 700 empregos,Proquigel  R$ 220 milhões em ácido cianídrico sintético, mais de 150 empregos; a  Wacker R$ 170 milhões em copolímeros, mais de 100 empregos; Linde R$ 100 milhões em gases,  mais 50 empregos;  Peroxy R$ 70 milhões em água oxigenada, mais de 250 empregos e  Quantas com investimentos de R$ 87 milhões em biopolímeros (goma xantana)  e  gerou mais de 100 empregos.
A indústria de cosmético também participou deste desenvolvimento. O Boticário investiu R$ 355 milhões em cosméticos e no centro de distribuição, originando mais de 700 empregos . 
E no setor de borracha a produção baiana de pneus já atende 44% da demanda nacional. A Continental investiu  R$ 350 milhões na ampliação da produção de pneus com a geração de mais de  400 empregos; a Bridgestone, R$ 75 milhões na ampliação da produção de pneus com 40 empregos; a Pirelli R$ 39 milhões na ampliação da produção de pneus (Feira de Santana) com mais de 90 empregos, Borrachas Vipal  R$ 29 milhões na ampliação de compostos de borracha (Feira de Santana) com 260 empregos.

Indústrias geram milhares de empregos


No setor de petróleo e biocombustíveis, pode-se destacar a Petrobras com investimentos de R$ 3 bilhões na modernização da Refinaria Landulpho Alves e também investimentos de R$ 1,3 bilhão na construção do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito , gerando mais de 850 empregos e ainda  R$ 66 milhões investidos na duplicação da usina de biodiesel (Candeias) oferecendo mais de 185 empregos.
A Ibiralcool investiu R$ 90 milhões em etanol (Ibirapuã) resultando mais de  1.200 empregos,  Unial (União Açucareira da Bahia) R$150 milhões em etanol (Lajedão), mais de 2.000 empregos;  Dax Oil  R$ 20 milhões em refinação de petróleo com mais 100 empregos.
Na indústria naval, a  UTC Engenharia investiu R$ 4 bilhões no terminal portuário de uso privativo (TUP) na Baía de Aratu, gerando mais de  mil empregos;  CNO/OAS/UTC R$ 960 milhões em estaleiro para construção naval offshore  com mais de  quatro mil empregos; a TWB, R$ 150 milhões em estaleiro para barcos off shore , mais de 1.550 empregos; Estaleiro São Roque do Paraguaçu R$ 70 milhões (Maragogipe), gerando mais de 1.500 empregos. 
No setor metalúrgico, a Paranapanema (ex-Caraíba Metais) com investimentos de R$ 300 milhões em fundição de cobre gerou mais de 50 empregos diretos. A Latapack-Ball aplicou  R$ 220 milhões em latinhas (Alagoinhas), gerando 270 empregos. 
A CSN Metalic fez Investimentos de R$ 130 milhões em tampinhas, gerando mais de 200 empregos. A Ítalo Lanfredi aplicou R$ 140 milhões em fundição de ferro, e criou mais de 100 empregos, enquanto que a  Belgo Bekaert investiu  R$ 30 milhões em arames (Feira de Santana) , e criou 75 empregos.
Os investimentos na mineração foram feitos pelas empresas Rio Tinto/Alcan , com R$ 4,5 bilhões aplicados na exploração de bauxita e refinaria de alumina em Jaguaquara, abrindo mais de 600 empregos;  a Bahia Mineração investiu R$ 2 bilhões na extração e usina de minério de ferro (Caetité) com mais de 1,3 mil empregos gerados. 
A Mirabela aplicou  R$ 765 milhões em níquel sulfetado (Itagibá), com mais de  400 empregos gerados; a Votorantim investiu R$ 390 milhões em cimento (Ituaçu), criando  mais de 200 empregos; a Cebrace R$ investiu 350 milhões em vidros planos e criou mais de 1,2 mil empregos, ao passo que a  Mineração Caraíba jogou  R$ 290 milhões na extração e beneficiamento de concentrado de cobre (Jaguarari) criando mais de 100 empregos. 
Outros investimentos, criando postos de trabalho, foram feitos pela  Magnesita. R$ 220 milhões em magnésia sinterizada (Brumado), e mais de 100 empregos; Yamana Gold R$ 204 milhões na exploração de ouro (Santa Luz),  mais de 250 empregos; Cia Brasileira de Bentonita  R$ 20 milhões na exploração e beneficiamento de argila bentonítica (Vitória da Conquista), 100 empregos; e a Largo Resources R$ 260 milhões na exploração de vanádio (Maracás), mais de 450 empregos. 
Em relação à energia, o Parque Eólico investiu R$ 6 bilhões em 52 parques eólicos com mais de 600 empregos. Termoelétricas tiveram investimentos de R$ 1,07 bilhão em seis termoelétricas: Arembepe, Ellobras, Murici I e II, Candeias Energia, UTE Bahia I e Solvi Valorização Energética, gerando mais de 586 empregos. 
A ERB R$ 200 milhões em vapor industrial/energia elétrica com mais 150 empregos; a Gamesa, investimentos de R$ 100 milhões em aerogeradores , mais de 100 empregos; Alstom  R$ 50 milhões em aerogeradores, mais de 150 empregos; Termoverde Salvador  R$ 50 milhões em termelétrica movida a biogás e mais 300 empregos; Torrebras  R$ 21 milhões em torres eólicas, mais de 235 empregos, e a Acciona Wind Power  R$ 3 milhões em cubos e inaceras para torres eólicas, mais de 36 empregos.



Setores calçadista e têxtil cresceram


O setor  de calçados e têxteis, espalhado por diversos municípios baianos, como Feira de Santana, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itabuna, Vitória da Conquista, Ilhéus, Jequié, Itapetinga, entre outros, também registrou  crescimento. O polo calçadista baiano, que emprega cerca de 45 mil trabalhadores, com 90 empresas em operação. Entre elas, a Trifil fez investimentos de R$ 23 milhões em ampliação (Itabuna) e gerou mais de  500 empregos; a Ramarim investiu R$ 3,2 milhões na implantação (Jequié) com mais de mil empregos.  
No ramo de alimentos e bebidas, destaca-se a chegada da Universo Verde, em Barreiras, braço do grupo chinês Chongqing no Brasil, com investimentos de  R$ 500 milhões em processamento de soja, gerando mais de 300 empregos diretos. 
A AmBev aplicou R$ 104 milhões em ampliação com mais de 50 empregos; Norsa (Coca-Cola), R$ 81,3 milhões na ampliação (Simões Filho), e mais de 180 empregos;  AJE Group (Peru)  R$ 65 milhões em bebidas (Alagoinhas), mais de 1 mil empregos; Schincariol R$ 60 milhões em ampliação (Alagoinhas), mais de 150 empregos; Kaiser R$ 50 milhões para a produção de Heineken (Feira de Santana), mais de 40 empregos; Pepsico R$ 30 milhões em bebidas lácteas (Feira de Santana), mais de 400 empregos; Brasfrut  R$ 25 milhões em suco de laranja (Rio Real), mais de 120 empregos; Campo Brasil (Vitamilho)  R$ 24 milhões em farinha de milho e flocos de arroz (Barreiras), mais de 220 empregos ; Sara Lee R$ 15 milhões em café (Vitória da Conquista), mais de 100 empregos; Special Fruit (Casa Valduga) R$ 10 milhões em sucos, geléias e vinhos (Juazeiro), mais de 120 empregos ;Sara Lee R$ 10 milhões em café (Salvador) mais 80 empregos; Nestlé  R$ 8 milhões em ampliação (Itabuna), mais de 50 empregos; Leite Verde R$ 6 milhões em fábrica de leite, no município de Jaborandi, no Oeste do Estado, com mais de 40 empregos; Norsa (Coca-Cola R$ 2,2 milhões na reativação da fábrica (Vitória da Conquista) , mais de 263 empregos.

Bahia pode ajudar o Brasil a ser a terceira economia do mundo em 2020



"Em 2020, seremos a terceira economia do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos”, afirma o secretário da Indústria e Comércio, James Correia, em sua mensagem publicada no documento Política Industrial da Bahia -  Estratégias e Proposições, lançado no mês passado em concorrido evento na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Fieb. 
Ele destaca que o governo tem o papel decisivo de criar ambientes favoráveis aos negócios, atraindo investimentos para os vários segmentos da economia. Segundo ele, o documento, que “é o símbolo de um novo tempo na Bahia”, tem o objetivo de criar as condições ideais para, em menos de dez anos, a Bahia possa contribuir para que a economia brasileira conquiste a terceira posição no ranking mundial. 
De acordo com o governador Jaques Wagner, a publicação Política Industrial da Bahia - Estratégias e Proposições “é um instrumento de política pública, um marco para a orientação e o fortalecimento das ações em curso e para a consolidação de um ambiente institucional propício ao crescimento econômico com vantagens competitivas para a Bahia”, afirma o governador , acrescentando que “o documento é importante neste momento de desenvolvimento que a Bahia vive.
 Não é nada mais do que planejamento para aproveitar esse bom momento, orientando os diversos setores, a iniciativa privada, o governo e a academia”.
Segundo o presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas, “a proposta é que o documento represente uma necessidade da sociedade baiana. Um dos focos principais desse estudo é a descentralização da indústria, que exerce uma pressão muito grande na capital e no seu entorno”.  
Para ele, a expectativa é que o conjunto de informações e sinalizações contidas no estudo seja motivação adicional para que, de fato, “possamos contar proximamente com uma efetiva política voltada para o desenvolvimento industrial sustentável do estado”.
 No estudo foram tratados temas transversais aos segmentos selecionados, a exemplo de energia, infraestrutura logística, educação profissional, inovação tecnológica, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental. 
Nas últimas cinco décadas do século XX, coube à indústria o papel de elemento dinâmico na economia baiana. Dois fatos marcantes foram a implantação da Refinaria Landulpho Alves, no final dos anos 1950, e do Polo Petroquímico de Camaçari, na década de 1970. 
Foi entendendo que para responder aos crescentes desafios competitivos colocados para o estado, é necessário planejar uma estratégia de desenvolvimento industrial que inclua os papéis que cabem ao setor público, à iniciativa privada e à academia, que a nova política industrial da Bahia foi lançada no final de novembro.

Logística é precária

O documento, fruto de parceria entre a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia (SICM), Petrobras e Fieb, no âmbito do Projeto Aliança, propõe a criação de condições favoráveis visando desenvolver dez segmentos selecionados da atividade industrial no estado: automotivo; agroindústria; calçados e segmentos intensivos em marca e design; celulose e a cadeia da madeira; construção civil; intensivos em tecnologia (informática, fármacos etc); mineração e transformação mineral; naval e offshore; petróleo e gás; química e petroquímica.
Sob a coordenação técnica do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade vinculada ao Sistema Fieb, o estudo partiu de ampla sondagem feita junto a agentes públicos e privados, com o intuito de definir ações estratégicas e estabelecer proposições. 
“Este é o primeiro projeto que apresenta estratégias para o setor no nosso estado formulado com a participação de empresários e líderes sindicais que contribuíram com a vivência prática no setor, e de professores e pesquisadores de universidades baianas e de outros estados, que trouxeram o conhecimento teórico sobre o tema”, explica o superintendente do IEL, Armando Costa. 
 O estudo Política Industrial da Bahia parte da constatação das grandes transformações em curso, decorrentes do esgotamento do movimento industrial nas últimas décadas. 
Elas mostram que a dinâmica industrial deslocou-se das plantas (unidades fabris) para o centro de decisão das empresas, segmentando as cadeias produtivas, o que contribui para o fomento de fornecedores locais. Neste processo, a inovação torna-se fundamental para agregar valor aos produtos. 
De acordo com Armando Costa, para acompanhar esta tendência, é necessário que a Bahia invista em infraestrutura logística, especialmente em ferrovias e portos, na qualificação de pequenos fornecedores locais, em pesquisa e desenvolvimento, e na atração e fixação de empresas, ao invés de apenas estimular a vinda de plantas produtivas. “O estudo é extremamente oportuno, pois os desafios competitivos estão sendo colocados para a Bahia neste início de século XXI, especialmente para a sua indústria”, afirma ele. 
“As proposições sugeridas estão em linha com a realidade nacional e internacional e a expectativa é que o trabalho possa contribuir para uma menor concentração econômica em termos setorial, empresarial e espacial”, pontua o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. 

Petrobras patrocinou a publicação

A Petrobras é uma das parceiras da publicação “Política Industrial da Bahia: estratégias e proposições”, lançada há menos de um mês pelo governo do Estado. O documento reúne ações estratégicas e proposições para diversos setores, escolhidos em função de sua importância e potencialidade para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia.
“Quando se fala em política industrial, a área de petróleo e gás surge muito forte por ser um campo que se relaciona com diversas áreas do conhecimento. Por isto, é importante para a Petrobras o crescimento deste setor”, destacou Nilson Cunha, Geólogo da Petrobras que esteve no evento representando a Companhia.

Secretário faz reunião preparatória na China com Grupo Chongqing



O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e o superintendente de Atração de Investimentos da Seagri, Jairo Vaz, se reuniram nesta semana, com o presidente do Grupo Chongqing Grain Group, Hu Junlie, e toda a sua diretoria, discutindo com eles os detalhes para implantação da indústria Universo Verde, no município de Barreiras. 
A reunião aconteceu na sede do grupo, na província chinesa de Chongqing, que está se tornando Estado-irmão da Bahia. O Grupo Chongqing é proprietário da empresa Universo Verde, que já possui escritório em Salvador. As obras da indústria esmagadora de soja serão iniciadas nos próximos meses.
Para agilizar os processos e compromissos assumidos, foi formado em Salvador um comitê do qual participam quatro secretarias do governo, prefeitura de Barreiras e executivos do grupo chinês, que já fixaram residência em Salvador.
Durante a reunião, Hu Jun Lie fez um breve resumo da atuação do grupo que possui 20 mil funcionários, é um dos sete maiores grupos chineses e fatura R$ 2,5 bilhões por ano. O grupo possui 42 filiais em 20 províncias chinesas, tem capacidade de armazenagem de seis milhões de toneladas de grãos e 5,6 milhões de toneladas de capacidade de processamento. 
De acordo com o líder do Chongqing, a indústria da Bahia será a terceira maior do grupo em capacidade de processamento, com 1,5 milhão de toneladas por ano. O empresário chinês reafirmou a intenção de investir R$ 4 bilhões na Bahia, em agroindustrialização, logística e infraestrutura para escoamento da produção. Somente na indústria de Barreiras estão sendo investidos R$ 500 milhões. 
Além do esmagamento de soja, a Indústria Universo Verde fabricará 300 mil toneladas de biodiesel, refinará 200 mil toneladas de óleo, fará extração de lecitina, e terá capacidade de armazenagem de 400 mil toneladas de grãos e 300 mil toneladas de óleo, sendo 200 mil de soja e 100 mil de biodiesel. A indústria vai gerar 300 empregos diretos e cerca de mil indiretos quando estiver em pleno funcionamento.
Em relação à infraestrutura e logística, o Grupo Chongqing pretende construir armazéns com capacidade para um milhão de toneladas de grãos na região Oeste e fazer parcerias em rodovias, portos e ferrovias.
 Também pretende constituir uma empresa trading para aquisição e exportação de: soja, milho, algodão e açúcar. O grupo manifestou ainda a intenção de estabelecer parcerias com produtores locais, que fornecerão insumos produzidos na região, aceitando que eles sejam sócios majoritários das empresas. 
Ontem, o secretário Eduardo Salles visitou as indústrias do Chongqing Grain Group, a ferrovia e porto que transportam os grãos e informou que “com certeza estas parcerias entre produtores e industriais serão muito importantes para todos, já que eles produzem com alta tecnologia de campo e têm alcançado produtividades recordes. Por outro lado, o grupo chinês tem tecnologia industrial de ponta, capital e mercado comprador”. 
Salles e Vaz visitaram ainda uma indústria de equipamentos agrícolas específicos para agricultores familiares, e ficaram impressionados com a qualidade e tecnologia dos instrumentos. 

Estado tem o 2º maior parque eólico


A Bahia se transformou no segundo maior parque eólico do país e o quarto estado brasileiro na recepção de novos investimentos com a instalação de duas fábricas. A primeira a se instalar, no Polo Industrial de Camaçari, visando à capacidade energética baiana, foi a espanhola Gamesa, fábrica de aerogeradores (equipamentos que convertem energia eólica em energia elétrica) e a segunda, a Alstom, fabricante francesa de aerogeradores para produção de energia eólica, inaugurada, neste final de ano.
Inaugurada em julho deste ano, a A Gamesa investiu, inicialmente, R$ 50 milhões na unidade baiana, que vai produzir 150 nacelles (motores) com potencial de gerar 300 megawatts/ano – energia suficiente para abastecer uma cidade como Feira de Santana, com cerca de 600 mil habitantes. 
“A Bahia vem se consolidando como potencial eólico e, portanto, não tenho dúvida de que logo os empresários da Gamesa vão sentir necessidade de ampliar essa unidade para poder atender a grande demanda do estado”, afirmou o governador Jaques Wagner. A Alstom, fabricante francesa de aerogeradores para produção de energia eólica no Estado investiu  R$ 50 milhões e vai gerar 150 empregos diretos e 500 indiretos. 
Para o governador Jaques Wagner o Brasil se transformou em um grande polo de atração de investidores estrangeiros e disse que a sua alegria é  saber que a Bahia,  segundo maior parque eólico do país, é o quarto estado brasileiro na recepção de novos investimentos.
De acordo com Wagner, a chegada da empresa ao Estado é mais um grande investimento, que mostra a pujança da economia baiana e vai gerar mais riqueza e mais trabalho. Na sua opinião, o empreendimento também é reflexo das viagens ao exterior e do empenho do governo baiano em mostrar a Bahia lá fora, “para atrair novos investimentos e garantir emprego, cidadania e dignidade para a nossa juventude e para todos” afirma Wagner.

R$42 bi serão investidos no setor

Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, a Bahia tem em fase de implantação uma potência total de mil megawatts, resultado dos 34 projetos de geração eólica garantidos em 2009 e 2010, por meio do Leilão Nacional de Projetos Exploratórios de Energia Eólica. 
Os projetos de energia eólica desenvolvidos na Bahia representam investimentos de R$ 4 bilhões. A previsão é que mais de R$ 42 bilhões serão investidos em energia eólica no estado nos próximos anos. Com os investimentos, estima-se a criação de quatro mil empregos diretos e indiretos nas diversas fases dos empreendimentos.
Para fortalecer a implantação e consolidar o polo de fabricação de equipamentos para o setor eólico, o governo da Bahia tem realizado estratégias a fim de atrair novas empresas do setor.
Em maio, numa missão comercial a países europeus, entre eles a Dinamarca, o secretário da Indústria, Comércio e Mineração visitou empresas de componentes e equipamentos para a geração de energia por meio dos ventos, incluindo-se um fabricante europeu de torres para os aerogeradores e uma indústria de logística especializada nesse mercado.
“A vinda dessas fábricas vai fazer com que os projetos fiquem ainda mais competitivos. Elas são muito importantes como fonte alternativa de energia e para a geração de emprego e renda, até porque os parques serão instalados principalmente no semiárido, região que precisa muito do desenvolvimentoeconômico”, declarou Correia.
Para as empresas do polo industrial de energia eólica que estão se instalando em Camaçari, o governo da Bahia oferece a desoneração do ICMS na aquisição de bens destinados ao ativo fixo, além de infraestrutura e suporte para as plantas industriais. Também dá suporte ao desenvolvimento dos projetos de usinas eólicas, apoiando as empresas durante o financiamento e licenciamento ambiental. 
A energia eólica, considerada fundamental para a redução da dependência do petróleo pelas economias industrializadas e decisiva, enquanto fonte diferenciada em qualquer modelo do setor, apresenta claros benefícios ambientais em relação a fontes de energia convencionais.
Entre esses benefícios, estão a impossibilidade de contaminação do ar, lençóis freáticos ou cursos d’água no transporte de equipamentos ou em operação, inexistência de emissões atmosféricas de gás carbônico ou qualquer outro gás e não produção de emissões perigosas ou resíduos sólidos tóxicos. A energia eólica é completamente renovável, muito confiável, eficiente e uma das fontes mais econômicas na geração de eletricidade em grande escala e compensa as emissões de outras fontes. 

Agroindustrialização avança no Estado



A Bahia terá uma das maiores indústrias processadoras de soja do mundo, que está sendo instalada no município de Barreiras pelo Chongqing Grain Group Corporation Limited Liability Company confirmou que vai investir R$ 4 bilhões no Estado. A confirmação foi feita em reunião do presidente do grupo, Hu Junlie, e toda sua diretoria, com o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e o superintendente de Atração de Investimentos da Seagri, Jairo Vaz, na sede da empresa chinesa. 
O grupo já está investindo R$ 500 milhões na instalação de uma esmagadora de soja em Barreiras, a Universo Verde, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 4 de junho deste ano, e cujas obras devem ser iniciadas em janeiro. 
A estimativa é que inicialmente sejam gerados 300 empregos diretos, número que na fase final do projeto deverá passar de mil. Os empregos indiretos deverão chegar à casa de sete mil. O presidente do Chong Chong Qing Grain Group, Hu Julie, explicou que o projeto contempla o processamento (beneficiamento) de alimentos, armazenagem de grãos e logística. 
“Vamos construir um polo industrial em Barreiras com capacidade inicial de esmagar 1,5 milhão de toneladas de soja, refinar 300 mil toneladas de óleo e armazenar 400 mil toneladas de grãos”. O grupo vai investir também em infraestrutura e logística. 
A vinda do grupo Chongqing para a Bahia, fruto do trabalho do governo do Estado em parceria com a prefeitura de Barreiras, soma-se aos resultados obtidos pela Secretaria da Agricultura, cuja prioridade é agroindustrializar a Bahia.  
Nos dois últimos anos o Estado já conseguiu atrair cerca de 20 novos investimentos no setor agropecuário, que estão em vias de implantação, a exemplo de uma fábrica de banana chip em Wenceslau Guimarães; uma indústria de suco de laranja em Rio Real; duas fábricas de fécula em Vitória da Conquista e em Laje; uma unidade da Casa Valduga em Juazeiro para fabricação de sucos, geleias e espumantes; duas indústrias de coco, em Conde e em Juazeiro; duas indústrias de milho, em Luis Eduardo Magalhães e em Barreiras, dentre outros. 
“O processo de agroindustrialização do Estado acontece em sintonia entre a Secretaria da Agricultura, Seagri, e a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM). O governador estabelece as prioridades e as duas secretarias interagem para executar os projetos, cada uma exercitando as suas expertises, afirma Eduardo Salles.

Primeiro parque eólico entra em operação em janeiro



Instalado pela Desenvix em Brotas de Macaúbas, 590 quilômetros a oeste de Salvador, na Chapada Diamantina, deve entrar em operação no início do ano que vem. São três áreas licitadas, cada uma com capacidade de 30 megawatts (MW), onde foram instaladas 57 torres eólicas.
O investimento é de R$ 400 milhões, incluindo a aquisição de 40% da área onde está instalado o parque. Os 60% restantes pertencem apequenos produtores rurais, que vão receber royalties pela operação. 
Até o fim de 2012, é esperada a inauguração de 18 parques no Estado, responsáveis pela produção de 413,6 MW, que vão fazer da Bahia o principal polo de energia eólica no País. 
Até 2014, espera-se que o montante produzido alcance pelo menos 1 mil MW. O maior parque eólico brasileiro, da Renova Energia, será distribuído entre os municípios vizinhos de Caetité, Guanambi e Igaporã, no centro-sul baiano, tem previsão de inauguração para julho do próximo ano.
Inicialmente, o parque, fruto da compra de 14 áreas pela empresa no primeiro leilão do governo federal, em 2009, terá 184 aerogeradores, com capacidade de produção de 294,4 MW. 
O investimento para o início da operação é de R$ 1,17 bilhão - e será acrescido de R$ 800 milhões para a ampliação do parque, com as aquisições das seis áreas adquiridas no leilão de 2010, que vão anexar mais 153 MW à produção a partir do fim de 2013. 

Ventos mudam a economia no sertão

As cidades de Caetité e Guanambi, no sertão sul da Bahia, já começam a ver mudar o mapa de suas economias com a chegada das empresas de energia eólica e da Bahia Mineração, que faz os primeiros movimentos para iniciar a extração de minério de ferro na região. 
A expectativa é de que os investimentos cheguem a R$ 5 bilhões com os empreendimentos e a região já experimenta a expectativa da chegada de grandes redes de varejo e até mesmo de voos regulares de companhias aéreas.
O prefeito de Guanambi, Charles Fernandes, diz que tem negociado com a TRIP Linhas Aéreas para que uma rota de Salvador e Belo Horizonte leve até o aeroporto de Guanambi. 
“Mas precisamos negociar com o governo do Estado que tenhamos um Corpo de Bombeiros no aeroporto para essa operação”, diz Fernandes. 
Hoje, a chegada às cidades por via área é bastante restrita. Existem algumas empresas de taxi-aéreo com linhas regulares, mas bastante limitadas. 
Os voos comerciais param somente em Vitória da Conquista, há 200 quilômetros, ou em Montes Claros, em Minas distante mais de 300 quilômetros da região.
A demanda por hotéis e infraestrutura também vai crescer na região, na medida em que começarem a ficar prontos os trilhos da ferrovia que servirá para escoar o minério pelo porto em Ilhéus.  

JAC baiana inicia produção em maio de 2014


O mês de maio de 2014 será marcante para o setor automobilístico da Bahia. Esta é a data prevista pela montadora chinesa JAC Motors para iniciar a produção de carros na fábrica de Camaçari. O anúncio oficial da instalação da unidade na Bahia foi feito há menos de um mês, em Salvador, pelo governador baiano e o presidente da empresa no Brasil, Sergio Habib. A implantação da indústria deverá gerar 3,5 empregos diretos e cerca de dez mil indiretos.
A primeira fábrica da JAC nas Américas vai funcionar no Polo Industrial de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, com previsão de produzir 100 mil carros por ano. Com investimento de R$ 900 milhões, a fábrica terá 80% de capital nacional, representado pelo Grupo SHC, e 20% de capital estrangeiro, representado pela JAC Motors da China.
Wagner disse que a expectativa é que, com a chegada da fábrica chinesa, o estado, que já possui a Ford, atraia novas indústrias para o setor e para a cadeia automotiva. “Estamos recebendo um representante da indústria automotiva campeã de crescimento no mundo. Esperamos atrair outros fabricantes, consolidando nosso polo automotivo, a exemplo do que existe em Minas Gerais e São Paulo”. 
A entrada em funcionamento da JAC baiana está agendada para 2014, com o lançamento de um carro diferente dos vendidos hoje pela montadora chinesa. O veículo ‘made in Bahia’ será projetado no centro de design da fábrica em Turim, na Itália, e terá 242 itens adaptados às condições do trânsito brasileiro. Posteriormente, o centro de design de Camaçari desenhará os carros fabricados na Bahia
Os executivos da JAC garantem que a fábrica baiana será a mais moderna do Brasil. O projeto prevê um centro de desenvolvimento de novas tecnologias, como a adoção de um motor com sistema de alimentação flex, com sistema de partida a frio por intermédio de pré-aquecimento de bicos injetores. A unidade de Camaçari vai dispor ainda de um centro de estilo e design (previsão de 50 profissionais), laboratórios de controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional, além das tradicionais etapas de produção, como armação de carrocerias, soldagem, pintura e montagem final. 
Escolha - Operando desde março no Brasil com a venda de carros importados da China, a JAC Motors escolheu a Bahia devido a fatores como o crescimento do mercado de automóveis na região Nordeste em relação ao resto do país. Além disso, a venda de veículos na Bahia aumentou 65% nos últimos quatro anos contra crescimento de 15% em São Paulo. “A Bahia é um dos maiores mercados do Brasil. O Nordeste está crescendo a taxas chinesas”, disse Habib.
Ele lembrou que o mercado de automóveis de Salvador já é 50% maior que o de Porto Alegre, maior que o de Goiânia, quase do tamanho do de Curitiba, e chega perto do de Belo Horizonte. “Salvador é hoje a terceira maior cidade do Brasil e o quarto maior mercado de veículos. 
Nós viemos para ajudar a Bahia crescer”, afirmou Sérgio Habib. Para o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, a vinda da fábrica é mais uma vitória do governador Jaques Wagner, que vinha negociando o assunto pessoalmente. “É de grande importância a instalação da JAC Motors na Bahia. É um investimento de R$ 900 milhões, que vai gerar 3,5 mil empregos diretos e que será a primeira montadora do país com capital majoritariamente nacional”, lembrou. 

Fonte de toda a postagem: Tribuna da Bahia

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