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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Saneamento básico - Salvador e Lauro de Freitas


Emissário submarino da Boca do Rio amplia cobertura de esgotamento sanitário em Salvador

Principal obra de saneamento básico dos últimos 25 anos em Salvador, o Sistema de Disposição Oceânica Jaguaribe, na Boca do Rio, foi inaugurado nesta sexta-feira, 27, pelo governador Jaques Wagner. Com investimento da ordem de R$ 259 milhões, a obra possibilitará a ampliação do índice de cobertura do serviço de esgotamento sanitário de 85% para 90% até 2012, na capital baiana, um dos maiores índices entre as capitais brasileiras.

Com a presença de autoridades, parceiros e funcionários da Embasa, o evento foi realizado na Estação de Condicionamento Prévio da Foz do Brasil. Além da diretoria executiva da empresa, também participaram da solenidade o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, e a secretária-chefe da Casa Civil, Eva Chiavon, membros do Conselho Administrativo da Embasa.

Nova fase para o saneamento básico da região metropolitana de Salvador, o SDO Jaguaribe foi construído por meio de Parceria Público Privada (PPP), uma das primeiras do País na área de saneamento e vai beneficiar, numa primeira fase, mais de 1,9 milhão de habitantes da capital e também de Lauro de Freitas. Das 27 bacias de esgotamento sanitário em Salvador, sete estão ligadas ao novo emissário. Até o final de 2012, outras três bacias (Águas Claras, Trobogi e Cambunas), que estão sendo construídas, também estarão integradas ao sistema.

“Esse é mais um presente nosso para Salvador. Com isso, podemos citar diversos benefícios, como na área de saúde, na medida em que não teremos mais esgoto a céu aberto e haverá a preservação do meio ambiente, com a descontaminação de rios, lagos e da água do subsolo. Portanto, é a melhoria da qualidade de vida para todo mundo”, destacou o governador Jaques Wagner.

Outro ponto importante, segundo Wagner, é o fato de que a obra não causou transtornos à população. “Pouca gente sabia que o emissário estava sendo construído. Foram dois anos e meio de serviços sem perturbar o tráfego e o trânsito. Tenho tranquilidade para dizer que todos os cuidados ambientais foram tomados”.

O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, ressaltou as ações integradas desenvolvidas no Estado nas áreas de saneamento e habitação. O emissário submarino da Boca do Rio foi construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e faz parte do programa Água para Todos. “Essas ações se refletem na qualidade de vida da população. Saneamento é saúde. Melhora a qualidade de vida das pessoas e reduz os índices de doenças”, afirmou.

“Essa é uma obra grandiosa que vai mudar a feição do saneamento em Salvador e Lauro de Freitas. É a primeira PPP em saneamento no Brasil e faz parte de um conjunto de intervenções que estamos fazendo em Salvador da ordem de R$ 850 milhões”, disse o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho. A capital baiana já conta com o emissário submarino do Rio Vermelho há praticamente 40 anos e naquela área o povoamento de peixes melhorou e também a capacidade de pesca.

“Este é um processo dos mais avançados, mais inteligentes e baratos. A própria composição da água do mar favorece a diluição dos efluentes sem prejudicar o meio ambiente e a balneabilidade das praias”, disse Oliveira. Na ocasião, o presidente da Embasa entregou ao governador Jaques Wagner o Relatório de Gestão 2007-2010 da empresa, com uma retrospectiva dos últimos quatros anos da gestão da Embasa - período em que a empresa deu um salto na busca da universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário no Estado, além do Relatório de Sustentabilidade.

Estrutura do emissário

Apesar de boa parte da estrutura do SDO Jaguaribe estar embaixo do chão e do mar, é possível visualizar alguns equipamentos deste sistema de disposição oceânica. A Estação de Condicionamento Prévio (ECP), situada numa colina da comunidade do Bate Facho pode ser vista da avenida Jorge Amado. É para lá que os esgotos são conduzidos para passarem por tratamento. Já a Estação Elevatória do Saboeiro pode ser vista ao lado do Parque da Bolandeira. Esta estação é responsável por enviar todos os esgotos coletados nas bacias de esgotamento atendidas pelo sistema até a ECP. Nas proximidades da Praia dos Artistas, é possível, também, encontrar a estrutura que antecede o encontro entre os emissários terrestre e submarino.

As estruturas não aparentes foram instaladas com tecnologia capaz de não causar nenhum transtorno à comunidade do entorno. O emissário terrestre, por exemplo, com 1.342 metros, foi implantado a 20 metros de profundidade por meio de uma perfuratriz chamada pipe jacking, equipamento importado da Alemanha e considerado o melhor do mundo para esse tipo de perfuração. Já o emissário submarino, com 3.670 metros, foi afundado entre os verões de 2009 e 2010, quando o mar está mais calmo e os ventos são fracos. No último verão, mergulhadores fizeram a ligação da parte terrestre com a submarina.

O emissário submarino tem capacidade para dispersar no oceano, a 45 metros de profundidade, 5,9 mil litros de efluente por segundo. O efluente lançado pelo emissário é resultante de um processo de retirada de resíduos sólidos e em suspensão, que são destinados ao aterro metropolitano de Salvador. Ao fim do processo de purificação, ainda é feito um tratamento para a retirada dos odores. O processo de tratamento não gera nenhum impacto ambiental capaz de causar incômodos à vizinhança e o efluente final não representa risco de degradação ambiental das praias e ecossistemas marinhos.

Fonte: Embasa.

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