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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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domingo, 26 de junho de 2011

Transportes - mais sobre modal escolhido para Salvador e Lauro de Freitas

Abenc faz alerta sobre escolha de modal

Segundo a Abenc, o uso do mesmo sistema de metrô implantado nos seis quilômetros prontos deve servir de parâmetro para os 22 Km. 

Tecnicamente, é possível a implantação, num prazo de dois anos, de 22 quilômetros de trilhos ligando Lauro de Freitas à Rótula do Abacaxi, além do sistema BRT (Bus Rapid Transit) nas vias alimentadoras da Paralela. Para tanto, contudo, algumas medidas são necessárias. Uma delas é o uso do mesmo sistema de metrô implantado nos seis quilômetros prontos entre a Estação da Lapa e a Rótula do Abacaxi/Acesso Norte. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc) – seção Bahia, Enéas Almeida.
O engenheiro destaca que, como “não existe em lugar nenhum no mundo uma cidade com dois trechos de metrô separados”, o projeto para a Região Metropolitana de Salvador anunciado anteontem só terá viabilidade se houver uma junção entre as duas linhas. A interligação está prevista pela proposta da Secretaria de Planejamento do Estado. Almeida acrescenta que para poder ser concluída a tempo, é necessário que a nova linha seja utilizada por um metrô e com as mesmas especificações de trilho e vagões do que os veículos já adquiridos para o trecho Lapa Acesso Norte.
“É como num carro. As atualizações são rápidas, se faz todo ano. Um novo modelo demora mais. A empresa que ganhar a licitação terá que fazer o projeto, a plataforma de desenvolvimento, as ferramentas para depois fazer o carro”, justifica Almeida. O engenheiro avalizou a modelagem optada pelo governo estadual. “O tronco central (do modelo de mobilidade urbana) deve ser sobre trilhos.
Quatro fases - O primeiro passo para a efetivação do novo sistema de mobilidade urbana de Salvador foi dado, mas muitas dúvidas permanecem no ar. Ainda não há um definição se o modal que cortará a Paralela será metrô, VLT ou monotrilho (onde os trilhos são suspensos), o que inviabiliza a consolidação do projeto técnico da obra. Nos próximos 45 dias a Secretaria do Planejamento promoverá debates com as prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas, órgãos de fiscalização com o fim de elaborar o termo de referência, que vai balizar o edital.
De acordo com o secretário da Casa Civil da prefeitura, o deputado federal licenciado João Leão, com a definição do modelo de mobilidade entre o aeroporto e o acesso norte, o projeto terá mais três etapas pela frente. A atual é a elaboração do projeto. Em seguida acontecerá o debate de como se darão as licitações da obra – a cargo do governo estadual –  e da operação do sistema, a cargo da prefeitura. “Vamos lutar para que o metrô fique pronto para a Copa. Mas se não for possível, minha sugestão é aproveitar na Copa a infraestrutura – a parte de baixo – da obra do metrô e o BRT que será adquirido para as vias alimentadoras. Quando a superestrutura – a parte de cima, - coloca-se o metrô (na Paralela)”, sugeriu Leão ontem.
O projeto de mobilidade está orçado em R$ 3 bilhões – três vezes o montante gasto nos seis quilômetros do metrô e mais de cinco vezes o orçamento da Arena Fonte Nova, que deverá consumir R$ 591 milhões nas atividades de demolição e reconstrução. As obra de mobilidade contam com R$ 570 milhões assegurados no PAC da Copa, o restante será captado no PAC da Mobilidade Urbana.
Nos bastidores políticos, o comentário é de que o governo federal só liberaria novos recursos após a conclusão do metrô entre a Lapa e Pirajá. Não há ainda previsão de quando o trecho Acesso Norte-Pirajá será reiniciado. Segundo João Leão, o Exército entrega até o dia 30 de julho o relatório do orçamento reverso – levantamento de tudo o que foi gasto pela Metrosal e o que foi pago para o consórcio -, abrindo caminho para a retomada da obra.
O representante da Abenc recomenda ainda que as desapropriações  aconteçam o quanto antes e a obra seja feita em diversas frentes. “Fazer 22 quilômetros de trilhos em dois anos pode parecer difícil, mas quatro quilômetros e um pouco mais é perfeitamente possível”.
O especialista calcula que pelo menos os dois postos de gasolina terão que ser ou retirados ou deslocados para as laterais da Paralela. Êneas Almeida lembra que na Paralela, ao contrário do que ocorreu com o trecho do metrô que está há 11 anos em construção, os trilhos serão implantados no plano. Além disso, a obra será realizada no canteiro central, mitigando problemas adicionais ao tráfego.

Fonte: Tribuna da Bahia.

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