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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Educação - ainda sobre a reprovação das instituições de ensino superior na Bahia

Avaliação do MEC gera insatisfação

É prematuro afirmar que o resultado do Índice Geral de Cursos divulgado pelo Ministério da Educação reprovou 46 faculdades baianas, afirmou ontem Nádia Viana, presidente da Associação Baiana de Mantenedoras  do Ensino Superior (Abames). Segundo ela, a avaliação do MEC é complexa e procura observar o desempenho dos alunos e o da instituição de ensino. A nota é apenas um indicador. Não reprova a instituição. Aponta uma fragilidade no curso. "A partir daí, as instituições com nota entre 3, 2 e 1 pontos recebem a visita dos Avaliadores  do MEC", comentou a presidente da Abames.
 
De acordo com o MEC, universidades com notas entre 4 e 5 pontos não precisam receber a visita dos avaliadores que formam a Comissão do Ministério da Educação. Eles visitam as faculdades com média inferior a 4. Neste caso, são avaliados in loco as instituições em sua organização política, corpo docente, laboratórios, metodologias aplicadas, administração, os cursos, o planejamento estratégico, projeto pedagógico, entre outros. 
 
Depois desta visita, é dado um prazo para que as instiuições se adequem às exigências do MEC. Para formar o Conceito Preliminar do curso, são observados os resultados da avaliação do Enade e do IGC, comentou Nádia Viana.
 
Avaliação imperfeita – Por outro lado, o Enade é um exame ineficiente porque não motiva a participação do estudante, já que o resultado individual não faz parte do curriculo. A nota individual é entregue apenas ao aluno. Nem mesmo a instituição fica sabendo. A faculdade fica sabendo apenas a média do desempenho. Se não traz nenhum benefício para o estudante, ele pode, simplesmente, assinar a prova e entregar. Resultado: os alunos se queixam pela forma como o exame é conduzido e a instituição leva a fama de ruim, disparou Nádia Viana.
 
Para Luciano Marques,  presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), o Enade não é mecanismo para avaliar as instituições. "Seguindo a linha defendida pela UNE, os estudantes defendem nacionalmente a criação de outros mecanismos de avaliação das instituições que levem em consideração critérios como quantidade de mestres nas instituições, estrutura fisica das unidades e satisfação dos funcionários", comentou. 
 
De acordo com o pró-reitor de Graduação da Ufba, Ricardo Miranda, as notas divulgadas pelo MEC são apenas indicadores e não são perfeitas. Para ele, existe uma diferença entre o sistema de ensino público e privado. "Muitas escolas têm fins educativos e outras lucrativos. E é por isso que o MEC procura fazer uma avaliação criteriosa, para que o ensino não seja uma mercadoria. A avaliação não é punitiva, busca a melhoria da qualidade do ensino", setenciou.

Rigor continua
 
Apesar das críticas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que “queremos continuar promovendo a expansão, a interiorização dos cursos, a educação a distância, os cursos superiores de tecnologia, contudo vamos fazer isso com o rigor que o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) exige”, afirmou, lembrando que o sistema está em forte expansão – o ano de 2010 fechou com cerca 6,5 milhões de universitários.  
 
Também passaram por avaliação no ano passado 4.143 cursos superiores de graduação. O produto da avaliação de diversos itens é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), expresso com notas em uma escala de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório. 
 
Após a divulgação do IGC, a Unime de Lauro de Freitas esclarece que, este ano, a Faculdade de Ciências Jurídicas (FCJ) já recebeu duas visitas in loco de Avaliadores do MEC. 
 
A primeira ocorreu em maio e foi cancelada pelo ministério por suspeita de fraude de titulação por parte de um dos avaliadores designados. A segunda ocorreu em outubro e a Unime obteve nota 3. O IGC  é um índice e não um conceito, diz a nota de esclarecimento da Unime. 
 
Fonte: Tribuna da Bahia

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