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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Saneamento básico - Emissário Submarino de Jaguaribe - Salvador

Emissário submarino da Bahia utiliza métodos não destrutivos

Obra foi uma das primeiras PPPs de saneamento do País e custou R$ 259 milhões. Parte terrestre foi escavada com tecnologia pipe jacking. Confira vídeo sobre o método de escavação





O Sistema de Disposição Oceânica Jaguaribe (SDOJ), inaugurado em maio deste ano, permite a disposição final dos esgotos gerados pela população de Salvador e Lauro de Freitas. Composto por estação elevatória, linha de recalque, estação de condicionamento prévio e emissário, o sistema foi  100% construído abaixo da superfície para não interferir no trânsito ou na paisagem da cidade baiana.

No total - incluindo os trechos terrestre e submarino, desde a saída da estação de condicionamento até a disposição final em alto mar -, a tubulação se prolonga por 5.147 m. Na área da famosa praia dos Artistas, foi construído abaixo da terra, ao longo de 300 m, para depois ficar submerso à 45 m da superfície da água, impedindo qualquer interferência na paisagem litorânea. A opção pela escavação mesmo na área marítima dispensou o convencional molhe de pedras, comumente usado para ladear emissários aparentes.
Na área submersa, o emissário foi construído em tubos de polietileno de alta densidade (Pead) de 1,6 m de diâmetro interno e 18 m de comprimento, por unidade, unidos por solda em tramos de 800 m. Fechados, os tubos foram transportados boiando por rebocadores até o local de afundamento, uma operação delicada que exigiu a participação de rebocadores para manutenção da tubulação no local desejado.

A instalação da tubulação durou 28 horas e exigiu a interrupção do tráfego marítimo, inclusive do sistema ferry-boat. O emissário submarino tem 3.670 m e dá destinação final ao efluente a 42 m de profundidade.

Sistemas de disposição

A Estação Elevatória do Saboeiro, ampliada para alcançar capacidade de 2,27 m³/s, é composta por sistema de gradeamento para retirada dos sólidos grosseiros, caixa de areia para sua retirada do efluente e bombeamento.
Da estação o efluente segue pela linha de recalque, feita em tubulação de aço, por 141 m até a Estação de Condicionamento Prévio (ECP) da Boca do Rio, cuja capacidade inicial é de 3 m³/s, podendo ser dobrada futuramente. A ECP conta com uma caixa de areia, peneiras para retirada de sólidos finos (0,5 mm) e sistema de tratamento de odores.
O efluente segue então pelo emissário terrestre com 1.830 m, construído com pipe jacking, que perfura a terra e instala tubos de concreto de 1,6 m de diâmetro interno. O emissário terrestre segue até a praia dos Artistas e prossegue por baixo da terra por mais 300 m até vencer a área de arrebentação das ondas do mar.
O sistema Jaguaribe foi constituído por meio de Parceria Público-Privada - uma das primeiras na área de saneamento no Brasil -, firmada entre a Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) e a Foz do Brasil, empresa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht.  O empreendimento consumiu R$ 259,2 milhões em investimentos e levou dois anos e meio para ser concluído. O sistema será administrado pela iniciativa privada por 15 anos para depois passar a fazer parte do patrimônio da Embasa.

Fonte: PINIweb

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