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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais mobilidade - esta reportagem ilustra que não é só eu quem está confuso!

A cidade não pode mais esperar



Salvador está parada. Travada. Imobilizada. Se deslocar em qualquer dia, a qualquer hora ou lugar,
 na capital baiana, virou uma verdadeira maratona, quase agonizante, sobretudo, se o trajeto for feito de
ônibus. Distâncias que há até pouco tempo eram percorridas em 30 minutos, por exemplo, levam agora
o dobro de tempo e, muitas vezes, mais que isso. E o detalhe: não precisa ser especialista em trânsito
para enxergar a existência de gargalos históricos na cidade.
O senso comum é que faltam medidas mais enérgicas dos poderes públicos do estado e município. Ações
 simples, como o deslocamento de pontos de ônibus (como o da frente do condomínio Amazônia, na
Paralela), são urgentes, da mesma forma que intervenções viárias de pequeno, médio e grande porte,
que possibilitem a fluidez na capital.
Hoje, a presidente Dilma Rousseff desembarca na capital para anunciar, ao lado do governador Jaques
Wagner, o volume de recursos que o governo federal vai aportar em investimentos em Salvador. 
O que se espera é que esse dnheiro possibilite intervenções que destravem o nó que se tornou o 
complicado ato de ir e vir de baianos e turistas. Os otimistas dizem que haverá tempo hábil para 
construir a linha 2 do metrô, com 22 quilômetros, ligando Lauro de Freitas (pela Avenida Paralela), à linha 
1 (Lapa-Acesso Norte). Isso, até a Copa do Mundo de 2014. 
Já os mais pessimistas usam o exemplo do inacabado trecho 1 (que se arrasta há 12 anos) para apostar
na impossibilidade de o novo trecho ser concretizado. O detalhe é que o segundo tramo da linha 1, até a 
Estação Pirajá, sequer foi iniciado.
Na verdade, o governo do estado aposta todas as fichas na construção do novo modal, como ficou 
explícito durante a apresentação do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que definiu os 
parâmetros da mobilidade urbana. A expectativa do secretário de Planejamento, Zezéu Ribeiro, por 
exemplo, é que o contrato a ser executado através de uma Parceria Público-Privada (PPP) aconteça sem 
muitas limitações.
O que se espera é que o trecho entre Salvador e Lauro de Freitas (que até o momento não foi falado se 
começa antes ou depois de Vilas do Atlântico) seja dividido em várias frentes de trabalho, transformando 
esse percurso num verdadeiro canteiro de obras. O governo garante ainda que haverá controle técnico, 
institucional e social sobre o trabalho.
Aliado a isso, um dos maiores entraves que se colocavam no projeto (além da indefinição orçamentária 
que será esclarecida hoje pela presidente Dilma) era o impasse com os empresários de ônibus. Mas, ao 
que parece, foi construído um grande consenso envolvendo representantes dos modais sobre rodas e
trilhos, num consórcio para tocar as obras e gerir conjuntamente o sistema. 
Até porque, do total a ser investido, R$1,6 bilhão serão relativos ao metrô, enquanto os outros R$ 800 
mil deverão ir para as obras complementares, que envolvem o BRT (Bus Rapid Transit) e o sistema
cicloviário que deverá cortar toda a capital. 
Outra coisa que precisa ficar clara, e que ainda não se tem a devida informação, são as chamadas linhas 
alimentadoras do novo metrô. Já foi anunciada, pelo estado, a intenção de construir vias 
complementares, como a Avenida 29 de Março, ligando a Paralela à BR-324, a Gal Costa e a ligação 
Retiro-Calçada e Iguatemi-Pituba. 
Outro trecho que deverá ser levado em consideração é o que liga a Estação da Lapa à Pituba, passando 
pela Avenida Vasco da Gama e ACM, devido ao grande fluxo da região. O trem do subúrbio também 
deverá ser recuperado e ligado ao sistema. A expectativa, agora, é que a construção do novo sistema de
mobilidade urbana seja colocada em prática, com a sociedade civil organizada acompanhando de perto 
sua execução.

Fonte: Tribuna da Bahia

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