A cidade não pode mais esperar ônibus. Distâncias que há até pouco tempo eram percorridas em 30 minutos, por exemplo, levam agora o dobro de tempo e, muitas vezes, mais que isso. E o detalhe: não precisa ser especialista em trânsito para enxergar a existência de gargalos históricos na cidade. O senso comum é que faltam medidas mais enérgicas dos poderes públicos do estado e município. Ações simples, como o deslocamento de pontos de ônibus (como o da frente do condomínio Amazônia, na Paralela), são urgentes, da mesma forma que intervenções viárias de pequeno, médio e grande porte, que possibilitem a fluidez na capital. Hoje, a presidente Dilma Rousseff desembarca na capital para anunciar, ao lado do governador Jaques Wagner, o volume de recursos que o governo federal vai aportar em investimentos em Salvador. Já os mais pessimistas usam o exemplo do inacabado trecho 1 (que se arrasta há 12 anos) para apostar na impossibilidade de o novo trecho ser concretizado. O detalhe é que o segundo tramo da linha 1, até a Estação Pirajá, sequer foi iniciado. O que se espera é que o trecho entre Salvador e Lauro de Freitas (que até o momento não foi falado se começa antes ou depois de Vilas do Atlântico) seja dividido em várias frentes de trabalho, transformando esse percurso num verdadeiro canteiro de obras. O governo garante ainda que haverá controle técnico, institucional e social sobre o trabalho. Aliado a isso, um dos maiores entraves que se colocavam no projeto (além da indefinição orçamentária que será esclarecida hoje pela presidente Dilma) era o impasse com os empresários de ônibus. Mas, ao que parece, foi construído um grande consenso envolvendo representantes dos modais sobre rodas e trilhos, num consórcio para tocar as obras e gerir conjuntamente o sistema. Até porque, do total a ser investido, R$1,6 bilhão serão relativos ao metrô, enquanto os outros R$ 800 mil deverão ir para as obras complementares, que envolvem o BRT (Bus Rapid Transit) e o sistema cicloviário que deverá cortar toda a capital. Outra coisa que precisa ficar clara, e que ainda não se tem a devida informação, são as chamadas linhas alimentadoras do novo metrô. Já foi anunciada, pelo estado, a intenção de construir vias complementares, como a Avenida 29 de Março, ligando a Paralela à BR-324, a Gal Costa e a ligação Retiro-Calçada e Iguatemi-Pituba. Outro trecho que deverá ser levado em consideração é o que liga a Estação da Lapa à Pituba, passando pela Avenida Vasco da Gama e ACM, devido ao grande fluxo da região. O trem do subúrbio também deverá ser recuperado e ligado ao sistema. A expectativa, agora, é que a construção do novo sistema de mobilidade urbana seja colocada em prática, com a sociedade civil organizada acompanhando de perto sua execução. Fonte: Tribuna da Bahia |
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Quem sou eu
- José Raimundo
- Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Mais mobilidade - esta reportagem ilustra que não é só eu quem está confuso!
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