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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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sábado, 14 de janeiro de 2012

História do carnaval baiano

70 Anos de história


O Palácio Rio Branco, um marco na história de Salvador, receberá a décima edição da exposição ‘Corredor da História’, em comemoração aos 70 anos da invenção do ‘Pau Elétrico’, precursor da guitarra baiana, instrumento que revolucionou a música brasileira. A abertura será no dia 17 de janeiro, às 10h, e a exposição fica em cartaz até 05 de fevereiro, com entrada franca. 

Os visitantes poderão conhecer a história do trio elétrico, desde a invenção do ‘Pau Elétrico’, por Dodô e Osmar, em 1942, até os dias de hoje.  Organizada pela Terra do Som Produções, a exposição ‘Corredor da História’ é uma oportunidade única de entender um pouco mais sobre a magia transformadora do caminhão da alegria, mais conhecido como trio elétrico. São 21 banners com textos e fotos, que contam essa história através dos anos, com fatos e personagens históricos, e sempre com muita música.


Tudo começou quando Dodô e Osmar se conheceram, em 1939. Logo depois, surgiu o grupo musical “Três e Meio”, onde os dois tocavam. Alguns anos depois, veio a invenção do ‘Pau Elétrico’, instrumento de madeira maciça que evitava a microfonia, permitindo que os músicos ligassem os aparelhos na eletricidade, sem fazer aquele som agudo de apito. Com o tempo, o ‘Pau Elétrico’ foi sendo aperfeiçoado por Osmar e Dodô, até que tomou a forma de uma guitarra pequena. 

Foi assim que, na década de 70, Armandinho Macêdo  batizou a guitarrinha de guitarra baiana, por ser inventada e produzida totalmente na Bahia, com um som característico da música feita aqui. Como Dodô e Osmar tocavam instrumentos elétricos, e se apresentavam sozinhos, eles formaram  a “Dupla Elétrica” e foi essa dupla, juntamente com mais um amigo, que em 1950 saiu pelas ruas de Salvador em cima de um carro todo estilizado e tocando os frevos mais elétricos do mundo. Estava criado o “Trio Elétrico”.
 
Segundo Aroldo Macêdo, filho de Osmar e curador da exposição, a história do trio elétrico é fascinante e cheia de curiosidades. Pouca gente sabe, por exemplo, que quando a Fobica saiu nas ruas pela primeira vez, em fevereiro de 1950, ela desceu a Rua Chile e acabou subindo a Avenida Sete de Setembro, na contramão, encontrando pela frente o Clube Fantoches da Euterpe, até então o bloco mais tradicional do Carnaval de Salvador, e que esse encontro foi uma grande confusão. 

Outro fato interessante é que, no último dia do Carnaval de 50, quando a dupla se apresentava novamente na Fobica, ao chegar à Praça Castro Alves, já havia muita gente esperando ansiosa pela música vibrante. Osmar e Dodô queriam ficar ali e tocar para eles, mas perceberam que o carro continuava a andar. Osmar pediu para Olegário, amigo e motorista da Fobica, parasse o carro. Foi aí que Olegário falou: “Seu Osmar, já quebrou o freio e a embreagem. É o povo que está empurrando o carro”.
 
Durante a exposição, o público poderá ver ainda todos os modelos de guitarra baiana criados desde 1950, acompanhando a evolução desse instrumento único. Outra novidade neste ano é a Janela Elétrica, apresentações musicais que acontecerão nas janelas do Palácio Rio Branco, sempre na hora do pôr do sol, 3 vezes por semana, com convidados especiais. Tudo isso de graça, para que todos possam conhecer de perto a história do trio elétrico.

Fonte: Tribuna da Bahia

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