Quem sou eu

Minha foto
Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

Páginas

sábado, 14 de janeiro de 2012

Saúde - dicas de pronto-socorro

Convulsão


image

convulsão ou ataque, como é vulgarmente chamada, é uma descarga bio -energética temporária com origem no cérebro. Desencadeia alterações no organismo a nível do estado de consciência, tonicidade muscular e esfíncteres.

Sinais e Sintomas
Durante a crise a pessoa pode apresentar várias alterações no organismo:
- Agitação psicomotora,
- Olhar ausente.
- Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral,
- Perca da consciência (perder os sentidos) que pode causar uma queda desamparada,
- Espasmos musculares (contracções) que podem ser suaves ou muito fortes,
- Aumento da salivação (sialorreia),
- Encerramento da boca com muita força, há o perigo de morder a língua e lábios,
- Descontrolo dos esfíncteres (urina e/ou fezes).

Como actuar
- A pessoa que está ao pé da pessoa deve tentar manter a calma.
- Garantir a segurança da pessoa ao afastar objectos e pessoas curiosas. Se a pessoa sofreu um acidente de viação, não deve ser retirada do local porque pode ter lesões e pôr em risco a vida da vítima, se for movida inadequadamente. Nesta situação deve ser colocada uma sinalização no local do acidente, enquanto não chega a polícia.
- Chame ou mande alguém ligar para os bombeiros, informar os bombeiros sobre a situação da vítima - crise convulsiva, se respira ou não e se está consciente.
- Não deixar curiosos tocar na vítima e impedir que imobilizem os braços e as pernas.
- Se a pessoa estiver com movimentos da cabeça, esta deve ser protegida colocando por baixo uma peça de roupa ou a mão de outra pessoa.
- Se houver encerramento dos dentes, não se deve tentar abrir a boca nem colocar a mão na boca.
- Devido ao aumento da saliva e caso seja possível, lateralizar a cabeça para drenar a saliva, diminuindo a probabilidade de entrar saliva para os pulmões.
- Depois da crise convulsiva, é normal as pessoas sentirem fadiga pelo não é perigoso esta dormir enquanto não chegam os bombeiros.
- Não dar medicamentos porque o reflexo de engolir (deglutição) pode não estar recuperado e a pessoa engasga-se.
- Nas crianças a febre pode provocar convulsões. Não se deve dar xarope pelo motivo descrito anteriormente. Pode ser administrado, após a convulsão, um supositório para baixar a febre, dar um banho com água morna e de seguida levar ao médico.
- Reduzir ao máximo o barulho e a luz porque podem estimular os sintomas durante a crise.
- Após a convulsão, se a pessoa estiver a respirar, esta pode ser colocada em posição lateral de segurança.


Sempre que se presencia uma crise convulsiva, deve-se registar o tempo da convulsão, se houve algum factor desencadeante, as características da crise e se houve incontinência. São dados importantes para os profissionais de saúde.


Overdose


image

Overdose é a ingestão de drogas ou medicamentos em quantidade superior à que o organismo consegue metabolizar. A ingestão pode ser propositada ou acidental.

A overdose é uma emergência médica, a pessoa deve ser assistida imediatamente devido ao risco de morte.

A overdose pode ser provocada pela ingestão de drogas ilícitas como a heroína e cocaína, mas também pode ser pela ingestão de medicamentos.

Há alguns sintomas que permitem identificar a overdose como pupilas dilatadas ou que não contraem correctamente, vómitos, suores, dificuldade em respirar, perda da consciência, alucinações, alteração nos batimentos do coração, dor no peito, etc.

Como actuar?

Se a pessoa está consciente, ou seja, se ainda consegue responder, pergunte qual a droga que tomou, quantidade, quando e se foi pela boca ou veia.

Deve-se recolher o máximo de informação porque a vítima pode ficar inconsciente em pouco tempo. Se ficar inconsciente mas a respirar coloque-a em posição lateral de segurança e de seguida chame uma ambulância. Se não respirar, chame a ambulância e de seguida inicie suporte básico de vida, se tiver conhecimento.

Se perto da vítima houver comprimidos ou embalagens de alguma substância, envie com os bombeiros, para facilitar a identificação do agente causador da overdose.

No hospital o tratamento varia consoante a droga. Se foi ingerido medicação, o médico pede para colocar uma sonda pelo nariz até ao estômago para fazer lavagem ao estômago, colocando e retirando várias vezes soro ou água pela sonda até esta saír limpa. O médico pode ainda prescrever a administração de carvão activado que se coloca no estômago pela sonda. O carvão impede a absorção do medicamento pelo estômago e intestinos. O doente é encaminhado para consulta de psiquiatria ou psicologia.

Em situações de outras drogas pode ser necessário administrar numa veia naloxona ou anexate, consoante a droga.


Paragem cardio-respiratória



image

Uma pessoa está em paragem cardio-respiratória (PCR) se não apresentar sinais de circulação sanguínea, ou seja, se não tiver batimentos cardíacos ou estes forem ineficazes.
Qualquer pessoa pode entrar em PCR, pelo que é fundamental saber como actuar numa situação desta, em que a taxa de sobrevivência reduz rapidamente a cada minuto que passa, e a de sofrer lesões cerebrais aumenta, se não houver reanimação cardiopulmonar (RCP) de imediato. Estas pessoas ficam inconscientes em poucos segundos devido a não chegar sangue ao cérebro.
As manobras de RCP permitem a chegada de algum fluxo de sangue ao cérebro, aumentando a viabilidade deste.
As causas são várias, ataque cardíaco, choque circulatório ou séptico, afogamento, trauma,electrocussão, envenenamento, aspiração de um corpo estranho, etc.
Os factores de risco são a obesidade,hipertensãodiabetes, tabagismo, vida sedentária, idade e stress.

Como verificar se a pessoa está em paragem respiratória e cardíaca
Pode haver paragem respiratória sem paragem cardíaca, mas o inverso não. Mas, se a vítima não recuperar a respiração em minutos, acaba por entrar também em paragem cardíaca.
Sempre que observar uma pessoa caída, deve em primeiro lugar avaliar se há condições de segurança para si, terceiros e para a própria vítima. Depois de verificadas e asseguradas, aborda a vítima. Se por exemplo, esta estiver junto de um muro em perigo de desmoronamento, esta deve ser removida.
De seguida, avalia o estado de consciência, abanando os ombros e perguntando “ Como se sente”. Se responde, é sinal que está consciente. Tenta saber o que aconteceu e liga aos bombeiros se necessário.
Se não responde, está inconsciente. Grite por ajuda e pesquise a presença de algum objecto na boca a impedir a passagem de ar. Se não tem, verifique se respira e tem pulsação.
Se está inconsciente e respira, coloca em posição lateral de segurança e chama os bombeiros.
Se não respira e não tem pulso (PCR), chama os bombeiros e inicia reanimação cardio-respiratória, se tiver formação.
Como avaliar sinais de circulação
No pulso conta-se os batimentos do coração através das artérias. Pode ser avaliado em vários pontos e mede­-se em pulsações por minuto (p/m). O número normal varia com a idade, estado físico, repouso e stress.
- Bebés : 70 a 170 p/m
- Crianças até 12 anos: 70 a 110 p/m
- Adultos : 60 a 170 p/m
Onde avaliar o pulso
- Pressionar levemente sobre o peito esquerdo.
- Pressionar o lado interno do pulso, sobre a artéria radial, com os dedos indicador e médio.
- Pressionar sobre a virilha – artéria femural.
- Palpar a artéria que passa no lado interno do braço – artéria braquial.
- Palpar a artéria que passa no pescoço, no sulco que fica a 2cm da maça de Adão – artéria jugular.

Como avaliar se respira
Coloca a vítima de barriga para cima e desaperta a roupa. Coloca uma mão na testa para elevar a cabeça para trás e os dedos indicador e médio da outra no queixo sobre o maxilar inferior, ajudam na inclinação e abertura da boca juntamente com o polegar.
Põe a sua face junto à da pessoa e durante 10 segundos tenta ver se há movimentos no tórax, ruídos respiratórios e se sente na face fluxo de ar da pessoa.
Durante este tempo tenta pesquisar sinais de circulação, conforme descrito anteriormente.
Se a vítima não respira e não tem pulso, chame os bombeiros e inicie RCP se tiver formação.

Como fazer reanimação respiratória
Coloca a vítima de barriga para cima e desaperta a roupa. Coloca uma mão na testa para elevar a cabeça para trás e os dedos indicador e médio da outra no queixo sobre o maxilar inferior, ajudam na inclinação e abertura da boca juntamente com o polegar.
O dedo indicador e polegar da mão que está na testa fecham o nariz, em forma de pinça. Faz uma inspiração normal e expira na boca da vítima durante 1 segundo, sem se forçar a entrada, a um ritmo de 10 por minuto. Em cada ventilação (insuflação), observa a expansão do tórax para verificar a eficácia. Ao fim de 10 ventilações deve avaliar se a vítima recuperou a respiração ou se entrou em paragem cardíaca,
Os lábios do reanimador devem ficar bem selados aos da vítima, para não haver fuga de ar e a ventilação ser ineficaz. Nas crianças, a boca do reanimador tem que abranger a boca e o nariz e as insuflações são com menos ar.
Se a vítima inconsciente recuperar a respiração, coloca em posição lateral de segurança.
Se a vítima apresentar lesões na boca, a respiração pode ser feita entre a boca do reanimador e o nariz da vítima, usando a mesma técnica de elevar a cabeça, mas não se abre a boca. O ritmo e a intensidade de insuflação são iguais.
Se a vítima entrar em paragem cardíaca e respiratória deve iniciar 30 compressões cardíacas alternando com 2 ventilações.

Como fazer compressões cardíacas
- Ajoelhe-se ao lado do tronco da vítima.
- Coloque a eminência tenar de uma das mãos no centro do tórax da vítima e a palma da outra mão por cima desta e entrelaça os dedos. Não fazer pressão nas costelas, apenas na zona central do esterno.
- De forma perpendicular ao tórax da vitima e com os braços estendidos, faz compressões de 4 a 5 cm no esterno, para que o tempo de compressão seja igual ao de descompressão, a um ritmo de 100 por minuto.

Nas PCR faz-se 30 compressões seguidas de duas insuflações e assim sucessivamente, até a vítima recuperar, chegarem os bombeiros ou o reanimador ficar exausto.

Hemorragia


image

hemorragia é a saída de sangue de dentro dos vasos sanguíneos ou coração para o espaço entre as células (hemorragia interna) ou para fora do organismo (hemorragia externa).
A hemorragia pode ser desencadeada por um traumatismo, fragilidade dos vasos sanguíneos ou aumento da pressão do sangue.
Se não for detectada ou se for num vaso de grande calibre, a vítima pode perder demasiado sangue e morrer.

Modo de actuação
O objectivo é parar a hemorragia o mais depressa possível.
- Sempre que possível, usar medidas de protecção individual, como luvas, bata e máscara.
- Retirar a roupa da vítima, no local do sangramento de forma a expor o local da ferida.
- Fazer pressão nessa zona com compressas ou um pano limpo. Se não for eficaz, tentar aproximar os bordos da ferida.
- Elevar a zona da hemorragia, de forma a ficar mais alta do que o coração, para reduzir o volume da hemorragia.
- Se a ferida apresentar alguma coisa espetada não remover porque pode aumentar a hemorragia ou permitir a entrada de ar, consoante o local onde se encontra inserido.
- Deitar a vítima e elevar as pernas, se esta apresentar sinais de desmaio.
- Cobrir a vítima porque sentem muito frio.
- Não dar comida nem bebida porque pode ser necessário operar de urgência.
- Manter a vítima calma.
- Pedir ajuda.

Se estiver perante uma vítima traumatizada, é fundamental ter cuidado com os movimentos da cabeça e pescoço, para não causar lesões irreversíveis na coluna cervical.
Se a vítima estiver a respirar e num local seguro, não se retira desse local nem se muda de posição até chegarem os bombeiros.
Nunca se exponha a riscos ao socorrer uma vítima.

Fonte: Conhecer Saúde


Nenhum comentário:

Postar um comentário