Aeroclube, uma agonia sem fim à vista
Não há prazo para o julgamento do caso envolvendo o embargo das obras do Aeroclube no Tribunal Regional Federal, da 1ª região, em Brasília. A assessoria do Tribunal informou através de e-mail que “conforme andamento processual, os agravos em questão não constam de pauta de julgamento até o presente momento”.
Ainda segundo o e-mail, de acordo com o gabinete do juiz encarregado de julgar o caso, o desembargador Carlos Moreira Alves, “não há como prever se entrarão em pauta ainda neste ano, visto o número exacerbado de processos a serem julgados pelo gabinete e por não existir pautas com tamanha antecedência”.
A situação se arrasta a quatro anos, representando sofrimento financeiro e psicológico para os lojistas e uma imagem clara do abandono em Salvador, se transformando num monstrengo que enfeia um dos pontos mais bonitos da capital baiana, sua orla, na região da Boca do Rio.
A paralisação das obras do Aeroclube, que se iniciou em 2007, gerou e ainda gera prejuízos incalculáveis. Somente com a obra e a manutenção a assessoria do shopping calculou, na época, custos superiores a R$ 100 milhões, sem contar com os danos financeiros individuais de cada um dos lojistas.
No auge das operações, em 1999, ano em que foi inaugurado, o Aeroclube chegou a computar 115 empreendimentos em operação, num mega investimento de R$ 50 milhões e geração de 10 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente apenas 20 lojistas mantêm suas lojas em funcionamento amargando prejuízos incalculáveis.
TB acompanha o caso
A Tribuna da Bahia vem acompanhando a situação do Aeroclube - localizado num dos melhores pontos de Salvador, na Orla, o maior shopping a céu aberto da Bahia é hoje um retrato do descaso, abandonado e sem ofertar atrativos a moradores e turistas.
O mais inacreditável é que, mais de um ano depois da sentença favorável emitida pelo juiz federal da 11ª Vara na Bahia, Saulo Casali, julgando improcedente a ação que embargava as obras de reforma e ampliação do Aeroclube, a situação não mudou porque ainda não houve o julgamento do caso no Tribunal Regional Federal, da 1ª região, em Brasília. O desembargador encarregado, Carlos Moreira Alves, ainda não se manifestou e não há previsão que ele venha se manifestar sobre o caso ainda neste ano, segundo a própria assessoria do Tribunal.
Fonte: Tribuna da Bahia
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