Prefeitura conta com parceria para tentar resolver trânsito da cidade
Sem recursos em caixa para resolver os problemas, o prefeito João Henrique Carneiro precisa contar com a ajuda dos governos estadual e federal
Sem recursos em caixa para resolver os problemas, o prefeito João Henrique Carneiro precisa contar com a ajuda dos governos estadual e federal para executar parte das obras. Os 21 projetos que visam resolver os gargalos da cidade estão orçados em R$ 21 milhões. O valor será repassado pela Embasa e faz parte de um convênio assinado entre a prefeitura e o estado. Pelo acordo, que precisa ser aprovado na Câmara de Salvador, a concessionária de água e esgoto vai pagar à prefeitura pela utilização das redes municipais. “O custo é baixo e o impacto, muito alto”, avalia o prefeito João Henrique.
No limite
A parceria conta com outras obras para melhoraria da mobilidade urbana. “Há pouco tempo, o governo estadual anunciou um sistema misto de transporte, formado por um corredor central de veículos sobre trilhos, além do BRT (Bus Rapid Transit) em algumas das principais vias de Salvador, projeto orçado em cerca de R$ 3 bilhões”, disse o prefeito. Do total, R$ 570,3 milhões serão bancados pelo Ministério das Cidades e o restante (R$ 2.429,7 bilhões) pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana. Mas ainda faltam definições para esse projeto sair do papel.Qualidade em baixaProfessora e coordenadora do Departamento de Transportes da Escola Politécnica da Ufba, Cira Pitombo avalia que a baixa qualidade do transporte público e o aumento da frota de veículos são os responsáveis pelos engarrafamentos na cidade. “Mesmo fora dos horários de pico, as principais ruas e avenidas de Salvador operam acima de suas capacidades”, lembra Cira.Além da falta de investimentos em obras estruturantes, como a construção de viadutos, o crescimento do número de carros e motos em Salvador também contribui para deixar motoristas cada vez mais estressados.Dados do Detran revelam que, em maio de 2005, havia na capital baiana 521.563 veículos cadastrados. Em maio (seis anos depois), o número de automóveis era de 748.350 — aumento de 43,4%. Dados sobre motos são ainda mais assustadores: de 40.089 para 87.958 (aumento de 119,4%) no mesmo período.Para Cira Pitombo, o problema dos engarrafamentos somente será resolvido quando os baianos aprenderem a usar o transporte público. “É claro que não é o sistema que temos hoje, mas sim um transporte público de qualidade”. Segundo a professora, no Brasil os ônibus estão relacionados às pessoas de ‘baixa renda’, ao contrário do resto do mundo.
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Fonte: iBahia
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