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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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sábado, 20 de agosto de 2011

Economia - mais investimentos para a indústria petroquímica baiana

Camaçari terá Polo Acrílico com investimento de R$ 1,2 bilhão

Unidade ocupará boa parte de uma área de 14 hectares, o equivalente a 14 Maracanãs


Foram cinco meses de suspense até o anúncio oficial, feito ontem, de que a Basf será a empresa líder do Polo Acrílico da Bahia. O investimento é superior a R$ 1,2 bilhão, no maior aporte da Basf em seus 100 anos na América do Sul. Mas isso não é tudo. A vinda da gigante alemã para o estado estimulará a atração de, pelo menos, outras seis indústrias, cujas negociações estão adiantadas (veja abaixo).
A fábrica da Basf será construída no Polo de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo o diretor da Divisão de Químicos Industriais da Basf para América do Sul, Carlos Eggers, a unidade ocupará boa parte de uma área de 14 hectares, o equivalente a 14 Maracanãs. As obras começarão já no próximo mês e o início das operações está previsto para o último trimestre de 2014. Ao todo, serão gerados 230 empregos diretos, outros 600 indiretos e 1 mil no período de construção.
No complexo serão produzidos ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP). O ácido acrílico e o acrilato de butila são usados na fabricação de tintas, na indústria têxtil e no setor de mineração, entre outros. Já os polímeros superabsorventes são matérias-primas e insumos para as indústrias de fraldas e absorventes, para o tratamento de água e extração de petróleo, entre outras aplicações.
A Braskem é quem vai fornecer matéria-prima (propeno e soda) e utilidades (energia, vapor, água, ar de serviço, etc) para a produção, de escala global - superior a 160 mil toneladas. O vice-presidente da Braskem, Manoel Carnaúba, explicou que o propeno a ser fornecido para a Basf, no valor aproximado de US$ 200 milhões por ano, será a principal matéria-prima para a produção do ácido acrílico, bem como o acrilato de butila, e os SAP. Ele informou, entretanto, que não haverá aumento na produção.
“A Braskem já exporta esse tipo de produto para a empresa. O que vai acontecer, agora, é que o produto passará a ser consumido no mercado interno com agregação de valor, gerando efeitos positivos para a balança comercial do Brasil, pela substituição de importações de ácido acrílico, acrilatos e superabsorvente”.
Esse mesmo aspecto foi ressaltado pelo vice-presidente sênior da Basf para a América do Sul, Michel Mertens. “Vamos substituir pelo menos R$ 200 milhões de importação e outros R$ 100 milhões de exportação no primeiro ano de funcionamento. Isso é muito importante para a balança comercial”.
De acordo com Carnaúba, para escoar essa produção para a Basf, a Braskem investirá R$ 48 milhões na implantação de infraestrutura e de logística para o transporte do material, como dutos e tubulações. 

  


Acordo 


Carnaúba ressaltou que o ponto principal para que a Braskem fechasse acordo com a Basf na instalação do Polo Acrílico no estado foi a questão tecnológica. “É uma empresa líder mundial em tecnologia e está sempre se atualizando. Isso, sem dúvida, é um ponto forte, pois acelera a implantação [do Polo Acrílico]”.

Michel Mertens destacou que a vinda da companhia alemã para a Bahia foi influenciada pela disponibilidade da matéria-prima e a existência de um polo petroquímico, onde a empresa já possui uma planta. Além disso, ele apontou o potencial de consumo do Brasil, principalmente da região Nordeste.
Mertens não quis revelar a capacidade total de produção da fábrica baiana, por causa da concorrência, mas a informação é de que, no caso do ácido acrílico, deve ficar em torno de 160 mil toneladas por ano, com possibilidade de expansão. De acordo com ele, 80% do que será produzido na Bahia abastecerá o mercado interno. 


O restante deverá ser exportado, pelo menos numa primeira etapa, já que a meta é comercializar 100% da produção da unidade no mercado interno.


Mais empresas estão em negociação

O secretário da Indústria, Comércio e Mineração do estado (SICM), James Correia, confirmou que, com o projeto da Basf, pelo menos outras seis empresas devem anunciar, ainda este ano, a instalação de suas fábricas aqui na Bahia. Entre elas está a Kimberly-Clark, fabricante do absorvente Intimus.
As negociações estariam adiantadas também com uma fábrica de fraldas descartáveis e outra de tintas. “Estamos bastante otimistas. Acreditamos que a Bahia vai dar um grande salto no setor químico”, afirmou. De acordo com Correia, a ideia é encerrar o governo, em 2014, tendo captado investimentos em torno de R$ 11 bilhões no setor petroquímico do estado.
“O projeto da Basf, sem dúvidas, vai atrair todo o olhar das grandes empresas do mundo para cá. O Polo Acrílico vai nos permitir atuar em várias dimensões”, ressaltou. 
Fonte: Correio da Bahia

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