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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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sábado, 20 de agosto de 2011

Envelhecimento - você está preparado?


A chegada do envelhecimento. Você está preparado para esta fase da vida?

Muito tem se falado na terceira idade, melhor idade, amadurecimento. Mas será que a cabeça vai estar pronta quando o corpo começar a mudar?

Segundo estimativa do IBGE, até 2020, 13% da população brasileira estará constituída de pessoas com mais de 60 anos, o que acarreta em um envelhecimento da população, fenômeno comum nos países em desenvolvimento. Mas o que é envelhecimento? Quais as alterações associadas? E quais as possíveis intervenções psicológicas para um desenvolvimento saudável do idoso?

O envelhecimento é um processo progressivo e imutável, comum a todos os indivíduos desde o nascimento. Fazem parte dele, mudanças corporais, na funcionalidade dos órgãos, na bioquímica e mudanças psíquicas por conseqüências do envelhecer.
Com o avanço da idade cronológica, as capacidades físicas diminuem, podendo ocorrer a redução de peso e do volume cerebral, alterações no funcionamento de alguns órgãos como o coração, pulmão, articulações ficam mais endurecidas o que pode acarretar no encurvamento da postura, aparecimento de cabelos brancos e maior acometimento de doenças crônico-degenerativas, como as demências.

Dentre as alterações comuns ao se envelhecer, psicologicamente o idoso pode apresentar sentimento de incapacidade e de “velhice”, estresse e depressão diante a nova etapa de desenvolvimento. Alguns traços de mudanças comportamentais podem ser observados como a diminuição da capacidade de adaptação ao meio social, isolamento, que podem colocar o idoso um estado de vulnerabilidade social e com uma maior possibilidade para adoecimentos.






Com isso percebe-se que o indivíduo idoso passa por diversas mudanças comuns ao processo de envelhecimento. Mas é importante salientar que ao se envelhecer, mudam-se também os papéis sociais, o arranjo familiar, a relação com o trabalho. Passa-se a ter um envolvimento menos ativo com a sociedade, uma vez que geralmente os indivíduos se aposentam e os filhos passam a constituir os seus próprios núcleos familiares. 

Todas essas mudanças irão interferir na subjetividade do indivíduo, na sua forma de pensar e agir. É imprescindível estar atento para observar se essas mudanças irão ocorrer de forma saudável ou negativa, no caso de aparecimentos de adoecimentos psíquicos e comportamentais que o afastem ou dificultem o seu convívio com a sociedade, família, amigos.

Quando essas limitações passam a ocorrer de forma negativa, gerando sofrimento intenso psíquico, um processo psicoterapêutico pode viabilizar recursos para lidar com dificuldades emocionais e tornar compreensível possíveis mudanças, refletindo na melhoria da autoestima, da autoconfiança e da qualidade de vida.

Entretanto os idosos procuram terapia, geralmente, em função de encaminhamento médico e familiar, uma minoria faz parte de uma demanda espontânea. Esse dado pode refletir considerações relacionadas às crenças de atitudes e comportamentos rígidos e difíceis de serem mudados. Muitos não procuro o apoio de um terapeuta pois não visualizam os benefícios ou não conhecem os métodos e abordagens dentro da psicologia. Outra questão pode estar relacionada à redução salarial (aposentadorias e pensões), influenciando na dificuldade de pagar uma terapia. 

Diante desse contexto, faz-se necessário esclarecer os benefícios provenientes de um processo terapêutico tanto individual, quanto grupal, além de despertar no profissional de psicologia a necessidade de criar estratégias para facilitar o acesso dessa população à psicoterapia, como uma clínica social.


Por um lado, a idade madura traz uma nova relação com a saúde, com o corpo e com o autocuidado, por outro, reúne experiências e a construção de uma forma de ser. As intervenções psicológicas propõem atitudes reflexivas e ressignificantes, através da percepção da história de vida, das perdas e restrições e amplitude das possíveis realizações, despertando no idoso motivação e interesse pela própria vida.

No atendimento em grupo, além dessas contemplações, a psicoterapia proporciona troca de experiências, suporte e auxílio mútuo e relacionamento interpessoal, garantindo um espaço de troca e investimento, estimulando busca de bem-estar e autocuidado, sendo eficaz em seus objetivos.

A sensação de ser escutado e compreendido gera, no idoso, formas de enfrentamento, tornando-o ativo e participativo em suas questões, através de atitudes reflexivas, além de promover uma valorização de si e da sua fase de vida.

Fonte: iSaúdeBahia

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