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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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sábado, 10 de setembro de 2011

Economia - mais dinamismo para o porto de Salvador

Carne e café da Bahia poderão ser exportados por contêineres



Com um projeto ousado, orçado em R$ 180 milhões, o Terminal de Contêineres de Salvador, Tecon, empresa do Grupo Wilson,Sons, pretende deslanchar a economia baiana incrementando o comércio marítimo no estado a partir do terminal de Salvador. 

“No ano passado, fomos o 11º porto em movimentação de contêineres no país. Até 2005 ocupávamos a quinta colocação.O Porto de Salvador enfrentava três grandes problemas que, de certa forma, levaram-no a ser considerado como um dos piores portos do Brasil. 

Dentre esses problemas está a acessibilidade hidroviária com um canal de acesso raso, de apenas 12 m, mas que, com as obras de dragagem do governo federal, passou a ter agora 15 m, solucionando essa situação. Outro ponto fazia referência ao acesso rodoviário, que com a Via Expressa será sanado.

O último dizia respeito ao estrangulamento do terminal, que, com as obras em curso, promovidas pelo Tecon, e a previsão da chegada de equipamentos novos agora em novembro e entrada em operação já em março do próximo ano, vão sanar os problemas, aumentando a competitividade do Estado. Nossa função não será apenas de um operador de terminal, mas de um indutor da alavancagem da economia da Bahia”, diz o diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço Juúnior. 

Ele ainda faz considerações. “A Bahia possui o terceiro maior rebanho bovino do país e a carne não é exportada pelos portos baianos, assim como o café da Bahia, que são exportados pelos portos do sudeste do país, gerando mais despesas, pois são acrescidos valores de frete, sem esquecer da situação das rodoviárias do país, que, além da insegurança, encarece o preço final do produto, ao passo que, sendo exportado por Salvador reduziria os valores de transportes pelas estradas, geraria mais emprego e renda para o estado e aumentaria a competitividade da produção baiana”, avalia. Lourenço Junior recorda que, recentemente, o Terminal de contêineres de Salvador recebeu o maquinário do parque eólico da Bahia. 

“As obras no Terminal estão sendo importantes para aumentar a competitividade do estado. Entre os equipamentos novos que chegarão da China em novembro próximo, citamos três novos portêineres, que são os guindastes de carga e descarga, seis novos RTG, que são as pontes rolantes. 

A altura atual dos equipamentos que aqui se encontram é de 28 m, os novos possuem 38 metros”, menciona. Demir destaca que os navios que trafegam pelas rotas marítimas aumentaram as proporções nos últimos anos e com isso houve uma necessidade de readequação do porto. 

“Trabalhávamos num espaço de 74 mil metros quadrados e agora vamos dispor de 118 mil metros quadrados. Dispomos de uma área em Porto Seco Pirajá com 83 mil metros quadrados para recebimento, verificação de equipamentos e manutenção que também sofrerá intervenção visando a melhoria do serviço prestado. Com a realização das obras, nossa capacidade será duplicada. Hoje exportamos 270 mil TEUs e com a conclusão das obras irá para 520 mil TEUs” revela.

Aquisição de equipamentos


Demir Lourenço Júnior menciona o trabalho feito pelo Tecon para ampliar a quantidade de cargas transportadas via contêineres. “Atualmente trabalhamos com duas frentes: uma para acelerar as obras e a aquisição de equipamentos, e a segunda para atração de novas rotas para o Porto. 

Estamos, em paralelo, identificando e trabalhando junto aos mercados de cargas da Bahia que hoje saem de portos de outros estados. Estamos verificando os gargalos para que os produtos saiam de Salvador ou utilizem contêineres. Recentemente exportamos o algodão e a soja do Oeste da Bahia. É nossa intenção exportar também o café”, 

diz. Ele faz ressalvas ao trabalho que vem sendo feito no tocante a mercados internacionais para promoção do produto baiano. “O café produzido em São Paulo é reconhecido internacionalmente. Também estamos atuando numa maior promoção do café baiano no mercado internacional”, informa.

Demir prevê já para 2012 o aumento da capacidade do terminal em 113%. A benfeitoria vai trazer aumento na produtividade. Hoje ela está em torno de 40 movimentos por hora e depois será de 60. “Temos um berço de atracação. Com as obras serão dois berços e a intenção é que no começo de 2012 a reforma do Terminal esteja finalizada”, frisa. Entre 2000 a 2010, o Tecon investiu US$ 30 milhões no porto. 

“Estamos trabalhando com serviços de escala direta. Navios de grande porte passam a aportar em Salvador por conta das obras de dragagem e segue para destinos como a Ásia. Esta realização gera diminuição nos custos para transporte para os portos do Sul, uma vez que os exportadores podem enviar diretamente de Salvador sua produção para o mundo”, explica.
Fonte: Tribuna da Bahia.

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