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Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cultura e Arte - Projeto Rodin Itinerante

Santo Amaro da Purificação recebe a primeira edição do Projeto Rodin Itinerante




O Solar Paraíso, bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, em Santo Amaro da Purificação, vai sediar, a partir do dia 29 de julho próximo, a primeira etapa do projeto Rodin Itinerante, que promove a interiorização das ações do museu, levando para seis cidades do interior baiano a arte escultórica de Auguste Rodin em 30 painéis reproduzidos a partir das obras do artista. 

O Projeto busca proporcionar maior acessibilidade à arte do maior escultor contemporâneo do mundo, cujas obras (62) estão expostas no Palacete das Artes Rodin Bahia.

A mostra “Auguste Rodin: Homem e Gênio” já foi visitada por aproximadamente 200.000 pessoas de todas as partes do Brasil, e permanece na Bahia até 2012, proporcionando um vasto programa de ações educativas sucessivas e gratuitas, das quais fazem parte as Oficinas de Arte e Cerâmica, os projetos Memórias do Palacete e Re-lendo Rodin.

O Projeto Rodin Itinerante é parte da proposta da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através da Diretoria de Museus do IPAC, de promover um diálogo constante de arte e cultura com a população do interior, através de atividades culturais e sócio–educativas, desta vez tendo como base a arte do maior escultor francês de todos os tempos.

Nesse Projeto, serão expostos 30 painéis em fotos plotadas das principais obras do acervo de Rodin na Bahia, entre elas “O Pensador”, “EVA”, “Homem que Anda”, “Avareza e Luxúria|”, “O Beijo”, “A Meditação”, “A Mártir”.

Como parte da estratégia do Projeto, serão distribuídas na rede escolar de cada município, cópias de DVD que conta a história do Palacete das Artes, além de folhetos, livretos e cartilhas.

As equipes de produção e museologia do Palacete darão treinamento a monitores locaisselecionados entre os profissionais de educação e cultura de cada cidade. O Projeto Rodin Itinerante, conta com a consultoria da professora Heloísa Helena Costa, curadora científica da mostra de Auguste Rodin e percorrerá ao todo, seis cidades do interior baiano, com permanência de 30 trinta dias em cada uma delas. A visitação é Gratuita.

RODIN NO SOLAR PARAÍSO

A primeira cidade a sediar o Projeto Rodin Itinerante será Santo Amaro da Purificação. O local, o Solar Paraíso, um imponente Sobrado, é um importante patrimônio arquitetônico e histórico construído no século XIX e tombado em 1986 pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, coincidentemente, no mesmo ano e no mesmo Livro de Registro de Tombamentos do IPAC que o Casarão da Família Bernardo Catharino, na Graça, que abriga o Palacete das Artes Rodin Bahia.

Pesquisas da atual proprietária do Solar Paraíso, Lucilia Libório Trzan, indicam que o sobrado foi adquirido em 1977 pelo Senhor João Ferreira de Araújo, que teria adquirido a propriedade dos beneditinos, ainda no século XVIII, sendo vendida mais tarde para o Dr. José Moreira de Carvalho, pai do Conde de Subaé, com a morte deste, passou a ser propriedade de Dona Maria de Carvalho Pinho.

No século XIX, o Sobrado passou a pertencer a Ernesto Ehremberg, que o deixou como herança para seu genro, o capitão Alípio Marcos de Campos, casado com Francisca Romana Erhemberg. Por morte do capitão, Francisca herdou o sobrado. Não tinha filhos e, por esta razão, deixou em testamento que, por sua morte, o solar ficaria para a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro.  O vice-provedor da época, José Wanderley de Araújo Pinho, arrendou o sobrado para Antônio de Freitas Campos e sua esposa Haydil Barros.

Durante a IIª Guerra Mundial, o Solar Paraíso foi vendido ao iugoslavo Carlos Trzan, que fundou em Santo Amaro a Fundição de Aço Trzan, a primeira indústria pesada no Estado da Bahia. Nos anos1960, o empresário vendeu sua empresa a Antônio Ermírio de Moraes, que, na época, assegurou a restauração do Solar Paraíso e a sua entrega para o Governo do Estado, para ser implantada uma escola orientada para o trabalho e para o desenvolvimento de ações sociais voltadas para a população do município. Com o não cumprimento do acordo firmado, o Solar Paraíso voltou em 1984 a pertencer à família Trzan que, segundo a herdeira, D. Lucilia Trzan, luta para manter viva a história deste monumento.

Fonte: Tribuna da Bahia

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