Quem sou eu

Minha foto
Geógrafo pela Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC,Ilhéus/Itabuna; Urbanista pela Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Campus Salvador; Especialista em Metodologia para o Ensino Superior, pela Fundação Visconde de Cayru; pós-graduando em Ecologia e Intervenções Ambientais pelo Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE.

Páginas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Turismo religioso

Para você, caro leitor, que gosta do turismo religioso a cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano é uma boa opção. Cidade histórica, que todo 2 de julho sedia a administração estadual, devido a importância da data. Foi ali que se deu início às lutas para a Independência da Bahia, com o intuito de expulsar os portugueses. A cidade possui diversos casarões históricos, riqueza cultural, dentre elas a festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, tema da reportagem que você poderá ler abaixo. Vale a pena conferir. Fica pertinho de Salvador.

Cidade baiana de Cachoeira sedia em agosto uma das mais importantes festas religiosas do Estado





A festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, que ocorre desde 1820, época do Brasil Império, e estende-se no tempo até os dias atuais, permanece com muita tradição e fé, na cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano, a 116 quilômetros de Salvador. Este ano, o evento acontece durante cinco dias, de 13 a 17 de agosto, e começa com a procissão das irmãs pelas ruas do município histórico, em sinal de luto pela morte de Nossa Senhora.

A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte é composta por uma confraria de 23 mulheres cujos requisitos são descender de escravos africanos e possuir mais de 50 anos de idade. Todas elas são unidas pela devoção a Nossa Senhora. De acordo com historiadores locais, a confraria surgiu quando um grupo de mulheres, ex-escravas, reuniu-se para conseguir a alforria de outros escravos da cidade de Cachoeira.

A festa da Irmandade tem fortes traços sincréticos e recebe influências da religião católica e do candomblé, muito forte na região do Recôncavo Baiano. Durante as festividades são realizadas missas na Capela de Nossa Senhora D’Ajuda e oferecidos carurus e cozidos, típicos pratos da cultura afro-brasileira.

A tradição desta confraria foi recentemente reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia, em junho do ano passado, passando a contar com o apoio do Governo do Estado para sua realização.

A Festa da Boa Morte leva milhares de turistas à cidade de Cachoeira, durante o mês de agosto, em especial afro-americanos que se interessam bastante pelos aspectos da cultura do povo negro.

Para quem não deseja apenas conhecer a beleza da festa da Irmandade, pode também desfrutar do clima tranquilo desta cidade histórica. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, a cidade possui uma arquitetura com traços barrocos clássicos, além de belíssimas igrejas com pinturas e azulejos portugueses que podem ser encontrados na Igreja da Matriz. Cachoeira também oferece passeios de barco pelo leito do Rio Paraguaçu, uma ótima opção para os turistas que gostam da natureza.

Além da programação religiosa, a festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte também terá várias atrações locais, como os grupos de samba de roda de Dona Dalva, Filhos do Caquende, Filhos da Barragem, Filhos de Nagô e Filhos do Varre-Estrada, para animar a festa, que mescla as tradições afro-religiosas com a cultura local.

O grupo afro-barroco Gegê-Nagô já é presença garantida na festa desde 2003, quando surgiu. Composto por moradores do Recôncavo Baiano, o Gegê-Nagô fará uma apresentação para abrilhantar ainda mais essa manifestação cultural tão rica. Cominspiração no grupo dos anos 70, Os Ticoãs, eles vão levar aos palcos seu ritmo inspirado nos batuques do candomblé, com ótimas releituras das canções do pioneiro Os Ticoãs.
Fonte: Tribuna da Bahia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário